𝖬𝖾𝗆𝗈𝗋𝗂𝖺𝗌

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Assim que os olhares se encontraram, Dante perguntou a si mesmo o que aquele garoto estaria fazendo ali? Se Gaspar bem se lembrava ele nem tinha idade para sair do Orfanato.

𝓑𝓪𝓬𝓴 𝓼𝓽𝓸𝓻𝔂 𝓸𝓷.

Dante o reconheceu logo de cara, era Gal, o menino que fazia bullying com ele, mas não aqueles bullying's tipo :
"Ai seu idiota você não merecia estar aqui, você deveria estar na rua passando fome hahahaha!"
Não.
Era bullying mesmo, Dante se lembrava que Gal e Henry eram os principais, de mais uns 3 garotos, Gal era como o "chefe" deles, e os outros apenas cachorrinhos que tinham medo dele e faziam tudo o que ele mandava.

Gal e aqueles quatro garotos se juntavam pra espancar Dante, em qualquer lugar onde não tinha as freiras do orfanato eles batiam nele ou em outros casos jogavam pedras.

As freiras sempre perguntavam sobre as manchas e os roxos pelo corpo de Dante, mas ele falava que caia do balanço ou era distraído na gangorra e acabava caindo, com medo dos meninos baterem de novo nele, não, as freiras não acreditavam, e elas perguntavam mais e mais, até que um dia Gaspar finalmente abriu a boca contando tudo o que aconteceu em meio a lágrimas e soluços desesperados, enquanto a freira se culpava por não ter percebido isso antes, pelo que ele saiba foi o pior dia de todos, a freira foi até a sala falar com o diretor, enquanto o pequeno menino ficava na porta esperando, o de cabelos dourados viu Gal e seu grupinho passando pela porta do diretor rindo do Dante e na mesma hora que eles iam virar o corredor a porta se abriu.

O diretor do orfanato que era conhecido como "Tio Naldo" pelas crianças e "Senhor Arnaldo Fritz" pelas freiras, estava com um olhar de fúria, mas na mesma hora que olhou para o menino que estava tremendo com os olhos lacrimejando e um urso de um gatinho branco de olhos Azuis agarrado entre os braços, Arnaldo foi até a criança e o pegou em seus braços e disse-lhe.

— Não precisa mais chorar meu pequeno topázio, eles não vão mais te infernizar, vão receber uma lição. - enquanto ele dizia Dante berrava e soluçava, coçando os olhos tentando parar as lágrimas de alívio — Câmeras vão ser espalhadas pelo orfanato todo e eles vão ser bem castigados.

— M-mas e se e-eles v-vierem atrás d-de mim pra m-me b-bater? - o menino dizia em meio a lágrimas incansáveis enquanto seus pulmões tentavam constantemente achar ar causando soluços repetidos e fortes - E-eu não q-quero m-mais sentir d-dor - Disse o menino que estava com uma forte dor no coração.

— Você não vai meu anjo - Falou o diretor - Eles não vão mais te encostar. - Ele tentava acalmar o pequeno menino que estava encolhido em seu colo com a cabeça baixa e chorando muito, mas nada adiantou.

— TA DOENDO, FAZ PARAR TIO - O pequenino gritava agonizando em seus braços - o que esta doendo Gaspar! Me fala!

— MEU PEITO TA DOENDO - Gaspar berrava e a sua voz ecoava pelos corredores. Na mesma hora a freira tomou o menino dos braços de Arnaldo que ficou sem entender o que estava havendo até lembrar da condição do garoto, Dante tinha um problema no coração que se mostrava sempre que o menino entrava em grande desespero ou quando corria de mais.

A freira corria com o garoto que se encolhia cada vez mais em seus braços tentando parar a dor, ele começou a bater em seu próprio peito para tentar sentir outra dor, qualquer dor era melhor que aquela, qualquer dor era mais fácil de tolerar do que aquela, a freira tentava desesperadamente fazer ele parar de se bater, enquanto corria em direção a ala médica para pegar o remedio do garoto.

— IRMÃ AMORA TA DOENDO! - O menino parava de se debater e apenas aceitando a dor infernal que vinha de seu peito e a cada pulsação de seu coração parecia que criava raizes de dor em volta do local. - Calma meu amor, a irmã Amora vai ajudar você - a menina de cabelos ruivos peles brancas e sardas visíveis no rosto dizia calma com desespero na voz que falhava a cada frase dando um beijo na cabeça do mesmo.

