Capítulo 8

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Todos estavam sentados no extenso sofá, menos Zuri.

Ela estava deitada de forma desleixada em cima deles, mesmo eles ocupando um grande espaço, o sofá ainda tinha de sobra para a morena.

Mas a mesma preferiu o conforto de seus homens.

O filme decorria e deixava passar imagens animadas, primeiro assistiram a uma animação.

A pequena estava interessada, mal se lembrava de ver animações, só via filmes.

Mas estava adorando.

A forma divertida em que conseguiram fazer simples desenhos criar literalmente vida.

Fazer parecer com que aqueles personagens inanimados ganhem cor, forma e sentimentos.

No fundo eram simples desenhos, mas foram por eles que Zuri se animou.

Ela queria fazer isso também.

Mais tarde na mesma noite, após assistir a duas animações e quase um filme inteiro, viram sua pequena mulher calma em um sonho profundo.

- Adoro seus cabelos cacheados - O ruivo comentou acariciando os mesmo, com a cabeça da morena em seu peito.

A menor descansava no meio das pernas de Herry, enquanto era abraçada por Ryan que segurava sua cintura respirando do cheiro delicioso que ela tinha.

- Eu gosto dos seus olhos - Os dois perto de Zuri olharam para Issac que repousava em uma poltrona ali perto - Seu olhar é - parou, provavelmente pensando nas palavras certas - cativante e brilhoso, cheio de vida, eu diria.

O loiro riu, mas baixou o tom ao olhar para a baixinha.

- Eu amo a sua boquinha gostosa - segurou o pequeno rosto dela acariciando o lugar referido - É perfeita para beijar, amo quando me elogia, ou quando fala sem parar - seus cantos dos lábios subiram para cima em um sorriso fechado e maior uniu seus lábios com os dela em um selinho rápido - E adoro ouvir seus gemidos de prazer.

- Você é um safado, pervertido - Acusou o ruivo descrente.

- E você um velho chato e ranzinza - O loiro brincou brigando de volta.

- Eu não sou ranzinza - bateu na nuca do loiro que tentou bater de volta mas recebeu um tapa na mão de volta.

- Chega, ela vai acordar! - Brandou em um tôm sério, sem quaisqueres brechas para reclamações ou discussão.

Ambos acentiram, como um pai dando bronca nos jovens filhos.

Acabaram por fim levando a pequena mulher ao devido quarto.

Após um tempo todos estavam de pijamas e confortáveis para dormir.

Aninhados na grande cama apenas três respirações estavam calmas, então, em um sobressalto, a morena sentiu sua respiração prender com a sensação breve de estar caindo e acordou.

O calor corporal de seus homens a protegia do frio gelado da noite, e ela percebeu isso assim que sentiu seus pés nus em contacto com o chão frio, desconfortável com a sensação Zuri calçou os primeiros chinelos que viu, e andou até fora do quarto, rumo á cozinha.

Os chinelos em questão eram enormes para seus pequenos pés, pelo menos em comparação ao tamanho dos chinelos.

Desceu as escadas mas parou no final, assim que percebeu algo.

Ela nunca tinha tentado pular esses degraus.

Eram apenas oito, então saltou logo os primeiros três sabendo que conseguiria.

Subiu novamente e tentou quatro, para ela era fácil, cinco já se tornava um desafio, mas ela gostava, depois do quinto foi o sexto e por assim a diante.

No sétimo ela caiu, ainda ficou alguns segundos parada para ver se ninguém acordou, constatando que estava sozinha, deixou sair um choramingo de dor, afinal a queda doeu mas não seria o primeiro e muito menos o último machucado no joelho que teria.

Mesmo assim ela contou aquilo como uma vitória, e subiu para saltar o último, desta vez a estratégia era outra, "pular mais alto".

Preparando se para saltar, quando o fez, apenas sentiu braços fortes a impedido de terminar o salto.

- Ei, tava quase conseguindo - resmungou sabendo que não mudaria sua situação.

O dono dos braços músculos com pelos alaranjados era Herry.

E apenas seu olhar prometia o sermão mais tarde, mas na real ele não estava tão chateado, apenas teria que conversar sobre algo muito importante: Senso de perigo.

O dela claramente quebrou.

Sem soltar ela Herry andou de volta para o quarto, onde pegou uma mala que tinha seus itens médicos e deixou cair algo perto da cama.

- Você podia ter mais cuidado - foi o suspiro cansado de Herry, seus pés descalços demonstrando o furto de Zuri, mais tarde quando o ruivo acordara e não a sentiu, foi procurá-la.

Rapidamente percebeu a presenças dos pequenos chinelos e já estava a mentalizar a gripe que Zuri iria apanhar neste frio.

Mas ao ver a falta dos seus, descansou um pouco, pelo menos disso ela lembrou.

- Desculpa, eu vou ter, mas aquilo era fácil, eu não me magoei - sorriu radiante sentindo a luz da lua emitida pela janela bater seu rosto quente dos pulos.

- Seu machucado não diz o mesmo - se concentrou em seu joelho, para ter a certeza de que não era nada grave, constando que nao, relaxou e foi preciso em seu trabalho que cure rápido.

-  É mas isso é porque não doeu nada - abanou as pernas descontraída, roubando um olhar de Herry que estava concentrado.

- Eu consegui ouvir sua dor de longe - referiu se ao pequeno choramingo da menor, assim terminando no seu machucado.

As bochechas ficaram quentes e Zuri riu sapeca com a descoberta do maior, estendendo a mão.

O ruivo a olhou em dúvida e a morena pediu algo que estava enterrado no fundo de sua garganta.

- Falta o doce - sempre tinha doce depois da coisa chata dos médico.

- hoje não têm doce - passou o dedo por seu nariz e sorriu levantando.

- Porque? - desanimou levemente e então lembrou - então pode ser um beijinho? - Sorriu para o ruivo que arrumava o material e terminou já se aproximando - pode, um beijinho?

- Isso pode meu anjinho - Sorriu fechado unindo seus lábios com os da pequena que logo sentiu sua bunda apertar com o aperto do maior.

- Posso te comer ? Aí substitui o doce! - se animou a menor, apenas com o pensamento pervertido em sua mente.

Mas, apesar de querer muito, e muito mesmo, a menor quase não dormiu aquela noite, juntando com as noites em que Duque não esteve, e as leves olheiras na expressão feliz, sua baby precisava descansar.

Nossa só nossa garota (parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora