Capítulo 2

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Os três grandes e assustadores machos ali presentes, ao se darem conta da situação não puderam resistir  à forte vontade de abraçar o pequeno menino.

Duque não estava diferente, apenas sabia disfarçar bem.

O seu tipico revirar de olhos era uma das provas que os diziam que aquele era Duque, mas como? Ele e a Zuri teriam muito que explicar, não que isso fosse o mais importante agora.

- Vocês estão me apertando - resmungou com a força do abraço - Zuri manda eles soltarem!

- Não - falou com ar de gozo e um sorriso zombeteiro -  é o teu castigo por demorares taaaaaaanto - acrescentou dramática atirando-se para o sofá com os braços para o ar - da última vez foi menos tempo.

- Uma coisa, é um acidente de carro, outra completamente diferente é levar um tiro e ser enterrando - revoltou-se saindo do abraço confortável, cansado demais para ficar em pé e então deitou-se mais calmo - sabe o quão difícil é sair de debaixo da terra? Tive de mudar de forma para conseguir! - Zuri o olhou entretida, vendo o amigo que tento sentia falta ao longo do dia.

- Não, eu não sei, mas posso tentar, sempre tive curiosidade em como deve ser a sensação de ser enterrando! - empolgou-se, Zuri nunca pensou em ser enterrada, e Duque sabia disso.

- Eu não - O cachorro agora menino foi interrompido pelo Ruivo, até agora estava interessante de se ouvir a pequena interação dos dois, mas a ideia de Zuri tinha de ser cortada por ali.

- Não, Zuri esquece isso, agora - Esta fora a vez dele de ser interrompido pelo rapaz de cachos castanhos.

- Agora nada, eu vou dormir - pegou o cobertor que antes usava para se aconchegar no sofá e tapou-se já fechando os olhos.

- Não mesmo, Duque, vamos ao médico primeiro, temos de ver se está tudo bem  -  Herry abaixou pegando a criança no colo que foi de bom grado se aconchegado confortável sem deixar de resmungar um pouco como o velho ranzinza que era.

- mas eu sou criança agora! Estes jovens de hoje, tudo tem de ir ao médico, n pode reviver paz - resmungava consigo mesmo fechando os olhos de cenho franzido - Você é médico! - Acusou ao abrir os olhos de repente, vendo assim Zuri no colo de Isaac, sorrindo como os três shifters não viam tem tempo.

Era reconfortante depois do que pareceu uma eternidade vê-la sorrir novamente.

No início de tudo Duque não sabia que daria nisto, não era comum a espécie deles se dar com humanos ou qualquer outro ser, ele mesmo não planejava que desse nisso, a morena no início era apenas uma cumplice, ambos se ajudavam, mas acabou que ela se tornou mais, tornou-se uma amiga, Duque nunca teve uma amiga, até Zuri.

Adorava suas interações e cumplicidades, Zuri seria talvez a humana em que ele mais confiava, confiou tanto que a contou sobre sua espécie.

- Sim eu sou, obrigado por reparares - agradeceu divertido com um sorriso no rosto e o levou para o quarto onde os dois, tanto Duque como Zuri, foram deixados na cama - vou-te examinar, qualquer dor ou tontura avisas-me.

O rapaz apenas assentiu, deixando o ruivo realizar o trabalho dele mesmo sabendo que estava bem.

Bom, na medida do possível.

Passaram-se poucos minutos, Duque tinha ficado o tempo todo de olhos fechados, como se estivesse a dormir em um sono pesado, mas quando voltou a abrir os olhos encontrou os de Isaac, aqueles olhos castanhos que o olhavam com intensidade, uma intensidade estranha, mas boa, confortável como sempre se sentiu como eles.

Ele tinha o olhar preocupado de um pai, Duque odiava ser tratado como uma criança, sua forma humana era assim mas na verdade tinha mais de cem mil anos.

Um idoso preso em um corpo infantil.

Não que às vezes não agi-se como tal, afinal, um corpo de criança o dava algumas necessidades de criança adequadas á idade.

Duque sabia, sabia do companheirismo dos três com a amiga e no início não gostou, mas depois, depois ele habituou-se, e depois veio a afeição, e agora são pessoas indispensável em sua vida.

Assim como Zuri os três se tornaram essênciais, e temia que se continuasse a interagir com essas pessoas maior se tornaria a afeição que tem a eles.

Até da coelhinha ele gosta minimamente.

O que já é muito para o pequeno cachorro.

O menino desviou o olhar do intenso de Isaac, e focou agora na amiga, essa estava se divertindo, como sempre fazia, ela era capaz de se divertir com as coisas mais entediantes do mundo e ser feliz assim.

Ele sorriu satisfeito em vê-la feliz, e sorriu mais ainda ao ver a cena dela no colo de Ryan com as mãozinhas na cabeleira loira tentando fazer alguma espécies de penteado.

Era interessante de se ver o contraste que era o corpo pequeno de Zuri com tento domínio no enorme de Ryan.

- Desisto! Eu não sei fazer penteado, nunca nem tratei do meu cabelo sozinha - cruzou os braços chateada e Ryan sorriu abraçando-a a cintura dela, pousou o rosto em seu pescoço com o nariz próximo de seu pescoço.

Inalando o melhor cheiro que ele conhecia.

- Sério? Tens um cabelo lindo - elogiou-a ainda com o rosto enterrado na fonte de seu perfume.

- Ahn, bom, Sim! Nunca fiz sozinha, também tiravam-me os pelos do corpo, e cuidavam do meu cabelo - A frase saiu natural, como se fosse algo comum.

Duque tirou sua atenção de Zuri ao ouvir a pergunta de Herry para ele.

- Posso? - apontou para sua barriga, bem no lugar que, tempos atrás, levou um tiro.

O menor apenas assentiu.

Herry observava a barriga do menor extremamente preocupado mas ao mesmo tempo curiosidade sobre o mesmo como aquela criança poderia ser Duque? e como Zuri sabia? Bom, talvez Duque a tivesse contado.

Haviam tantos mistérios sobre o pequeno cachorro que agora o descubriram como humano também, apesar da curiosidade Herry não faria nada sobre isso agora.

Foda-se se Duque não é um cão, contínua sendo Duque e vai tratar ele como tal, o importante agora é que têm a sua mulher e aquela criança mistriosa do seu lado e ele não os vai soltar.

Nossa só nossa garota (parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora