14 - Novo apartamento

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P.O.V NARRADORA

Harry sentiu um carinho em seus cachos, sentiu também um corpo quente abaixo de si. Seus olhos ainda estavam pesados, mas resolveu força-los a abrir.

Se remexeu um pouco, para despertar melhor, abriu os olhos e viu que estava em um quarto diferente, logo, se lembrando que estava no apartamento de Louis, percebeu também, que estava em cima de Louis. Olhou para seu rosto e viu ele sorrindo para si, ele estava acariciando seus cachos. Saiu de cima do corpo alheio com uma velocidade que nem mesmo ele reconheceu, arregalando os olhos.

– Hey... Calma. – Louis disse se sentando também.

– Desculpa. – Sorriu fraco. – É que eu tinha me esquecido que estava aqui... – Se explicou.

– Tudo bem... Mas afinal, Bom dia! – Disse animado abrindo os braços e balançando as mãos no ar, como se estivesse comemorando algo. Harry sorriu com a animação.

– Bom dia.

– Dormiu bem? – Perguntou Louis.

– Uhum. Dormi muito bem. – Coçou o olho.

– Aow. Você fica tão fofo quando acorda. – Apertou as bochechas de Harry, que fez biquinho. – Você tá' com fome? – Perguntou ao cacheado que assentiu.

Louis se levantou e disse para Harry ficar deitado mais um pouco, fez sua higiene matinal e foi para a cozinha fazer o café da manhã para eles, ele preparou ovos mexidos, ele não era muito bom na cozinha, ele fazia somente o básico.

Assim que preparou os ovos, foi para o quarto com os pratos. Entregou para Harry e se sentou junto a ele.

– Louis... Obrigado por estar me ajudando dessa forma, você está sendo tão paciente comigo, você é um menino tão bom, você merece o mundo, sabia? O que você está fazendo não tem preço. Eu quero muito que você saiba que eu vou ser eternamente grato por tudo isso, eu acho que ninguém teria coragem de me ajudar desse jeito, mas você ajudou, você me salvou na verdade. Eu te aprecio e admiro muito. Obrigado por ser essa pessoa que você é! E Obrigado por tudo! – Enquanto dizia, algumas lágrimas percorreram seu rosto, mas não chegaram nem em suas bochechas, pois, Louis enxugou todas.

– Você não precisa agradecer. Eu não conseguiria te ver naquela situação e não fazer nada. No começo eu prometi a mim mesmo que não iria desistir de encontrar uma resposta para todos aqueles pensamentos da minha mente, e depois, quando você finalmente me contou, prometi a você que nunca desistiria de te ajudar. Harry... Eu nunca desistiria de você. Eu lutaria por você até o fim, em qualquer causa, eu seria capaz de dar os meus próprios órgãos se fosse necessário, para te salvar, eu daria minha vida por você. – Louis também derramava algumas lágrimas. Depois que proferiu sua frase, deixou um pequeno beijinho no canto dos lábios de Harry, bem, não era para ser ali, e sim na bochecha, mas Louis não se importou muito, ao ver que Harry também não se importou. Harry o abraçou forte. Alguém nunca tinha dito aquilo a ele.

Depois de alguns minutos, algumas lágrimas e um abraço longo e cheio de significados, eles se separaram para, finalmente, tomarem o café da manhã.

– Eu espero que você goste de ovos mexidos. – Disse com esperanças. – Não sou muito bom na cozinha. – Riu.

– Eu gosto sim! Não sou enjoado. – Sorriu para Louis.

Comeram os ovos mexidos que Louis preparou e Harry julgou que estava maravilhoso, Louis concordou, porque afinal, não estava ruim. Conversaram sobre assuntos aleatórios, eles ficaram bons minutos daquela forma, era sábado, então, não precisavam se preocupar com o tempo, eles teriam todo o tempo que quisessem.

