Sonata I: "Don't kid yourself and don't fool yourself..."

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Notas: Eu sei, eu sei... tantos anos sem mexer nessa história. A parte engraçada é que o capítulo tava quase pronto, mas TDAH é um saco. Eu resolvi terminar o capítulo, porque se alguém ainda tiver lendo essa história, não quero guardar pra mim.

Esse capítulo é focado no personagem que o pessoal votou como o melhor da fic: Madara. Vamos dar uma olhada nesse plot com os olhos do nosso amado velhote? Rs...

Apesar de não estar mais no fandom, eu ainda tenho muito carinho por essa história. Esse plot é muito importante pra mim e eu quero agradecer a todos pelo carinho, pelas palavras, pelas risadas e por terem me dado motivação pra terminar esse capítulo. Passei por situações graves de saúde e só essa energia de vcs pra me dar ânimo pra escrever essa história de novo. Muito obrigada e espero que gostem!

Ah... a música que tá como título de praticamente todos os capítulos se chama Kodou, do dir en grey.
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Sonata I: "Don't kid yourself and don't fool yourself..."

Itachi estava feliz. Mais feliz do que um dia já o vira. Seu sobrinho parecia vivo, completo, de uma forma quase assustadora para o mais velho.

E Sasuke não ficava atrás. O garoto ranzinza e mal humorado dera lugar a um adolescente confiante, que parecia florescer com a música e a proximidade de seu irmão mais velho, deixando-o radiante.

Notar tudo isso era algo maravilhoso e assustador ao mesmo tempo e Madara não sabia explicar nem para si mesmo como se sentia. Sua família inteira era amaldiçoada, isso era claro, mas, perceber que em seus sobrinhos tal maldição tomara uma forma tão... singela e pura, o deixava perturbado. Pura, no sentido do amor que partilhavam, um sentimento sincero e intenso que era visível a olhos nús, mas claramente sexual.

Extremamente sexual.

E, ao fitá-los um ao lado do outro no piano de Itachi, cantando juntos a primeira música composta para o filme, Madara sentia como se estivesse testemunhando um ato sexual ardente e carnal, onde a troca de olhares, sorrisos e palavras cantadas dizia muito mais do que qualquer gesto.

Sasuke cantava para o irmão como se desnudasse sua alma a ele. O meio sorriso permeava seus lábios, enquanto o tom da música subia e descia a seu bel prazer em uma maestria que, apesar de recém encontrada, já era completamente domada por ele. O pirralho era talentoso e sabia disso, com a característica arrogância dos Uchiha, e aquilo fazia com que Madara se sentisse orgulhoso e exasperado ao mesmo tempo.

Itachi respondia à altura, fazendo com que a música fosse uma espécie de duelo íntimo entre as duas vozes, onde ambas se entrelaçavam e vibravam ao som do piano. Uma obra maestral, na opinião do mais velho. Perfeita, digna de um gênio. Ou de dois gênios, no caso.

Mas observar aquela troca parecia errado, dada a intimidade da situação entre seus sobrinhos. Apesar de tudo, eles vieram ao estúdio para lhe mostrar a criação e Madara não podia dizer não.

Não quando seu peito parecia encher de orgulho, dor, amor e desespero. Por eles, por si... por tudo.

Era um Uchiha e música tinha o dom de fazê-lo se perder de si mesmo, de sua própria mente e realidade. E aquela canção o estava levando para um lugar onde não mais gostaria de ir. Onde se recusava a novamente colocar os pés.

A voz de Sasuke parecia expressar tudo o que Madara queria dizer para si mesmo, com sua própria boca, mas seu sobrinho o fazia por si. Seus sobrinhos, seus amados sobrinhos, que ele sabia que um dia lhe deixariam completamente louco.

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⏰ Última atualização: Dec 15, 2022 ⏰

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