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⊠Talvez "ððð ð¢ðð ð£ðð§" não fosse o melhor termo para começar essa história, já que a menina da história - embora doce e meiga - não acreditava em conto de fadas.
Talvez seja normal uma menina não acreditar em cont...
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.19 - Vazio.
pov. CAROLINA WEILLER
QUANDO VOLTEI A REALIDADE, meu coração continuava batendo em ritmo descompassado. Definitivamente, aquela foi a experiência mais revigorante e esplendorosa que tive em vida.
Olhei para minhas mãos, que tremiam e sangravam e as trouxe para perto de meu peito, ainda em êxtase.
— Nina? — A voz de Edmundo me despertou — O que está fazendo aí parada? — Ele se aproximou, curioso.
— Ed! Quanto tempo fiquei fora?
Ele pôs sua espada em sua bainha e se aproximou confuso.
— Fora? Fora de onde?! Não estou entendendo.
— Edmundo! — Me virei à sua frente, afoita — Eu voltei àquele lugar! Eu voltei à montanha dos meus sonhos e Aslam estava lá! Passei um bom tempo com Ele. Você não percebeu por quanto tempo eu sumi?
— Não se passou nem um minuto que você se levantou e veio pra essa parte do bosque. Trumpkin e eu achamos estranha a sua reação, por isso viemos ver se estava bem —Seus olhos percorreram meu corpo até chegar às minhas mãos — Seus dedos!
— Você disse pra mim: "É apenas um sonho, não tem como você cair e se machucar" — Disse com voz afetada, imitando a voz do mais novo — Por sorte não caí daquele penhasco!
— Eu não fazia ideia... — Edmundo sussurrou, desacreditado, segurando minhas mãos com as suas e examinando meus machucados. Após isso, rapidamente rasgou um pedaço da borda de sua camisa de linho e enfaixou os meus dedos.
Contei sobre minha intensa experiência a todos os que estavam presentes e não contive as lágrimas ao me lembrar de cada detalhe vívido. A sensação de estar em Nárnia a cada dia se renovava. A cada dia era melhor, mais prazerosa e eletrizante... A cada dia a magia que habitava em mim me mostrava um pouco de tudo aquilo que deveria ter vivido por anos, desde criança, mas que infelizmente foi tomado de mim.
— Preciso voltar ao castelo e me resolver com seu irmão — Disse, me lembrando das palavras de Aslam.
— E o que faz você achar que ele mudou de ideia?
— Estou com bom pressentimento! Tenho certeza que em breve você e eu não seremos mais como foragidos! — Ri, brincando com Edmundo. Achei que ele iria me acompanhar, mas o moreno não esboçou sorriso algum.
Por alguns segundos, sua aparência soou triste e ele rapidamente tentou esconder.
— Claro. Será melhor assim — Ele pôs um sorriso forçado no rosto.
— Ei, o que houve? — Perguntei, sem entender ao certo o que tinha acontecido.
— Não é nada — Ele respondeu tentando me convencer.