– Hm, Hazz? – Louis chamou quando Harry saiu do banheiro, ele havia emprestado uma escova nova para Harry. E bem, se Harry gostou e sorriu com o apelido? Com certeza sim. – Eu estava pensando... A gente pode passar no antigo apartamento que você ficava com Michael e pegar suas coisas para trazer para cá. O que você acha? – Louis pensou nessa ideia porque assim, seria mais fácil de cuidar de Harry, não que Harry fosse um bebê, mas Louis queria cuidar no sentido de: dar carinho, conversar, assistir filmes, passear, e também, fazer Harry se sentir bem. Nesse sentido. E claro, como amigos. Porque, por mais que Louis nutrisse um sentimento pelo cacheado, ele sabia que não era correspondido, mas a amizade de Harry, para Louis, já é um privilégio.

– Não! Quer dizer... E-eu não quero incomodar, eu já fiquei aqui essa noite e... E-eu posso ir para a casa da minha mãe. – É claro que ele queria ficar, mas tinha medo de atrapalhar.

– Mas eu já disse que você pode ficar o quanto quiser... Harry, eu estou te convidando para ficar, como meu amigo, eu gosto da sua companhia. – Disse sincero. – Eu não me importo de ter você aqui, na verdade eu vou adorar, eu nem tenho companhia aqui mesmo, e você é um ótimo amigo. – Disse sorrindo para o cacheado.

– Bem, então se você diz... Tudo bem, eu vou ficar. Mas só até eu contar tudo para minha família.

– Okay.

__ X __

Louis levou Harry para buscar suas coisas de carro e o ajudou a por tudo dentro de uma mala, logo depois, seguiram agora, para o novo apartamento onde Harry ficaria, o apartamento de Louis. Louis faria de tudo para que o cacheado se sentisse confortável e protegido, ele também faria de tudo para que Harry ficasse ali por um longo tempo.

Harry, no momento estava na cozinha de Louis, encostado na pia, enquanto o castanho estava sentado na bancada assistindo Harry fazer o almoço, pois o menino jurou para Louis que era muito bom cozinhando, e Louis sem dúvidas, aceitou que ele cozinhasse, afinal, qualquer comida é melhor que a dele.

Ambos estavam jogando conversa fora, quando o celular de Harry tocou. Quando olhou para a tela e viu que era sua mãe, Louis disse que o daria licença para conversarem melhor.

– "Oi filho! Como vai?" – Anne perguntou do outro lado da linha, quando Harry atendeu.

– Oi mãe! Vou bem! Muito bem, aliás. – Deu uma risadinha. – E a senhora, como está?

– "Oh, querido, eu estou bem. Mas posso deduzir que você está melhor, hum? Consigo perceber pelo tom de sua voz."

– Sim, mamãe, eu estou ótimo!

– "Onde você está, querido?

– E-eu tô' na casa de um amigo...

– "Sério? Qual dos seus amigos?

– Louis...

– "Aquele que te trazia na porta de casa a algumas semanas atrás?" – Perguntou num tom de voz animado, recebendo um "uhum" em resposta. – "Harry, que legal filho, quero conhecer ele, hein? Ele parece ser um menino muito legal.

– Ele é! Ele é um anjo, Louis é como um super herói. – Disse sorrindo, lembrando de como Louis é adorável. Anne percebeu o tom carinhoso do filho, mas preferiu não falar nada por agora.

– "Que lindo, Harry... E Michael? Como está você e ele?

– É-é... Michael? Bem... Ele... Ele... – Ele não sabia o que dizer. – M-michael está... P-preso. – Era isso, ou ter que inventar uma mentira que talvez, ela não acreditaria.

– "Como assim? O que aconteceu? Meu filho, você está bem? – Perguntou preocupada, Anne sabia que Michael não dava carinho o suficiente para Harry, mas não interferia, pois Harry era teimoso e sempre dizia que estava tudo bem.

– É uma longa história... – Suspirou. – Bem... Como eu sei que eu não tenho opção, mais tarde eu passo aí para contar tudo. – Ele realmente não tinha opção, mas ele sabia que sua mãe acreditaria em suas palavras.

LONELINESS [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora