BÔNUS | Isabel

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"Eu mereço a verdade, mas você mente
Eu não sei porque estou tão surpreso
Não importa o quanto eu tente
Se eu sou apenas uma piada."

| Aidan Martin - Punchline.

Me encontrava diante da casa do homem que eu fiz juras de amor e hoje nem sequer nos falávamos

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Me encontrava diante da casa do homem que eu fiz juras de amor e hoje nem sequer nos falávamos. Depois de ouvir fofocas na empresa sobre ele ter voltado a morar na casa da mãe, por causa da irmã, eu tive a coragem de vir aqui, mas quando por um momento pensei em voltar atrás Victor já estava abrindo a porta. E assim que ele percebeu minha presença eu gelei vendo sua feição de surpresa se tornar em horror.

Era fácil criar uma cena e pensar em como falar tudo que estava engasgado na minha garganta, só que quando eu ficava cara-a-cara com o meu problema, eu não sabia como enfrentá-lo. Sempre fui uma menina simples, de poucos valores familiares, no entanto, eu o amei.

― Podemos conversar? ― suspirei. ― ... Por favor?

― Aconteceu alguma coisa na empresa?

― Não, não exatamente. ― em partes era sim.

― Então não temos o que conversar.

Estávamos no meio da rua, enquanto ele caminhava totalmente desinteressado das minhas explicações e angustiada, eu o seguia, mesmo andando ao seu lado era como se eu não estivesse ali.

Não o culpava, eu causei toda dor na vida dele.

Tentei falar outra e outra vez, contudo, Victor não parou nem para me olhar, antes que eu puxasse seu ombro uma, duas vezes até o mesmo parar abruptamente quando toquei no nome da famosa Elizabeth. Ela deveria ser alguém importante já que ele me encarava com o maior desprezo possível no rosto.

Vê-lo me olhar assim deixava meu coração em despedaçados, não só pelo fato de eu ter o abandonado, mas também por ter o feito acreditar que um dia eu seria para sempre sua.

― Só me dê uma chance, só uma chance para conversarmos sem o rancor do passado. ― implorei. ― Eu quero te contar a verdade, me dê alguns minutos, eu juro que vou falar tudo.

― Tudo? Tudo o quê?

― Apenas me dê um tempo e eu direi.

― Você tem cinco minutos... Se tentar algo a mais eu juro que dou um jeito de te transferir para outra empresa. Agora me conte o que está acontecendo logo, não é novidade para ninguém que não confio mais nas suas palavras.

― Dessa vez direi toda a verdade, preciso que tenha confiança em mim outra vez.

Olhei ao redor procurando um lugar que não fosse tão aberto e encontrei uma árvore do outro lado da rua com um banquinho embaixo dela.

― Me acompanha até ali? ― o encarei, incerta.

― Vamos.

Sentei-me no banco de madeira e Victor se sentou em seguida a um espaço considerável de mim, seus olhos me observavam cuidadosamente à espera de que eu começasse. Contudo, minha mente traidora queria sentir o perfume que ele usava, seu cheiro não havia mudado e isso não custava para me lembrar do nosso passado.

MEU DESEJO TENTADOR - livro 2 da série: Os AvellarOnde histórias criam vida. Descubra agora