30 | Visita

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― ... Deixe o seu recado após o sinal.

― Victor, quando puder, me atende, estou preocupada, já são quase oito da noite e você nem sequer me mandou uma mensagem para dizer se está tudo bem... Te amo, e não esquece de ligar para mim. ― encarei a tela do celular pela quinta vez naquela noite após desligar a chamada.

Victor não respondia às minhas mensagens e nem mesmo entendeu as ligações, talvez eu apenas estivesse paranoica por ele não ter ido me buscar no trabalho, mas de qualquer forma, Avellar nunca me deixou assim sem ao menos avisar. Isso estava muito estranho. Respirei profundamente mais uma vez, discando o número dele pela sexta vez e novamente a chamada foi encaminhada para a caixa postal.

Meu sofá não parecia mais confortável como há três atrás quando cheguei, fiquei tão preocupada com aquele babaca que não havia nem sequer tomado um banho e agora me encontrava com a cabeça no encosto macio, enquanto esfregava as mãos no rosto.

Eu não queria parecer uma namorada neurótica, decerto, estava passando dos limites hoje e o ambiente à minha volta parecia um caos me deixando ainda mais frustrada. Minha bolsa jogada no chão em cima do tapete, a TV ligada em um canal nada a ver e um pote de bolo em cima da mesinha de centro que eu tinha comido há alguns minutos demonstravam o quão nervosa e um pouco louca eu fiquei. Precisava parar de pensar bobagem e ir tomar um banho de vez. Victor, quem sabe, estivesse fazendo alguma coisa de importante por isso não pôde me atender.

Era isso. Não precisava surtar, estava tudo bem.

Levantei-me do sofá em busca de finalmente fazer o que eu deveria ter feito assim que passei pela entrada, e quando direcionei meus passos para o quarto para pegar a minha toalha, a campainha tocou, fazendo-me encarar a porta e correr segundos depois até lá com o coração quase em saltos. Avellar havia chegado e tudo o que eu pensei dentro dessa minha cabecinha oca era apenas paranoias.

― Finalmente você chegou, am... ― minhas palavras morrem quando Isabel apareceu no meu campo de visão com lágrimas nos olhos, uma peruca da cor quase igual ao meu cabelo e um homem logo atrás dela que não me era estranho.

― Não sabia que estava esperando por mim, belezinha. ― o velho disse, empurrando a loira para dentro da minha casa, o que me fez dar alguns passos para trás antes dele fechar a porta com um baque alto.

― Que diabos?! Saiam os dois da minha casa agora!

― Senta no sofá... As duas.

― Quem você pensa que é para mandar em mim, seu idiota? Saia daqui ou eu vou chamar a segurança do prédio.

― Eu mandei vocês sentarem. ― sua mão esquerda que estava nas costas de Isabel foi apontada para mim, mas ao ver o que tinha nela não precisei ouvir seu comando uma segunda vez. ― Só vamos ter uma conversa, não pretendo durar muito nesse lugar asqueroso.

MEU DESEJO TENTADOR - livro 2 da série: Os AvellarOnde histórias criam vida. Descubra agora