20 - Família Tomlinson

458 42 3
                                    

P.O.V NARRADORA

Harry estava sentindo beijinhos por todo seu rosto, estava meio dormindo e meio acordado. Sabe quando você ainda está dormindo, mas tem noção do que está sentindo e ouvindo? Então, Harry estava assim.

Louis distribuía beijos por seu rosto inteiro, lhe dava selinhos molhados, cheirava seus cabelos, fazia carinho e novamente voltava com os beijos. Já fazia um tempinho que estava fazendo isso, para tentar acordar Harry. E é óbvio, para aproveitar seu cacheado também.

– Bom dia, anjo. – Louis disse baixinho no ouvido de Harry, que sorriu e se arrepiou, virando de frente para o castanho e envolvendo seus braços no pescoço dele.

– Bom dia, Boo Bear. – Disse sonolento, com a cara toda amassada e o cabelo bagunçado, Louis achou aquilo extremamente fofo, Harry era lindo de qualquer maneira. Deu um selinho demorado no cacheado e sorriu logo após.

– Sabe... Eu tava' pensando... Você quer ir para casa da minha mãe hoje? Tipo... Para conhecer ela... – Louis perguntou um pouco incerto, não sabia se era a hora correta para isso.

– Claro! Eu vou amar conhecer ela! Ela deve ser linda igual a você, e deve ser muito legal também. – Disse animado. Louis sorriu com a animação de Harry.

__ X __

Estavam a caminho da casa de Jay, não era muito longe do apartamento de ambos. Harry estava ansioso para conhecer... Sua... Sogra? Ou... A mãe do menino que ele tem uma amizade colorida? Harry não sabia como definir, ainda não eram namorados, mas também não era mais só amizade.

Louis estava na mesma confusão: apresentaria Harry como seu namorado? Ou apenas como amigo? Afinal, estavam apenas ficando, por enquanto.

Chegaram em frente a casa. Louis entrelaçou seus dedos com os de Harry, que corou levemente. Louis apenas adentrou a casa, com a mão ainda junta com a do cacheado.

– Mãe! Mãe! – Gritou pela mulher, certamente estava na cozinha. Alguns segundos depois, a mulher saiu do cômodo, sorrindo enormemente ao ver os meninos, e é claro que ela viu as mãos juntas.

– Oi, filho! Que bom que está aqui. – Abraçou o filho, logo, seu olhar caiu sobre o cacheado, Jay sorriu mais ainda. – Esse é seu namorado? Como é lindo! Porque não me contou antes que estava namorando? Bem, de qualquer forma, seja bem vindo, menino dos cachos. – Falou totalmente animada, Harry percebeu que Louis é igual a mãe, falante e animado. Não deu tempo para que Harry se quer se apresentasse, Louis começou antes.

– Mãe! Calma! Deixa primeiro eu apresentá-lo. – Louis riu. – Esse é o Harry. – Apresentou sorrindo, olhando para Harry em seguida. – Anjo, essa é minha mãe, Johannah. – Divagou, vendo Harry corar pela maneira que foi chamado em frente a Johannah. Antes mesmo que pudesse estender a mão para cumprimentar-la, a mulher o puxou para um abraço longo e apertado.

– E mãe... – Louis começou, ao que deram fim ao abraço. – Eu e Harry... Bem... Não estamos namorando ainda, sabe? Estamos apenas nos conhecendo por enquanto... – Explicou, vendo a mulher pedir desculpas. Os olhos de Harry brilharam ao que Louis disse para a mãe que ainda, não estavam namorando. Isso significa que algum dia vai acontecer? De repente, Harry ficou mais feliz do que antes, e Louis percebeu isso, percebeu também, o brilho no olhar de Harry quando foi dito aquilo.

– Louis! – Ouviram vozes infantis pronunciarem o nome do castanho. Logo vendo suas irmãs adentraram o local. Louis se abaixou para abraçar-las. Logo se levantando novamente, olhando para Harry, que estava sorrindo.

– Hazz, essas são minhas irmãs: Daisy e Phoebe, que são gêmeas e Lottie, que vêm depois de mim. – Apresentou as irmãs.

– Oi, Hazz! – Daisy cumprimentou, acenando com a mão.

