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O restante da semana se passou rapidamente, já era sexta-feira e podia-se dizer que tinha me acostumado bem com a minha rotina.

Durante esses dias fiquei ocupada correndo para lá e pra cá tirando fotos e anotando informações para atualizar o site do museu, que não tinha sido atualizado a quase três anos, fiquei pensando no que Donna estava fazendo esse tempo todo com o marketing que não atualizou o site.

Eu e Steven começamos a sair juntos do trabalho. Eu ficava alguns minutos esperando ele e íamos juntos para o ponto de ônibus, admito que eu gostava desses momentos, onde a gente jogava conversa fora até meu ônibus chegar. A pessoa da aura escura que apareceu no corpo de Steven outro dia não apareceu mais para mim, cheguei a pensar que tinha sido coisa da minha mente, mas após pegar Steven murmurando uma conversa sozinho tive certeza de que ele estava de alguma maneira conversando com o outro cara.

Amanhã eu passaria o dia todo na biblioteca do sanctum, algo me dizia que lá eu acharia a resposta para o mistério Steven Grant. 

Estava curiosa, não só por considerá-lo um mistério, e sim porque nesse pouco tempo de convivência eu sinto uma ligação muito forte com ele, eu gostava bastante dele, e queria saber se seria seguro prosseguir isso de alguma forma.

Mas obviamente eu não estava deixando isso me distrair da minha missão real, o conhecimento egípcio, eu comecei a estudar mais sobre o Egito, graças a Steven que ficou bastante feliz em me indicar alguns livros no qual eu poderia aprender mais sobre os deuses egípcios. No livro que Alex me indicou tinha bastante encantos ligados a deuses e seria útil entender mais sobre eles.

Porém eu tinha um plano para que eu não precisasse ficar nessa de ler livros por muito tempo.

O plano consistia em possuir algo que tivesse sido receptáculo de poder de um deus egípcio, eu sabia que estava sendo gananciosa, mas que bruxa não era? 

Um receptáculo de poder, não me garantiria só a magia do deus, mas também todo conhecimento egípcio que os livros não mostram.

Bem, eu trabalhava em um museu, que graças aos deuses, é um dos melhores em termos de objetos históricos egípcios, eu torcia para que alguma coisa com esse poder caísse em minhas mãos.

Mas eu não vou dizer que realmente estava com pressa, ter um receptáculo significaria que já estava livre de Londres, e infelizmente Steven já tinha me cativado de uma maneira absurda, na qual já cheguei a pensar em falar a verdade sobre mim. E eu falaria, depois de descobrir a verdade sobre ele.

-E aí garota do marketing!- JB me tira dos meus pensamentos assim que piso no museu.- Tem encomenda pra você!

Com um sorriso vou até ele, já sabendo muito bem do que se tratava.

-Bom dia, JB! O que tem aí pra mim?

Respondendo brevemente o meu cumprimento, ele se abaixou tirando de trás do balcão cinco caixas de tamanho médio e longas.

-Obrigada!- agradeço sorridente enquanto empilhava as caixas para levar até a minha sala.

-Tá pesado, não quer ajuda?

-Pode deixar JB, eu como bastante espinafre.- digo risonha e ele solta um pequeno bufo divertido.

Quando eu ergo as caixas ele me olha um pouco surpreso, como se não esperasse que eu conseguisse mesmo carregá-las. O que eu acho um exagero, não estavam tão pesadas.

Murmuro uma breve despedida para JB que ainda estava surpreso e sigo em direção a minha sala. As caixas taparam um pouco da minha visão, mas eu confiava na minha intuição para que eu não tropeçasse em nada.

Magia egípcia.- Cavaleiro Da Lua.Onde histórias criam vida. Descubra agora