.23 - 𝑆𝑖𝑙𝑒𝑛𝑐𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑡𝑙𝑒.

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23 - Batalha silenciosa

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.23 - Batalha silenciosa.

pov. PEDRO PEVENSIE

ERA DIFÍCIL SER SILENCIOSO na neve, por isso todos nós nos movemos com dificuldade, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Caspian foi na frente, se esgueirando pelas rochas, até ter uma visão completa da entrada do assentamento e dos soldados calormanos.

— Apenas dois — Ele sussurrou.

Edmundo rapidamente balançou com a cabeça, sinalizando Lúcia e Susana que já tinham seus arcos em posição. Logo as meninas atiraram, com flechas certeiras, acertando os soldados através de seus elmos.

Em poucos minutos, adentramos o local úmido e mal iluminado e eu agradeci mentalmente a falta de luz, pois a escuridão nos dava vantagem, era mais fácil se esconder nas sombras.

— Não saia do meu lado, entendeu? — Sussurrei a Lúcia enquanto prosseguimos e ela apenas balançou a cabeça como resposta — Vamos procurá-la, Nina não deve estar longe — Disse fitando as paredes com leves camadas de gelo.

O interior da gruta era composto por diversos túneis mal iluminados, me dando a sensação de estar preso em um enorme labirinto. Alguns calormanos se aproximaram de nós, passando por um enorme corredor, e quando percebemos a proximidade, rapidamente nos encostamos ao máximo na parede fria, torcendo para que não nos vissem. Quando os soldados finalmente passaram por nós, percebi que meu coração estava descompassado e que eu mordia os lábios com força. Edmundo se permitiu soltar um suspiro de alívio, voltando a respirar novamente, assim como todos os outros. Tudo o que precisávamos eram passos precisos, olhos atentos e silêncio absoluto. Se mantivéssemos o ritmo, o plano daria certo.

Lúcia me olhou com confiança, me incentivando a seguir em frente, e com isso dei sinal a todos para avançarmos. Com cuidado, entramos no grande túnel por onde os calormanos passaram, vendo que agora, só havia um homem nele, que estava de costas para nós. Edmundo se aproximou de Lúcia e pediu sua adaga, a que ela guardava em seu coldre de couro ao lado de seu frasco de diamante. Armas menores eram mais fáceis de serem usadas em combates furtivos e por fim, o mais novo, que mantinha passos silenciosos, chegou por trás do calormano sem ser percebido e cravou a adaga em seu pescoço, próximo à jugular, fazendo o sangue do homem respingar em seu rosto.

E foi assim por algum tempo: flechadas certeiras, lâminas cravadas e nenhum alarde. Estávamos indo bem, mas ainda nenhum sinal de Nina. A tensão exalava por nossos poros, pois encontrá-la em um labirinto de corredores era uma tarefa árdua.

Mais alguns longos minutos se passaram, quando finalmente avistamos uma porta no fim do túnel, que estava sendo vigiada por dois guardas e um anão negro. Ela com certeza estava lá dentro.

— Acho que ela está lá dentro. Susana, preciso de algumas de suas flechas — Disse enquanto me virava e vi que Susana não estava entre nós — Onde ela está? — Sussurrei a Caspian.

𝑂 𝑅𝐸𝐼𝑁𝑂 𝐷𝐴 𝑃𝑅𝐼𝑁𝐶𝐸𝑆𝐴 𝐷𝐸 𝐹𝑂𝐺𝑂 | 𝑵𝑨𝑹𝑵𝑰𝑨Onde histórias criam vida. Descubra agora