Capítulo 5

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Já fazia mais de duas horas em que os três estavam lá, ainda sem conseguir o que queriam.

- Zuri ! Já faz três horas - pois é, já à três horas que o trio se encontrava no semáforo a pedir dinheiro.

Zuri dizia que ia valer a pena, mas ela continuava repetindo isso faz, três horas!

Um suspiro cansado deixou sua boca.

- Como vamos comprar a tinta? Da última vez que roubei acabei não levando nada! - sentou no degrau do passeio e levou a cabeça ao joelhos, pensando - quanto conseguimos?

- seis euros e setenta e seis cêntimos - respondeu a loira ainda contando as moedas, como se isso fosse fazer com que elas multiplicassem.

- E quanto custam as tintas? - talvez era aquela a sexta vez que perguntava mas a coelhinha era paciente então pouco se importava em repetir.

- Não tenho certeza, mas estimo que uns vinte euros - a menor fechou os olhos pensando.

- tintas estão caras - resmungou ainda submersa em pensamentos - já sei! - levantou com um sorriso de orelha a orelha, atraindo a ação dos dois companheiros - eu tenho um amigo, que ele é bem legal, vamos pedir nele!

- O Lucien? - a menor acentiu rapidamente para a criança de idade - ele só faz favores por algo em troca - relembrou algo que Zuri lembrava.

- Eu sei Duque por isso eu trouxe algo - retirou a cartela do bolso e mostrou ao cachorro que a olhava com expressões duras - meus comprimidos da felicidade!

Ele pegou a cartela já pela metade com o cenho franzido e a coelhinha a olhou preocupa, uma cartela já pela metade e com desenhos do lugar dos que armazenavam os comprimidos.

- Zuri, o que é isto? - uma pergunta calma, pergunta essa que não condiziam com a mente de nenhum dos três ali - andaste a tomar isto?

Zuri pensou por um segundo, Ana ficaria muito chateada se soubesse, será que eles ficariam também? Afinal, quando Duque "morreu" a menor levou mais de metade da cartela.

A menor decidiu mentir.

- Não! Ela tava lá em casa - agora mais calmos, os dois relaxaram levemente.

- Achas que Lucien aceitaria isso? Que eu saiba ele não é viciado - Zuri deu de ombros e o cachorro suspirou.

- Que tal irmos e depois vemos o que o vosso amigo pede em troca? - ambos aceitaram a ideia da loira e começaram sua caminhada.

...

- Achas que ela vai gostar? - O Ruivo de óculos perguntou mesmo quase tendo a certeza da resposta.

- Com certeza! E depois poderemos pedi-lhe em casamento, e quem quem sabe casar semana que vêm - sua fala cortada pela mãe do mesmo.

- Vai com calma! primeiro pedes em namoro e depois em um futuro mais longe vocês pensam em casamento - explicou calma.

- Você e o pai casaram depois de semana que se conheceram - acusou o loiro que antes sonhava acordado.

- E mais tarde quando conheceram a mãe casaram em três horas! - frisou Herry retirando os óculos que só punha quando tinha de se concentrar em algo que precisa-se forçar a vista.

- Calúnias! Foi um dia! - ela não aceitou logo - os três reviraram os olhos .

Era inacreditável como aquela família conseguia fazer histórias de vinte capítulos onde só se passaram três horas.

...

Enfiando as moedas na cabine Zuri deixou Duque discar o número que nem a menor sabia decor.

E a mesma ainda o olhava espantada por lembrar algo que só viu uma vez.

- Eu tenho uma ótima memória - se defendeu do olhar da morena.

- Alô? - a voz suou pelo aparelho e a morena se apressou em responder.

- Lucien! Olá queridissimo amigo!

- Zuri? Tu lembra meu nome? - a menor acenou como se ele pude-se vê-lhe.

- O Duque lembra, mas então preciso da tua ajuda! - direta já ao assunto.

- Conta baixinha - sempre pronto para ajudar, claro que com algumas condições.

- Preciso de tintas para pintar - falou errolando o dedinho nos fios cacheados.

- Com certeza são para pintar - riu divertido - consigo arranjar, por um preço, claro.

Zuri não estava surpresa, conhecia o Lucien que conhecia, então se apressou a responder.

- Claro, mas não sei o que te dar, então o que queres em troca? - a frase saiu tão natural que o homem no outro lado da linha até riu.

- Bom, me diz onde tás e disponibiliza pelo menos meia hora do teu tempo para me fazer um favor - A menor não demorou para aceitar sentindo uma enorme empolgação dentro de si - ótimo! Agora me diz onde tás.

- coelhinha! - Passou o aparelho para a loira que sorriu dando a informação e logo desligou sorrindo.

- E agora? - perguntou ao sentar em um muro ali perto.

- Agora? Agora esperamos! - Sorriu repetindo a ação da loira que foi também repetindo por Duque.

...

Um carro de aparência muito chique parou na frente da calçada onde tinha um muro com três pessoas sentadas.

O homem de terno e gravata saiu do carro que era conduzido por um motorista e sorriu só ver a cacheada.

- Baixinha! Boas tardes - a menor cortou apertando a sua mão - vamos aos negócios?

- Com certeza! - do mesmo carro saíram três pessoas com terno preto, eles carregavam baldes cheios de tinta fresca a qual Zuri não pode conter o pulo de felicidade.

Com eles saiu mais uma pessoa com telas e pincéis.

- A partir de hoje você trabalha para mim, por meia hora, considera isto como um período de experiência, você vai fazer dinheiro com sua arte na rua - a menor pensou por um pouco até fazer a tão esperada pergunta.

- Quanto pagam? E eu posso comer no horário de trabalho? - o mais velho sorriu.

- Falamos de dinheiro depois que passar pelo período de experiência que tal? E sobre a comida, desde que não estrague a tua arte, faça o que quiser, com a condição de fazer dinheiro, eu posso financiar os materiais - então a morena aceitou feliz, agora não era mais desempregada.

As pessoas de terno montaram um cantinho para a mesma onde ela passou quase uma hora a desenhar pessoas e coisas na rua, vendeu logo três quadros apenas naquele tempo, claro que com uma ajuda de Duque e sua encenação de menino inocente que quer um simples desenho.

E Mia, que se contentou em fazer pulseiras, ambos os dois também foram contratados, mas tinham de vender um X por mês.

Peço desculpas pela "..."
Para quem não sabe significa, significa "quebra de tempo" ou " em outro lugar " mas a verdade é que já temos tudo pensando para terminar a história, o problema é que ficamos a enrolar demais kkk mas nós prometemos terminar :)

Nossa só nossa garota (parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora