Obsession - Zulema Zahir

Confiança

Pov Zulema Zahir

Eu não podia negar que eu vi naquela garota a oportunidade perfeita para a minha liberdade. Apesar do crime que carregava nas costas, ela faria amizade fácil com os funcionários dessa prisão.

Caminhei ao banheiro e pude avistar Goya ao lado de Sarah, a mesma parecia assustada.

- Você é a santa virgem? - Goya rir junto com seu grupo. - Vou te ensinar a chupar uma xoxota! - Ela segura a cabeça de Sarah com força.

-Ei! Tá ficando louca?! - Grito em sua direção.

Eu sabia que Goya tinha medo de mim desde o último ocorrido.

- Estou ocupada, oh Zulema. - Ela nem se fez o trabalho de virar.

- Larga ela, se quiser ela, vai ter que pagar, e muito caro. - Seguro sua mão.

Goya encarou com surpresa, Anabel chega e avista a cena, e Goya se retira.

Anabel bate palmas. - Palmas, você é o novo bichinho da Zulema? - A mulher se direciona para Sarah, a mesma chorava.

- Se toca, deixa-a em paz! - Seguro a mão de Sarah e a levo para se trocar.

- Você têm que aprender muita coisa se quiser sobreviver aqui. - Digo.

- Vou ter que engolir meu orgulho e ligar para meu pai. - Sarah parecia decidida.

- Não, nós vamos conseguir se livrar daqui, a Macarena conseguiu. - Explico.

(...)

Pov Sarah

Cheguei ao meu dormitório, não havia ninguém, consegui chorar a vontade. As pessoas daqui são horríveis e pensar que eu vou passar a metade da minha vida aqui, não me conforta.

- O que tá fazendo aqui? - Val aparece do lado da porta.

- Desculpa, não pode ficar aqui? - limpo as lágrimas rapidamente.

- Claro que pode, mas estranho, as detentas gostam de ficar solta por aí, aprontando.

- Eu sei, só tive uma manhã ruim. - Me retiro. - Obrigada, por ser preocupar. - Digo e dou sorriso.

- Espera, eu vim atrás de você. - Ela me para antes que eu saísse.

- O que houve?

- O Dr. Alessandro marcou sua observação para hoje. - Val explica.

- Observação de que? - Pergunto.

- Do último acontecimento, vamos.

(...)

Ao abrir a porta, observo Alessandro atento alguns papéis, ao me ver ele se levanta da cadeira.

- Bom dia. - Ele sorrir.

- Bom dia, Dr. - Digo.

- Me desculpe, eu esqueci de te avisar que você ia ter um retorno. - Ele explica com as mãos, parecia nervoso.

- Ah sim, mas eu tô com algum problema? - Me sento.

- Na verdade, eu suspeito de micropolicisto. - Alessandro se senta na sua mesa e ficamos do mesmo tamanho.

- O que é isso? - Pergunto curiosa, ele rir.

- Desculpe, eu rir mas é por que você é fofa, nem parece que matou seu padrasto. - Ele comenta o que faz eu ficar desconfortável.

- Eu não fiz aquilo, eu já disse! - Me altero.

- Sinto muito, que indelicadeza da minha parte. - Ele segura minha mão. - Tudo bem, eu acredito em você.