.18 - 𝑅𝑖𝑠𝑒.

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♬ ❝ Hum, os ventos mudam
Eu posso ouvir, sua voz tão perfeita
Você diz: Minha criança, suba! ❞ ♩

⊱⋅ RISE - Isla Vista Worship.

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.18 - Suba.

pov. CAROLINA WEILLER

ESTAVA NOVAMENTE NO CAMPO dos meus sonhos, onde havia um extenso gramado verdinho em toda minha volta. Naquele momento, tive a mesma sensação que senti ao pisar em Nárnia pela primeira vez, a de vivenciar fantasia e realidade fundidas, junto ao receio do desconhecido. A claridade, o cheiro de magia e o brilho translúcido não eram novos pra mim, pois já havia estado ali antes, mas dessa vez, sentia que descobriria por fim qual era o real propósito daquele sonho lúcido. 

Na verdade, percebi que o lugar era muito parecido com as grandes colinas que faziam fronteira com as terras agrestes do Norte, as que via pelas janelas do meu antigo quarto, porém em linhas e cores bem mais nítidas e delineadas que o normal. Tudo era mais vivo, contrastado e brilhante, e o clima era extremamente agradável, como se a primavera envolvesse todo aquele lugar. Haviam flores brotando no gramado e o Sol estava à oeste, indicando que já logo chegaria ao seu poente. A sensação de paz e felicidade era notória... Será que Aslam estaria ali?

Decidi por fim que exploraria mais uma vez.

O campo tinha dimensões tão grandes, que cheguei a conclusão de não conseguiria explorá-lo por completo em apenas um dia, então, decidi correr. Corria livre e desenfreada, com o vento balançando meus longos fios ruivos... Foi assim por minutos, até que ao longe, avistei a grande e imponente montanha de meus sonhos e a minha extrema direita, uma nascente com água cristalinas. Fora o rio e as rochas, não havia mais nada ali. A montanha estava mais próxima a mim do que o rio, por isso resolvi começar a explorar por ali.

Após alguns minutos me aproximei das grandes rochas cor de granito e as fitei, vendo que elas eram muito maiores e imponentes do que eu me lembrava. O vento mudou de direção e ao longe, no pico da elevada montanha uma voz ecoou:

— Minha criança, suba!

Meu coração se estremeceu, juntamente com as minhas pernas. Aslam estava lá em cima e havia me convidado para subir a montanha.

Minha mente jurava que aquilo era insano e totalmente fora do normal, e comecei a questionar a mim mesma se conseguiria realizar tal ato. Sentei-me na relva, tomada pelo medo, pensando que poderia cair. De todas as experiências mágicas que tive desde que cheguei a Nárnia, aquela foi a que me causou mais temor. 

Passei alguns minutos encarando as grandes paredes de granito, tão sólidas e firmes como aço, me questionando se meu medo era maior do que meu anseio de estar com Aslam. Eu não o via desde aquela noite em meu quarto, a noite em que Ele me contou quem eu realmente era e, mesmo sem o conhecer tão bem, eu o amava e sentia tanto sua falta... Eu lutaria por Aslam e por Nárnia sem pensar duas vezes. Nárnia era meu lar, meu lugar secreto.

𝑂 𝑅𝐞𝐌𝑁𝑂 𝐷𝐎 𝑃𝑅𝐌𝑁𝐶𝐞𝑆𝐎 𝐷𝐞 𝐹𝑂𝐺𝑂 | 𝑵𝑚𝑹𝑵𝑰𝑚Onde histórias criam vida. Descubra agora