Revenge and Redemption

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"O sangue é mais grosso do que a água, mas você pode se afogar nos dois" – Desconhecido 

Depois de uma semana pensando, Visenya e Marlene finalmente chegaram em uma conclusão de o que fariam para se livrar do monstro que era Alex Murphy para sempre.

Era um plano relativamente simples, motivado unicamente pela ira que Visenya sentiu ao ver Sirius machucado, mas que funcionaria perfeitamente.

Os McKinnon, que era muito amigos de Olho-Tonto, chamariam Moody para um jantar, onde Marlene explicaria toda a situação para o Auror, mostrando inclusive as várias cartas ameaçadoras que Alex havia enviado a Visenya, e então, no mesmo dia do jantar, Visenya deliberadamente provocaria seu pai, fazendo com que ele a levasse para o porão e a punisse, e então, no dia seguinte, em que Visenya, conhecendo seu pai, ainda estaria trancada no porão, Moody e os Aurores fariam uma batida na residência Murphy, e com a prova incontestável que era a situação da própria Visenya, poderiam jogar Alex na mais fétida cela de Azkaban, de onde, com um pouco de sorte, ele nunca mais sairia.

A última semana de aulas passou rapidamente, com Visenya nem mesmo percebendo os seus arredores, não fervendo de raiva como ela estava no momento. Isso era bom. Raiva era bom. Era o que faria com que Visenya sobrevivesse ao preço que tinha que pagar por sua liberdade.

Ao chegar em casa e ver o homem que a gerou, Visenya teve que se controlar para não pular na garganta dele e acabar com aquilo com as próprias mãos, mas ela conseguiu. Visenya sabia que se quisesse ser livre, teria que fazer as coisas de acordo com o livro, ou então, o feitiço se viraria contra o feiticeiro, ou seria maldição, no seu caso?

A primeira semana passou em relativa paz, com Visenya fazendo pouco mais do que suas "obrigações", e as agressões típicas de seu pai, que gostava de fazê-la sofrer por coisas como parecer feliz demais, ou respirar.

Então, o dia chegou. Visenya respirou fundo, e deixou que toda a raiva, toda a ira e o ódio que acumulou ao longo dos anos viessem à tona, e se dirigiu para a sala de estar, onde Alex já a esperava, com fúria queimando no olhar

- Visenya, vá fazer o jantar - Ele imediatamente exigiu, e pela primeira vez desde que tudo aquilo havia começado, Visenya olhou nos olhos de seu pai

- Não - Ela negou, saboreando como o termo era doce quando usado para negar algo ao homem

- O que disse? - Alex questionou, chegando perigosamente perto de Visenya, que não desviou o olhar

- Eu disse não. Se quer que o jantar seja feito, vá lá e faça você mesmo sua maldita comida. Pode parecer loucura para você, pai, mas eu não sou sua escrava - Visenya replicou, pela primeira vez chamando o homem de algo além de "Senhor"

- Você realmente deve ter perdido o juízo - Alex constatou, já retirando o cinto

- Muito pelo contrário, eu nunca estive em um juízo tão perfeito - Visenya discordou - Só estou, pela primeira vez, tendo a coragem para dizer o que você e eu sempre soubemos

- E que seria? - Alex perguntou, Visenya pela garganta e a empurrando na parede

- Que você é uma pobre desculpa de um homem, que faz da minha vida um inferno, com a esperança que eu acabe como você, velha, sozinha e acabada. Mas aqui vai um fato, meu não muito querido pai, eu nunca acabarei no mesmo buraco de fracasso em que você e só você se enfiou - Visenya exclamou, mesmo que com dificuldade, por ter seu suprimento de oxigênio diminuindo mais a cada instante, conforme o aperto de Alex em sua garganta aumentava

- E quem é que vai te salvar, em? Seus amiguinhos patéticos? Seu precioso Black? - Alex provocou, soltando a garganta de Visenya e jogando-a no chão, dando um chute em seu estômago

Nada é o que pareceOnde histórias criam vida. Descubra agora