Angéle. Um conto de amor e magia

Capítulo VIII

E novamente lá estava a gatinha se transformando na linda bruxinha que reinava no coração do Arthur.

Eles se beijaram sofregamente, havia uma necessidade de matar toda a saudade.

Momentos depois Arthur cessou o beijo.

- Acho que devo uma explicação para você.

-Sim! Mas antes preciso te contar uma coisa muito estranha que aconteceu.

- O que aconteceu?

- Uma mulher tentou se pasar por você.

- Era minha irmã. Você quebrou o feitiço da semelhança, e ela voltou para Even.

- Onde fica Even? - inquiriu curioso.

Arthur ficou de boca aberta ao saber que Angéle era uma princesa de um planeta distante na mesma galáxia do planeta Terra.

- Nunca ouvi falar.

- Ainda não foi descoberto.

- É a princesa bruxinha gatinha mais linda que já vi.

- E você é o bruxo mais lindo que já vi - falou sorrindo.

Eles se beijaram novamente.

- Preciso te contar o motivo de ir embora sem me despedir.

- Conta, bruxinha.

Tudo foi explicado nos mínimos detalhes.

- Caraca!

-Minha mãe seria incapaz de fazer algo tão cruel, e eu precisava encontrá-la.

- Imagino como foi difícil.

- Eu sempre voltava apressada com receio de ser descoberta, por isso esbarrei em você.

- Bendito esbarrão.

-Sim, conheci o amor da minha vida - beijou sua face, e ele sorriu. - E o que eu temia aconteceu.

-Teu pai descobriu?

- Sim! Alicia contou.

-Ela deseja tudo que é seu.

-Sim - falou com tristeza. - Era o plano maquiavélico da minha avó.

- Mas porque seu pai acreditou na carta?

- Havia feitiço, e minha avó conseguiu dominá-lo.

- Você achou sua mãe? - indagou curioso.

- Sim, ela estava o tempo todo em Even.

- Mesmo com essa trama ardilosa, ela fez o bem.

- Não vejo bondade nas atitudes da minha avó.

- Ela sem querer uniu os nossos destinos.

- Sim, meu amor - falou emocionada. - Eu estava com receio de que você não entendesse meus motivos.

- Eu não podia te julgar antes de saber o que aconteceu.

- Arthur, você é uma pessoa incrível.

- O que importa é que tudo foi resolvido e que estamos juntos novamente.

- Sim! - deu um selinho nele.

-Tua avó e Alícia foram punidas por todo mal que fizeram?

- Sim.

- Elas mereceram.

- Mas o pior aconteceu com minha avó, ela está pagando um preço muito alto por ter agido desta maneira - falou e uma lágrima rolou em seu rosto.

- O que aconteceu?

- Os guardiões me informaram que uma besta chifruda e medonha veio levá-la. - Angéle se arrepiou ao imaginar a aparência da fera.

-Triste fim.

- Sim! Poderia ser diferente.

- Bruxinha, tem pessoas que não são felizes com o que tem e estragam tudo.

- Verdade! - falou secando as lágrimas que rolavam.

Aos poucos tudo estava sendo esclarecido e Angéle ficou aliviada em contar porque desapareceu do quarto.

- Eu entendi, mas tem uma parte que eu não entendi.

- O que você não entendeu?

- Por que você me fez dormir no dia que vi sua transformação.

- Eu precisava ir embora para ficar um pouco com minha mãe, ela estava inconformada com o fim da Alícia, mesmo sabendo do que ela foi capaz de fazer.

- E a solução foi fazer eu dormir? - inquiriu. - Nem tive tempo de falar da mulher que se passou por você, que agora sei que era sua irmã.

- Não consegui pensar em outra solução naquele momento.

- Ok, bruxinha. Se deu certo, foi a melhor solução.

- E confesso que foi divertido.

- Muito divertido - falou rindo. - Sabe o que eu mais gostei desta história toda?

- O que?

- Do recado que você deixou no chão.

- Você é o dono desta gatinha. - Um sorriso tímido riscou seus lábios.

Eles estavam rindo do que havia acontecido no dia da transformação.

- Vi suas lágrimas por causa de tudo que aconteceu, é bom ver você sorrindo.

- Impossível não ser feliz, eu tenho você ao meu lado - falou sorrindo.

- Eu a você.

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O que acharam dos detalhes acrescentados, e da bruxinha mais doce da galáxia?

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