– Você realmente se chama "Hazz"? – Foi a vez da outra gêmea perguntar. Harry se abaixou para ficar na altura das crianças para poder conversar melhor com elas.

– Não. – Riu. – Meu nome é Harry, Hazz é só um apelido. – Explicou. – Mas me digam: quantos aninhos vocês têm? Vocês são grandes! – Falou brincando, por mais que as crianças fossem igual o irmão: baixinhas.

– Eu tenho doze, Phoebe e Daisy têm seis. – Lottie quem disse dessa vez.

Harry conversou por um longo tempo com as meninas, elas ficaram encantadas pelo garoto e principalmente pelos seus cachos, em questão de minutos, elas estavam fazendo Harry de cobaia, elas disseram a ele que são profissionais em cabelos, portanto, fariam uma linda trança em seu cabelo, por mais que seus fios mal chegavam em seu ombro, deixaria as crianças se divertirem. Louis, por outro lado, estava tentando se contentar que suas próprias irmãs roubaram o seu menino, e pior, para fingir que ele é uma boneca.

– Harry é um menino adorável. Eu ainda sinto uma dor no coração por tudo aquilo que ele passou. – Louis suspirou, ao que tentava limpar as lágrimas gordas que corriam pelo seu rosto, com as costas da mão. Ele havia acabado de contar sobre como conheceu Harry e sobre tudo o que ele passou, sua mãe é uma pessoa boa, sempre compreende o filho, sempre o ouve. Jay atravessou o balcão da cozinha para abraçar Louis.

– Querido... Você mais do que todos, sabe do passado dele, das dores que ele carrega, dos traumas que ele têm, por isso, você também sabe do que ele precisa... Eu percebi que ele é um garoto lindo e adorável, sabe, qualquer um percebe isso, simplesmente o olhando! Então, filho... Se você realmente gosta dele, não o deixe escapar, ele é um menino de ouro, ele é muito forte por aguentar tudo que aguentou... Faça ele feliz, Louis, o dê o que ele nunca recebeu, faça ele sorrir todos os dias, faça ele se sentir como ele nunca se sentiu antes, mostre a ele que você pode o amar. – Sua mãe lhe deu um conselho que, na cabeça de Louis, aquele foi o melhor conselho já ouvido em sua vida.

De repente, um Harry com o cabelo cheio de tranças e o rosto praticamente inteiro pintado de maquiagem, entra na cozinha, seguido das três meninas atrás de si.

– Harry! Meu Deus, o que fizeram com você? – Louis disse em um tom divertido, o chamando com o dedo, e quando o cacheado se aproximou, Louis o puxou para sentar em seu colo. Harry corou, e graças aos céus, não foi possível ver pela quantidade de maquiagem que cobria seu rosto. Louis o deu um pequeno selinho, e o de olhos verdes sorriu minimamente.

Conversaram muito, eles ficaram praticamente o dia todo conversando e falando de suas vidas, contaram sobre o pai das meninas e de Louis, disseram que quando as gêmeas nasceram, o relacionamento não dava mais certo, então, se separaram. Johannah também disse que sentia muito pelas coisas que haviam acontecido com Harry.

Aquele foi um dia legal para todos, Harry conheceu a mãe de, talvez, seu futuro namorado, conheceu suas irmãs, e aparentemente, todos gostaram de si, Harry também gostou da família Tomlinson.

Agora, Harry sabia a sensação de quando as pessoas dizem que lar não precisa ser especificamente uma casa, ou algo material onde não passa sol, chuva, vento... E sim, onde você se sente confortável, aquecido, protegido, onde você se sente amado e acolhido. Um lar pode ser uma família, uma pessoa, ou talvez, um coração, onde você sabe que quando está no coração daquela pessoa, em específico, você sempre estará protegido de qualquer coisa. Para Harry, era tudo isso, mas principalmente, uma pessoa, porque desde que Louis e Harry se aproximaram, ele se sentiu bem na presença do castanho, ele se sentiu como se estivesse em casa, então, talvez Louis seja seu lar. De qualquer forma, Harry estava feliz por finalmente, estar se sentindo bem, estar ao lado de uma pessoa que goste dele, ele estava feliz por ter feito a escolha certa: dar uma segunda chance ao amor.

Música do capítulo:

LONELINESS [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora