10.

202 20 24
                                    

Dalila Sokolov.

Recebo olhares odiosos da mulher, que anda até uma das cadeiras e senta elegantemente tirando suas luvas de couro, mas sem tirar os olhos de mim.

O que eu fiz pra todo mundo dessa cidade me odiar?

Antonella encara Adrian, logo dizendo:

- O que você pretende com tudo isso, Adrian? - seus olhos se lançam entre mim e em seguida para ele, como se quisesse dizer que eu sou o problema.

Olho para mulher com desgosto.

- O que eu pretendo? Não sei se entendi bem, Antonella. Não ando planejando nada. - ele dá de ombros, como se não tivesse entendido o que sua mãe quis insinuar.

- Não seja um bastardo eloquente, Adrian, eu não te criei para ser assim.
- ela revira os olhos. -- Estou me referindo a ela - seus dedos apontam para mim, e eu tento disfarçar uma expressão chocada - O que você planeja hospedando uma prostituta na casa principal?

Meus olhos se arregalam com que sou chamada. Eu vejo a raiva nos olhos de Adrian.

- Você tem muita coragem de vir aqui, e insultar minha mulher. - eu congelo com o caos se formando na sala.

O que eu devo dizer?

É a minha dignidade em jogo, mas eu nunca fui boa com as palavras, sempre preferi as ações.

Antonella leva sua resposta como uma facada no peito e se levanta avançando em cima de Adrian.

- Você só pode estar brincando com isso. Você realmente acha que eu irei deixar você sujar o nome dessa família, mais do que já está... com essa mulher? - o vermelho pinta sua cara como se ela estivesse prestes a explodir com de raiva.

Eu conto até dez, meus punhos cerrados coçando para não avançar para cima dela.

- Acho que você nunca foi escoltada antes né, Antonella? - Adrian diz segurando os braços de uma mulher raivosa.

- Ei, senhora... - eu tento me defender, finalmente, mas ela me interrompe.

- Cale a boca sua...

Isso foi a gota d'água.

Eu tentei, juro pelos céus, que sim, porém, quando percebo, a dor que estala na minha mão, quando soco a cara da mulher, me faz pensar que isso, foi a coisa mais divertida que fiz em dias.

Eu acabei de dá na cara da mãe dele.

Eu sinto que ela teria caindo para trás pelo impulso, se não fosse, por Adrian a segurando, cujo o mesmo me encara com uma expressão do tipo: " que merda você fez?"

Eu ouço um rosnado vindo da mulher, que agora tem uma mancha vermelha enorme na bochecha, e um lábio cortado. Eu fiz isso? Eu nunca bati em uma mulher, mas tem uma primeira vez pra tudo né?
Mesmo que essa mulher, seja a mãe de Adrian.

Eu engulo em seco quando percebo o que fiz... principalmente, em quem eu fiz.

- Sua vadia! - ela grita.

Antonella tenta avançar em mim, mas as mãos de Adrian, apertam tanto seus braços a impedindo, que vejo uma marca quase roxa se formando em seu braço.

É muita carga, muita coisa para pensar. Então, eu saio do escritório sem dizer nenhuma palavra.

Sabe o que é mais loco nisso tudo?

É que eu não me arrependo nenhum pouco, e se fosse possível, eu farei outra vez sem hesitar.

Eu desço para o andar de baixo, me aproximando da saida - eu preciso de ar - mas quando coloco um pé para porta, dois brutamontes surgem impedindo minha saída. Eu reconheço um deles, é aquele tal de Lionel.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 30, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Empire Of Revenge Onde histórias criam vida. Descubra agora