•14.

92 17 7
                                    

O caos se esconde em ambientes caóticos.

Com isso, quem pensaria que uma bruxa estaria em um dos piores bares do continente africano?

O bar era conhecido ilegalmente por seu ringue de luta ilegal, muitas pessoas brigavam ali por dinheiro, e outras iam apostar, consequentemente, uma vez ou outra, morria gente ali. Sem contar as gritarias, brigas, prostitutas e bebida ruim.

Aquele lugar era um caos. O esconderijo perfeito para uma bruxa como eu, e um mago como Alex.

Depois de passar a noite chorando no colo da minha tia por conta de um coração partido, de novo, eu resolvi sair daquela situação, e resolver o que eu tinha que resolver.

Começaria comigo achando a chave para abrir esse livro, o poder egípcio dentro dele estava mais forte do que nunca, e eu corria contra o tempo para abri-lo, porque agora, além de ter que escondê-lo de khonshu e seu avatar, eu tinha que escondê-lo de um mago centenário que está atrás dele por algum motivo.

Logo depois de arranjar a magia egípcia, eu cuidaria desse mago, que por um azar do destino, era meu ex. O que era dele estava guardado, assim que eu arranjasse um jeito de acabar com aquele acordo.

Bem, eu seria completamente capaz de fazer isso sozinha, mas Alex veio de brinde assim que soube o que aconteceu com os homens que eu achava que poderiam me livrar do acordo com aquela deusa. Segundo meu melhor amigo, ele não queria que eu acabasse em dívida com outro deus, por isso iria me acompanhar em minhas aventuras.

-Você já foi mais divertida, sabia?- Alex murmurou emburrado, pelo fato de eu não querer beber junto com ele.

-Primeiro, esse lugar é nojento, e a bebida é péssima. Segundo, estou aqui em missão, Alex, uma missão séria.- Digo em um tom baixo, cruzando os braços enquanto eu olhava o movimento do bar.

-Você já bebeu bebidas piores, inclusive, lutou contra uma fada estando completamente bêbada, lembra disso?- perguntou em um tom divertido, e eu não segurei uma risada com a lembrança que me atingiu. Bons tempos.

Já faz uma semana desde que eu tinha deixado os meninos em Londres, nesse meio tempo, eu e Alex conseguimos rastrear a chave do livro até o Sudão e surpreendentemente, em vários outros lugares do continente africano. Eu e Alex criamos a teoria que vários pedaços da chave foram espalhados em países vizinhos ao Egito.

Agora tínhamos que montar esse quebra cabeça, sem nem mesmo saber como as peças se pareciam.

Eu tinha analisado aquela fechadura inteira e até de ponta cabeça, ao que tudo indicava, a fechadura pertencia a uma chave normal, mas também, possuía um traço mágico, o que significava que tinha alguma coisa por trás.

Como a maior parte da energia da chave se concentrava ali, esperávamos ter a resposta para nossas perguntas.

Eu e Alex nos passamos como estudantes a dois dias atrás, fingindo procurar algo que se assemelhasse a uma chave, usando a desculpa de fazer uma pesquisa. Recebemos a informação de que um ladrão bastante conhecido por saquear escavações arqueológicas, sendo nomeado de Klaus, usava uma chave roubada como pingente.

Pelo que ouvimos, esse era o bar preferido dele, e aqui estávamos. Nós saberíamos quando esse cara chegasse.

-É… e parece que nosso cara chegou.- Alex murmurou, olhando para a entrada do bar.

Sigo seu olhar, vendo imediatamente um homem alto de forma física enorme. Seu corpo e sua presença ocuparam bastante espaço a sua volta, ele era enorme, e parecia ameaçador.

O pingente de seu colar era notável de longe. Uma chave de tamanho pequeno, porém estremamente resplandecente, de aparência antiga, com escritos egípcios por todo ela, sendo segurada apenas por uma mera correntinha que praticamente sumia em seu pescoço anormalmente grosso.

Magia egípcia.- Cavaleiro Da Lua.Onde histórias criam vida. Descubra agora