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Dalila Sokolov.

- Tem algo para mim? - Eu me sento na cadeira a frente de Carla.

Já estamos na terceira semana, e até agora, as informações que recebi, foram bastante úteis.

- Pra começar, um dos soldados de Adrian, sumiu, fugiu, morreu... ninguém sabe realmente. Mas, ele anda bem estressado ultimamente, descontando no trabalho.

Não consigo evitar o sorriso que me escapa.

A cor de seu rosto se vai, e ela nem me encara... é como se tivesse recebido um alerta.


- Você tem algo haver com isso... não tem?

As vezes o nível da rapidez que ela consegue captar meus sinais e assustador.

- Vamos dá uma volta. - Eu me levanto primeiro. Ela ergue uma sobrancelha, mas, não me faz nenhuma pergunta e saímos para fora da lanchonete.

- Para onde vamos?

- Nenhum lugar específico. Estou em Chicago há poucas semanas e ainda não tive a oportunidade de conhecer melhor.

Eu estava mentido. Eu conhecia Chicago muito bem.

Mas, era só uma desculpa para termos uma conversa melhor.

- Me conte sobre o trabalho de Adrian.

- Você ainda nem sequer me respondeu. Foi você, sim ou não?

- Ainda está cedo para responder sua pergunta. Responda a minha perguntaa.

É engraçado o fato de eu conseguir lê-la apenas pela sua expressão ou gestos. Sua respiração longa, contendo toda a sua frustração é a prova disso.

- Ele tem muitas empresas que ele herdou do pai, pra começar. Mas, tem uma específica.... Ele tem uma boate, ele fez ela do zero, pelo que minha vó me contou. A única que carrega seu nome. Tirando o Atlas, é claro. Ele passa muito tempo trabalhando nela.

Interessante...

-- Basicamente... Essa boate é o xodó dele?

- Não, a Outfit é o xodó dele. Ele faria tudo por ela e pela família.

Ela diz com tanta confiança. Que eu não tive dúvidas sobre iss.

- Sabe... Você nunca me disse o que você faz.

Eu confio você o suficiente para contar?

- Eu mato pessoas. - No mesmo instante ela para de me acompanhar. Fico a alguns passos dela, parada a encarando.

- Não pensei que você ficaria tão chocada. - eu debocho.

- É estranho, ter uma prova concreta disso. Mas tipo, você trabalha para o governo, igual um agente? Geralmente são eles que caçam mafiosos.

Ela deve ler muitos livros ou ver muita televisão para ter uma mente assim.

- Não, eu trabalho para mim mesma. Que dizer... as pessoas me contratam para matar outras pessoas, é eu faço. - voltamos a caminhar. Ela não parece mais tão chocada agora.

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