♪ ❝ Tudo a que corro,
tudo aquilo a que me agarro
Tudo parece apenas escorregar
pelas minhas mãos ❞ ♫⊱⋅ SHADOWS. { TENTH AVENUE NORTH }
pov. CAROLINA WEILLERO OLHAR CONFUSO DE PEDRO ecoava em minha mente. Já estava imersa na banheira a bastante tempo e a ansiedade ainda me tomava, à medida em que lembrava de minha conversa com o Grande Rei e na forma como eu o tratei.
Às vezes pensava na raiva que me tomou, às vezes no tom preocupado que ele tinha comigo e, na maioria das vezes, pensava na troca que tivemos: seu toque delicado em minha nuca, por meu rosto, minhas bochechas... Respirei alto e levantei-me no ímpeto, forçando a mim mesma a parar de trazer novamente aquele turbilhão de sentimentos à tona.
Caminhei nua por alguns metros e peguei uma grande toalha para me enxugar. Vesti uma camisola com grandes mangas em seda e me assentei em frente a um grande espelho, penteando os meus fios que ainda estavam secos. Enquanto me penteava, fitei pelo reflexo do espelho meu colar ganhando vida novamente: a pedra acendeu, incendiando-se, porém, não emitia calor algum.
À medida em que olhava suas chamas intensas senti algo por debaixo da minha pele, em minha corrente sanguínea. Algo apenas fluído por mim, provocando um leve formigamento. De alguma forma, a pedra tentava falar comigo e eu, eu não sentia medo. Apenas queria ouvi-la.
Levantei-me, acostumando com aquela nova sensação e senti minhas pálpebras pesarem lentamente, como se a magia presente ali estivesse ansiando para que eu dormisse. Tudo o que pude fazer foi deitar, agarrar-me a pedra e mergulhar no desconhecido.
Naquele momento, a magia e eu éramos uma.
[...]
Em meu sonho era noite e a lua cortava o céu com seu brilho prateado. Havia uma torre de altas pedras, formando um grande silo, e por detrás desse silo, um imponente castelo.
À frente da porta principal estava um casal, ambos extremamente angustiados. O homem tinha estatura mediana, pele clara e usava sua barba por fazer. A mulher ao seu lado tinha longos cabelos negros, que brilhavam com o reflexo da Lua; ambos vestiam roupas de linho, rendas e pedrarias; pelas roupas que vestiam, pareciam ser pessoas de muita importância, ou até mesmo o Rei e Rainha do local.
A mulher segurava uma túnica pequena em seus braços e chorava copiosamente sobre ela. A túnica estava encharcada de sangue, e algumas gotas caiam sob a relva. Ela gritava e pranteava o luto enquanto o homem tentava conter-se, pois estava com um bebê em seu colo.
O Rei beijou a face da criança e a entregou nas mãos da Rainha, que a envolveu em seus braços. O relógio badalou e eles se entreolharam com urgência. O homem tomou um cavalo selado e o montou, em seguida ajudou sua esposa subir e começaram a cavalgar, adentrando uma floresta densa e escura.
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𝑂 𝑅𝐸𝐼𝑁𝑂 𝐷𝐴 𝑃𝑅𝐼𝑁𝐶𝐸𝑆𝐴 𝐷𝐸 𝐹𝑂𝐺𝑂 | 𝑵𝑨𝑹𝑵𝑰𝑨
Fanfiction𝐄𝐑𝐀 𝐔𝐌𝐀 𝐕𝐄𝐙... ✦ Talvez "𝑒𝑟𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑣𝑒𝑧" não fosse o melhor termo para começar essa história, já que a menina da história - embora doce e meiga - não acreditava em conto de fadas. Talvez seja normal uma menina não acreditar em cont...