+16 | Uma mente completamente solitária com um coração cheio de bondade tenta deixar toda a tristeza do passado para trás, mesmo sabendo que é inevitável esquecer aquilo que o enfraqueceu.
Victor Avellar, além de ser perfeccionista em tudo o que faz...
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Apertei com mais firmeza a linda morena em meus braços, sorri ao enxergar o seu lindo e harmonioso sorriso depois do beijo que me arrancou o fôlego e trouxe vários pensamentos sujos de como seria bom realizar o ato de apenas despi-la no meio desse campo de golfe como da primeira vez que fomos pegos.
Inspirei profundamente, já sabendo onde ficava cada mínima linha do seu rosto, mas decorando o suficiente para nunca mais esquecer. Nunca mais ousarei esquecer essa face que um dia me trouxe e ainda me traz a melhor e a maior felicidade do mundo inteiro.
Ela era a minha alma gêmea, a minha única alma sobrevivente nesse mundo de caos que sempre foi a minha fodida vida.
― O tanto que eu senti sua falta não está escrito, parece que estive longe, mas eu sempre estive aqui.
― Eu também senti sua falta, mesmo que você não tenha conseguido se lembrar de mim nos primeiros dias. Eu te amo, Victor Avellar.
― Eu te amo, minha futura esposa. ― agarrei sua cintura, segurando seu queixo e alisando a pele macia. ― Te amo muito. Casa comigo, por favor, estou implorando pela milésima vez e você ainda não me disse um sim verdadeiro.
― Não podemos casar assim de uma hora para outra, amor. Preciso ver o vestido, os convidados, onde vai ser...
― Resolvo isso amanhã mesmo se quiser. Não sei se aguento viver mais sem você, Eliza. Perdi a memória, mas não a vontade de ter uma família contigo.
― E por falar em família...
― O que houve? Aconteceu alguma coisa com a sua?
― Não, é só que não tenho me sentindo bem esses dias, achei que era o momento depressivo por causa do enterro, mas não passou.
― Está me dizendo que está grávida? ― os meus olhos brilharam ao saber disso.
― Não sei, mas acho que...
― Fez o teste? Vou ser pai? ― soltei-a, me ajoelhando em sua frente e colocando meu rosto diante da sua barriga. ― Por que não me contou, Rose? Eu estava sem memória, porém merecia saber disso!
― Avellar, espera, se levanta... ― não dei ouvidos, dedilhando meus dedos por cima do seu ventre sob a roupa.
― Tem um serzinho aqui! ― beijei aquele cantinho que logo eu tinha certeza que ia crescer. ― Aposto que é uma menina! Tomara que seja, pois eu sei cuidar de meninas, amor, foi eu quem cuidou da Melissa a vida toda e agora que sei que tem uma possível mini eu com os seus olhos e os meus cabelos pretos, tudo muda.
― Victor!
― Mas se for um menino, não tem problema também, que venha com saúde que o papai aqui vai cuidar e amar do mesmo jeitinho, não é, meu bebê?!
― Victor! ― me suspendeu pelos braços do jeito que pôde, reparei agora no seu rosto que tinha algo de errado que faltava ela me contar.
― Por que não está feliz? Não quer o neném? Não ouse dizer que não quer o nosso filho, Elizabeth, isso eu não aceito, porque ele já é meu e abortar está fora de cogitação, pois...
