51- Surpreendendo

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Natasha POV.

Minha esposa estava CHATA.

No sentido mais sincero da palavra. Chata. Talvez fosse o cansaço da rotina, ou a calmaria de um casamento. Não sabia a origem daquele humor temeroso e perigoso. Perigoso porque qualquer que fosse a palavra dita errada, conseguia desencadear em uma discussão de como EU estava chata.

Resolvi deixá-la em paz quando fui para mais uma das diversas reuniões que estávamos tendo na sede da The Outset. Com o crescimento da marca, estávamos nos adaptando cada vez mais com a dimensão que tudo aquilo estava tomando. A The Outset vinha tomando rumos internacionais, expandindo para alguns países específicos. Aquilo ocasionava em diversas reuniões exaustivas, e que para mim, acostumada com os palcos, estava se tornando um pouco tedioso. Mas eu havia sonhado com aquilo, e não desistiria tão fácil.

Estava a caminho de casa enquanto pensava em maneiras de acalmar a mulher que tinha em casa, e não consegui pensar em nada além do que um buquê de flores. Há alguns anos atrás, era um costume nos presentearmos com flores quando éramos apenas namoradas e nos reencontrávamos após o meu fim de semana longe a trabalho. Talvez fosse bom trazer um pouco daquela paixão avassaladora do início.

Sorri enquanto chegava em casa de carro, com um buquê de uma enorme variedade de flores e cores. Era até um pouco inacreditável pensar que eu estava vivendo aquilo; chegando na minha casa após o trabalho, com um buquê de flores para a minha esposa.

Um detalhe importante: a nossa casa.

Casa que havíamos planejado com tanto carinho, no terreno que eu havia comprado a uns cinco anos atrás, pensando em fazer o que havíamos mesmo feito: construído uma casa para a nossa família.

Casa que havíamos planejado com tanto carinho, no terreno que eu havia comprado a uns cinco anos atrás, pensando em fazer o que havíamos mesmo feito: construído uma casa para a nossa família

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A casa era deslumbrante e acolhedora em níveis parecidos. Embora Wanda tenha me feito economizar bastante nas ideias, segundo ela, "extravagantes" que eu tinha, ela precisou ceder também a algumas das minhas vontades, afinal, era nossa. Devia ter um pouco de cada ali, e tinha. Juntas da nossa arquiteta, planejamos cada detalhe do lugar que seria palco da nossa família.

Sim, família.

Estávamos no processo de aumenta-la.

Puncake estava próximo de ser promovido a "irmão mais velho".

A ideia me fazia sorrir de orelha a orelha. Embora houvesse o medo, a vontade de viver aquilo com ela estava sobressaindo a cada segundo.

Com um sorriso no rosto, abri a porta e dei de cara com aquele hall de entrada tão elegante quanto o restante dos cômodos. Graças as diversas janelas de vidro, tínhamos uma casa agraciada todos os dias pela luz ambiente. A cozinha e a sala eram acolhedoras e elegantes.

 A cozinha e a sala eram acolhedoras e elegantes

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