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Dalila Sokolov.

O ar frio e úmido do local que estou, congelou as minhas pernas que estão dormentes. Mal as sinto.

Meu cabelo que antes era um coque, cai como cascatas pelo rosto

Minhas mão, não consigo mexe- lás, mas certamente, estão amarradas.

Os últimos acontecimentos se passam como um borrão, e nem consigo pensar com clareza.

Eu não estou morta, é óbvio, a dor em minha cabeça dói como se eu tivesse levado uma topada, deixa bem claro esse fato, mas por que estou viva?

Fico tão absorvida em meus pensamentos que nem noto a fome que estou sentindo se não fosse pelo barulho estranho que ela faz.

Há quantos dias estou nesse local?

E por que, eu me pergunto mais uma vez, estou viva?

Eu levanto meu rosto para examinar o pequeno quarto onde estou. É pequeno, mas é limpo, e o forte cheiro de produtos de limpeza quase afetam meu olfato com seu forte cheiro. Puta merda.

Sinto que irei desmaiar, novamente.

Não demora muito para um som de uma porta, bem atrás de mim, surgir, seguido por uma voz.

- Il mio raggio di sole, vejo que finalmente acordou. - Eu fico imóvel, mas do que possível, quando o dono da voz, que eu conheço muito bem, se aproxima cada vez mais, e mais.

Eu estou ficando louca de vez, ou Adrian acabou de me chamar de seu raio de sol? e o pior... em italiano?

Eu tento libertar minhas mãos da corda com a sua aproximação, mas falho miseravelmente, o nó está muito bem feito.

Eu sinto algo sólido e frio passando pelos meus braços - porra, é uma faca. incapaz de fazer algo, eu apenas respiro profundamente fechando os olhos, esperando algo.

Ele está bem atrás de mim, sinto seu cheiro. Seu perfume amadeirado é inalado pelas minhas narinas, substituindo o forte cheiro dos produtos de limpeza. É bom. Maldição, seu perfume é bom.

- Se vai fazer alguma coisa comigo, faça logo, não tenho tempo para provocações. - eu digo firme, já aceitando o fim.

O som estridente de sua risada, causa eco no pequeno quarto.

De repente, meu rosto é puxado para cima, encontrando seu rosto. Sua expressão que continha um sorriso presunçoso, rapidamente é substituindo por uma expressão fria, como se ele não de importasse com nada.

Meu pescoço dói com a posição, e sua mão desce para meu pescoço, o abertamente o suficiente para minha respiração ficar falhada. Maldito.

Com toda a raiva que estou sentindo, por ter fracassado; por ter sido pega; por estar em sua mercê, é o suficiente para arrancar lágrimas, mas não faço.

Eu não vou chorar.

Eu. Não. Vou. Chorar.

Eu sinto a vontade, a necessidade, de deixar cair, mas tudo que faço é tentar com todas as forças que me restam, respirar pela boca, tentando aliviar essa vontade.

Sua mão folga pelo meu pescoço, mas sua outra mão ainda permanece segurando meus cabelos, me mantendo na posição desconfortável.

- Oh, doce Dalila, eu não vou matar você...- seu rosto se aproxima do meu, sua boca perto de meu ouvido. - Não até que eu não precise mais de você.

O que isso significa?

- Eu vou matar você, Van Doren, seu maldito! - Eu lhe lanço um olhar de ódio.

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