.17 - 𝐼𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝑤𝑜𝑜𝑑𝑠.

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17 - No bosque

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.17 - No bosque.

ASSIM QUE ADENTRAMOS a grande clareira, Edmundo me guiou para o leste onde as árvores, algumas náiades e ninfas da floresta, já se movimentavam em uma espécie de saudação.

Não demorou muito até encontrarmos Ripchip, que estava com Pipcik e alguns dos outros onze ratos. Todos eles, assim que nos viram, apressaram-se em vir ao nosso encontro, com suas perninhas curtas e rápidas.

— Majestade, Alteza — O Rato chefe nos fez uma grande reverência e todos os outros o acompanharam. Mais uma vez fiquei impressionada com o equilíbrio e destreza de todos os pequenos — Que honra vê-los tão cedo em nosso lar!

— Realmente é cedo amigo, mas viemos por uma boa causa — Edmundo disse enquanto eu me abaixava e ficava na altura de todos eles.

— Nunca é cedo demais para se deparar com tal beleza — Ele se curvou mais uma vez, de forma mais leve e menos pomposa e tocou sua pata em minha mão esquerda, plantando-lhe um beijo, mas tudo o que eu senti foram cócegas por causa de seu bigode. — O Grande Rei que me perdoe, mas garanto que se fosse de sua espécie, faria o possível para cortejá-la milady.

— Como sempre, tão galante! — Respondi a Rip, enquanto Edmundo observava a cena — Sinto-me honrada, meu leal amigo. Um elogio vindo de você é muito especial.

Quando Ripchip abriu a boca para me responder, algo chamou-me a atenção. De repente, saltando pelos ramos e galhos das árvores, Farfalhante se aproximava, com sua pelagem vermelha e rabo ouriçado.

— Por falar no Grande Rei, ficamos muito felizes em saber do compromisso de vocês dois — Edmundo e eu levantamos nossas cabeças, o fitando em cima de uma macieira brava. Ele falava apressado, sua voz fininha — Os faunos estão criando melodias românticas em vossa homenagem, assim como as doces canções que exaltam o amor do Rei Caspian e da Rainha Susana.

O adorável esquilo aterrissou no gramado atrás de nós, e quando me virei, vi que aos poucos outros narnianos também se juntavam à nossa volta.

Farfalhante ergueu seu corpo, ficando sobre duas patas e curvou-se a Edmundo e a mim e naquela hora, tudo o que quis era segurá-lo no colo e lhe fazer carinho no pelo, mas me contive. Tratar animais falantes como animais normais era algo que constrangia todos os narnianos.

— Farfalhante! Fico feliz em vê-lo. Na verdade, em ver todos vocês! — Respondi ao esquilo e também ao centauro, ouriço e castores presentes — Pedro e eu ficamos muito gratos com a gentileza. Por favor, avisem aos faunos que quando puderem, nós adoraríamos ouvir todas essas canções — Disse sincera. Pedro e eu não estávamos em nosso melhor momento, porém não era necessário que todos soubessem.

— Mas que falta de educação de sua espécie! — Ripchip erguei seu corpo, falando a Farfalhante — Estava no meio de uma conversa e você nos interrompeu, com sua entrada desnecessária!

𝑂 𝑅𝐸𝐼𝑁𝑂 𝐷𝐴 𝑃𝑅𝐼𝑁𝐶𝐸𝑆𝐴 𝐷𝐸 𝐹𝑂𝐺𝑂 | 𝑵𝑨𝑹𝑵𝑰𝑨Onde histórias criam vida. Descubra agora