Capitulo XVI - Separações

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Oi.

Eu sei, eu prometi escrever rápido, mas que se foda.

Quer saber o que aconteceu nas duas ultimas semanas? Eu te falo então. No penúltimo sábado eu fui pra casa da Amanda,  como eu já havia dito que iria. Estávamos sozinhos, já é de se imaginar o que nós ficamos fazendo.

Foi bom, nos ficamos jogando, fomos fazer comida, aí transamos na cozinha. Depois voltamos para o quarto dela e ficamos deitados em sua cama. Ela ficou bagunçando meu cabelo, brincando com minha barba e com meu nariz. Ficamos fazendo promessas de amor, nos beijando, trocando carícias, e comendo. 

Ela queria ver algum filme, mas eu não, eu queria que ficasse um silencio entre nós. 

Eu desejava que aquele momento nunca acabasse eu não queria sair do lado dela, eu não queria deixar de ouvir a sua doce voz, não queria que suas mãos macias saíssem do meu cabelo. Eu não queria parar de dizer o quando eu a amo, eu queria congelar o tempo. De certa forma, eu queria morrer ali.

Quando eu pensei nisso, meu coração acelerou bastante, eu me senti pesado, mas vazio.

A sensação passou, eu disse novamente que a amo, e ela me abraçou muito forte, e me disse:

- Eu nunca vou me separar de você, eu quero construir uma família com você, quero ser sua pra sempre, até o dia em que a Terra pare de girar. 

Eu não sei por que, mas isso soou meio triste em minha cabeça, e eu comecei a chorar.

Amanda achou que eu estava chorando de felicidade, mas não, eu estava triste. Eu queria morrer ali.

Depois eu parei de chorar, fomos jogar de novo, e eu me animei. Ficamos jogando por um bom tempo,  depois ela disse que estava com sono, então eu deitei com ela. Fiquei fazendo carinho em seu cabelo com a intenção de fazê-la dormir, mas ela disse ter ficado excitada, e acabamos transando de novo.

Enfim ela dormiu, eram 3 horas da manhã. Eu estava sem sono.

Eu fui pra varanda de sua cara, eu deitei no chão e olhei pro céu. Eu imaginei o Eduardo olhando pra mim. Eu imaginei ele e a Gabriele juntos olhando pra mim. Eu chorei de novo, e fiquei com vontade de fumar um cigarro.

Desde os 14 anos, eu sempre tive muita vontade de saber qual a sensação de fumar um cigarro, um cigarro normal mesmo. Só que o Eduardo nunca me deixou experimentar, então eu nunca pude saber com é.

Mas dane-se, ele está morto, quem irá me impedir de fumar? Como ultimamente eu ando bem estressado, eu acabei comprando muita bebida pra mim, e um dia eu comprei um março de cigarro pra mim.

Eu acendi o cigarro, e dei a primeira tragada. O gosto foi horrível, eu engasguei e quase acordei a Amanda, mas depois me acostumei. E até gostei.

Porem eu apaguei o cigarro, eu fiquei imaginando o que o Eduardo faria se soubesse que estou fumando.

Que se foda o Eduardo, ele estava com câncer e não me falou nada. Eu era seu melhor amigo, e ele não confiava em mim.

O câncer deve doer muito, mas nada dói mais do que uma dor no coração. Ele sangra e eu não posso fazer nada.

Eu acendi outro cigarro, mas esse eu fumei todo. Eu me senti mais calmo, mas eu ainda sentia dor no coração, eu ainda queria morrer. Mas eu tomei remédio e acabei dormindo.

No outro dia, eu acordei bem humorado, Amanda me acordou me dando um beijo no rosto e fazendo carinho em mim. Ela estava nua em cima de mim, dizendo que sonhou comigo e que queria que eu ficasse mais um dia com ela. Eu obviamente aceitei, porem eu teria que trabalhar na segunda, e ela entendeu. Então fomos fazer o almoço, já tinha passado do meio dia.

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