31- Em Família

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Wanda POV.

A calmaria havia nos atingido, deixando-me imersa numa paz pouco vivida nos últimos meses. Talvez ela realmente fosse a minha paz. Talvez, aquele furacão que Natasha trouxe a minha vida tivesse sido passageiro, com o único propósito de nos fortalecer. Talvez precisássemos do caos para encontra na outra o acalento, o carinho, o cuidado...

O fato é que estávamos bem, senão curadas, conformadas.

Relembrar o passado era perca de tempo quando tínhamos tanto para viver. Me prender em feridas passadas parecia besteira quando Natasha estava ali, disposta a tudo por mim, demonstrando seu amor em detalhes mínimos; suas mensagens constantes quando estava longe de mim a trabalho, nas flores que levava-me as segundas-feiras quando nos reencontravámos, nos olhares apaixonados que dirigia a mim as sete da manhã, quando tudo o que eu sabia fazer era um bico mal humorado.

Não foi necessário repetir aquele "eu te amo" no último mês, porque Natasha mostrava-me isso em suas ações leais a sua palavra.

E se Natasha se esforçava tanto por nós, que mal tinha segurar em sua mão e acreditar que, talvez, fôssemos destinadas a viver um amor de cinema?

Claro, havia consequências graves caso tudo fosse um grande engano, mas algo lá no fundo do meu coração, da minha consciência, dizia-me para lutar, porque tínhamos uma história linda a ser vivida.

E era isso que estávamos fazendo: vivendo.

-A namoradinha não vem te buscar hoje? - Ágnes questionou, batendo nossos ombros levemente enquanto saímos da agência lado a lado. O carro de Natasha não estava ali e eu sabia perfeitamente a razão para aquilo.

-A namoradinha dormiu esperando dar o horário para vir me buscar. - a respondi, causando uma risadinha em Ágatha.

Natasha estava mais cansada que o normal naquela semana, dadá as constantes reuniões com marcas que a patrocinava e a uma parceria musical gigante que ela estava fechando. Ao mesmo tempo que eu morria de amores ao vê-la realizando sonhos que a ouvi me contar em noites de confidências, meu coração apertava ao ver seu estado no fim do dia. Era um mistura maluca de orgulho com uma vontade imensa de a agarrar na manhã e obriga-la ficar na cama descansando ao meu lado.

-A ruiva anda cansada, hein?

-Muito trabalho. - a respondi, ocupada em procurar no app um Uber para que pudesse chegar cedo em casa, já que, àquela altura, ir de ônibus estava fora de cogitação.

Natasha estava realmente me deixando mal acostumada.

-Certo. - Ágnes se aproximou de mim, despedindo-se em seguida com um beijinho no rosto. - Se cuida.

(...)

Ao chegar em casa, notei que Pietro não estava sozinho. Seu melhor amigo, Bucky Barnes, estava em nossa sala, com uma garrafa de cerveja em mãos e rindo de algo que meu irmão dizia.

-Meninos. - os cumprimentei, deixando minhas chaves no chaveiro próximo a porta.

-Eai, Wanda. - Bucky sorriu para mim, erguendo sua cerveja num gesto de cumprimento.

-Wan. - Pietro também parecia animado, talvez fosse efeito das suas cervejas. - Natasha está no quarto.

De início, estranhei o fato da ruiva está ali em casa, mas então me lembrei de mais cedo, quando ela disse ter esquecido sua bolsa com documentos importantes e que precisava com urgência. A aconselhei passar em casa, já que Pietro estaria lá para abrir a porta.

Quando estava no corredor dos quartos, ouvi a voz grave de Bucky e o riso escandaloso de Pietro, que fez-me voltar para trás e colocar apenas a cabeça para fora.

Best Part - Wantasha Onde histórias criam vida. Descubra agora