𝘊𝘰𝘮𝘱𝘳𝘢𝘴!

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𝘋𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘱𝘰𝘷.

Chegando no centro da cidade de Carpazinha, Arthur desacelerou a moto e estacionou em um estacionamento que tinha sombra.

— Vem loirinho! A gente vai no shopping.
- Arthur falou enquanto pegava minha mão.
Eu já estava me acostumando com os toques físicos dele por mais que ainda seja vergonhoso.
Eu não gosto muito de toque físico mas eu mal conhecia ele e eu nem me importei com ele me abraçando... Mas eu nem gosto de abraço também.... Por que com ele tudo fica mais confortável? Que estranho.

— Shopping? Eu nunca fui em um.. - disse segurando a mão dele com apreensão.
Ele parou bruscamente na minha frete e eu dei com tudo de cabeça nas costas dele. — Aí....

— Aí DESCULPA! PERDÃO! VOCÊ TA BEM? DESCULPA! FOI SEM QUERER! - Ele ficou falando rápido demais e com um tom de voz preocupado.

— Calma, eu tô bem... Mas pq vc parou do nada? - Disse passando a mão na minha testa. As costas dele são duras. Ele malha?
Hum....

— Eu só fiquei muito surpreso que você nunca foi no shopping, aí eu parei pra raciocinar o que eu tinha acabado de ouvir, mas aí eu te machuquei.... - Que dó. Enquanto ele falava isso eu encarava ele. Dando um sorriso bobo pela forma que ele se preocupou. — Dante? - Ele falou mas eu continuei olhando pra ele.

Nossos olhares se cruzaram. E ficamos mais tempo do que o normal no encarando. Aí ele cortou a linha de olhares olhando ao redor, pensei que ele tava procurando algo e também olhei, o lugar estava deserto.
Do nada eu senti um puxão e o Arthur começou a me levar pra um lugar estranho, ele tava me levando pra um beco que tinha alí perto, o mais estranho era que a rua tava muito deserta, e tipo... Hoje é sábado de manhã... Quem não tá na rua?
Quando a gente tava chegando perto do beco ele começou a andar mais de vagar e me puxou para dentro do beco. Se for o que eu tô imaginando eu enlouqueço.

— .....Arthur?..... - Ele me colocou na parede e me abraçou colocando a cabeça no meu pescoço.

— ....Você.... Tá com um cheiro diferente.... - PUTA QUE PARIU! QUE ISSO?

— ....Que?....Arthur?....Por que a gente ta aqui?.....

— Faz mais de uma semana que eu não sinto seus lábios. Você ficou falando comigo ontem desconfiado que não era eu, mas esqueceu de me falar onde você estava, se você falasse, eu ia.

Aí cara. Que isso? Ele não era assim não? Desde quando ele tá tão... Pervertido?
Ele faz o que quer quando quer e eu só deixo.... Mas é melhor isso do que eu não tomar atitude... Porém ainda sim é vergonhoso... Tá né vamos tomar logo uma atitude, pelo menos uma vez na vida.

— Arthur, olha pra mim.

Senti ele tirando a cabeça do meu pescoço e olhou pra mim, ainda me abraçando.
Olhei pra ele e dei apenas um selinho nele.
Acho que isso era o suficiente. Não era isso que ele queria?

— Ontem eu tava em casa....- falei desviando o olhar e já sentindo minhas bochechas queimarem.

Senti o olhar de Arthur me perfurando e ele segurando ainda mais forte na minha cintura.
Eu senti novamente ele no meu pescoço, ele começou a beijar a área, as vezes eu sentia ele ficar chupando também.

Isso tava bom, extremamente bom. Mas aqui? Essa parede não é nada confortável e aposto que eu vou pegar a textura dela se eu ficar aqui sendo prensado contra ela.

— Não querendo estragar o clima, mas essa parede machuca. Muito. - Disse tentando sair da parede.

— Primeiro, o beijo.

— Você tá carente ou o que?

— Você tinha que morar comigo.

Eu fiquei sem reação... Como assim morar com ele? Que? Oi? O QUE? MEU DEUS QUE ISSO? AI APOSTO QUE EU TO VERMELHO! TO ENTRANDO EM PÂNICO!

Qᴜᴀɴᴅᴏ ғᴏɪ ǫᴜᴇ ᴍᴇ ᴀᴘᴀɪxᴏɴᴇɪ ᴘᴏʀ ᴠᴏᴄᴇ̂? 𝔇𝔞𝔫𝔱𝔥𝔲𝔯Onde histórias criam vida. Descubra agora