9- Negociação

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Natasha POV.

Exatos quinze dias passaram-se desde que Wanda e eu cedemos aos nossos desejos carnais e vivemos uma noite incrível de sexo. Incrível, realmente incrível. Não existia outra palavra para definir a combustão dos nossos corpos quentes e sedentos.

Naquela noite, eu vi que toda a espera tinha valido a pena.

Minhas expectativas já eram altas, porque aquela carinha de Wanda não me enganava. Ela sabia o que fazer na cama, e eu tive essa certeza quando provei do seu mel.

No entanto, também eram contabilizados quinze dias desde a última vez que a vi ou que conversei com ela. Eu sabia que Wanda era diferente de todas as mulheres, eu sentia isso. Por isso, não foi surpresa nenhuma quando ela não ficou obcecada por mim como as outras costumavam ficar.

Na realidade, dessa vez, era totalmente ao contrário. Eu estava um pouco obcecada por ela.

-Nat... - a voz de Carol trouxe-me de volta a realidade. Notei que eu estava totalmente alheia a tudo ao meu redor, fitando o céu estrelado da área externa de casa. - Quer que eu bole mais um?

Acenei levemente com a cabeça, assistindo minha amiga atravessar a extensa porta de vidro que separava a área externa da interna.

Eu não era nenhuma viciada em erva ou algo do tipo, eu apenas usufruía da tranquilidade que ela me proporcionava quando eu estava muito elétrica. Era a forma que eu encontrava para desacelerar.

-Meu aniversário está bem próximo. - comentei com Carol quando ela voltou a se aproximar, sentando-se na cadeira ao lado da minha.

-E o que isso significa? - ela questionou, oferecendo para mim o cigarro de maconha pronto.

-Uma festa privada, sem imprensa e sem celular. - eu disse, tragando a fumaça no segundo seguinte e sentindo uma certa paz me invadir.

A paisagem daquela grande e bela piscina iluminada pela lua e pelas estrelas, tornava todo o momento ainda mais delicioso de viver. Era realmente bom estar ao lado da minha melhor amiga e de um baseado.

-E como pretende fazer isso? - ela questionou, lançado para mim um olhar curioso.

-Estou providenciando um salão subterrâneo, com isolamento acústico e totalmente discreto. - informei-lhe. - Estive pensando em bastante álcool, erva e mulheres, muitas mulheres.

-Você não toma jeito nunca. - Carol zombou, dando um gole em sua cerveja depois. - Posso levar a Diana?

-Em uma festa cheia de mulheres a ponto de pular em seu colo? - questionei um pouco surpresa, ainda assim, ela assentiu. - Pode, mas não me responsabilizo.

-Você deveria procurar alguém também, Nat. - ela comentou, fazendo-me bufar e revirar os olhos. Eu não suportava mais ouvir isso. - Você sabe, eu só quero o seu bem. Não acho que essa vida seja para você.

-Aparentemente, terei que continuar minha farra apenas com Sharon e Quill. - a respondi, ignorando totalmente a sua sugestão de encontrar uma mulher.

Eu queria me divertir com elas, apenas isso. Embora um certa loira tenha despertando bastante o meu interesse, eu não me sentia pronta para me entregar novamente a alguém.

Não mais.

Amor é se permitir ser frágil, é se entregar de corpo e alma, dando a alguém um poder imensurável sobre você. A partir do momento que você cede a aquele sentimento, não tem mais volta. Nunca mais se é o mesmo. Cicatrizes, marcas de combate e feridas incuráveis sempre irão te acompanhar, porque amar não é um conto de fadas como os filmes costumavam nos apresentar. Aquilo era história para crianças. Amar na prática era muito mais difícil do que na ficção.

Best Part - Wantasha Onde histórias criam vida. Descubra agora