A freira desesperada chegou com o menino em seus braços e chutou fortemente a porta com seu pés ela sabia que não teria problema pois era daquelas portas livres que podiam abrir pra qualquer lado. - NORALMA? MIRANDA? CADE VOCÊS NA HORA QUE EU PRECISO?? - Ela berrava enquanto colocava o menino na maca para pegar o seu remédio. Ela abria todos os armários, derrubava remédio, chutava outros sem querer, ela estava desesperada. Até, ela ter uma idéia, ela respirou fundo e foi ate a outra porta, pegou algo e correu em direção ao Dante - Dante pega isso, coloca no nariz e na boca e respira fundo, vai ajudar a te acalmar - Ela dizia indo em busca do remédio. - Deus me ajude a salvar esse menino, pai, por favor!..... - Ela olhou em direção ou armários que ficava do outro lado da sala, e viu ele, o remédio que quase custou a vida de um garotinho para achar - ISSO! OBRIGADA DEUS! - Ela corre em direção ao menino que chorava tentando respirar com o aparelho respiratório.

Ela se acalmou e pegou um copo de água - Dante meu querido, tome isso, vai te ajudar - Mas eu não gosto de remédio irmã - dizia o menino - É pro seu bem... - ela entregou e viu o menino tomar o remédio, "graças a Deus" ela pensou. Depois de uns 15 minutos com o garoto ainda com dor, o remédio começou a ter efeito, e com o efeito, o sono veio. A freira pegou o menino que estava mole por conta do remédio no colo e começou a ir em direção ao quarto cantando uma canção de ninar - É difícil acreditar que você só tem 6 anos e ja sofre assim, que mundo cruel pra uma criança como você meu pequeno.... Eu prometo cuidar de você como sua mãe. - Ela voltou a cantar com o menino que a abraçava enquanto dormia serenamente em seu colo.

𝓑𝓪𝓬𝓴 𝓼𝓽𝓸𝓻𝔂 𝓸𝓯𝓯.

Dante viu o garoto de cabelos negros se levantar da mesa e ir em direção a ele.

Dante começou a tremer com medo do que vira.

Assim que Arthur percebeu isso começou a olhar na direção que Dante olhava, e viu Gal o garoto mais duas faces que ela ja tinha conhecido na vida, uma hora ele ajudava Arthur e os amigos dele, outra hora ele julgava todos daquele mesmo grupo.

Arthur ja não gostava tanto dele, agora, ver Dante tremendo apenas por ver o garoto se aproximando era demais, Arthur colocou a mão por cima da de Dante e cochichou no ouvido do mesmo - Dante, o que ele te fez? - na mesma hora que ele fez isso Gaspar tomou um susto. - AI CARA, QUE ISSO, MEU CORAÇÃO! Ah ta... Ele era do mesmo orfanato que eu, nada de mais...

— OPAAAAAAA, OLHA SÓ O QUE EU ENCONTREI AQUI, SE NÃO É O GASPAR E A LILLIAN!! - Ele dizia formando um mata leão em Dante mas não o machucando, parecia um.... Abraço? - FALAI GASPAAAR! Quanto tempo loirinho! - o garoto falava enquanto bagunçava o cabelo de Dante. - A-Ah.... Oi..... - Dante respondeu mandando um olhar de ajuda pra Beatrice que encarava o mesmo.

— Você chegou aqui na escola quando? Nós tamo' no meio do ano cara! - Ele dizia se enfiando no meio de Dante e Arthur o que irritou o hetero cromático. - Fala ai, sentiu minha falta heheh- o menino que só vestia roupas escuras disse enquanto passava o braço pelo pescoço de Dante e puxava ele pra perto. - Não. - Dante falou seco enquanto tirava o braço do garoto de seu pescoço e saia do banco. - Nem lembrava da sua existência, mas agora eu lembro, e é horrível. - Ele falava olhando pra Gal que agora estava com um sorriso de indignação no rosto - Você estragou o meu apetite. Bea? - Beatrice na mesma hora se levantou e saiu do refeitório com Dante, junto com ela Arthur, e o grupo dele também, deixando apenas o grupo de Gal que tambem tinha Henry mais afastado deles apenas observando tudo o que Gal fazia.

— Parece que ele ainda tem raiva de mim - ele disse olhando para Henry que apenas murmurou algo e se sentou na mesa voltando a comer e ouvir Gal e o seu grupo fazerem piadas idiotas e fofocar da vida alheia.

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VOLTEI! foi mal o sumiço, eu tava com bloqueio de criatividade 😔
Mais ta ai o cap, espero que tenham gostado, se tiver algum erro ortográfico me falem!

Qᴜᴀɴᴅᴏ ғᴏɪ ǫᴜᴇ ᴍᴇ ᴀᴘᴀɪxᴏɴᴇɪ ᴘᴏʀ ᴠᴏᴄᴇ̂? 𝔇𝔞𝔫𝔱𝔥𝔲𝔯Onde histórias criam vida. Descubra agora