The old song

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Harry estava num canto da sala do The Guardian, um pouco afastado de Louis, porém os olhos do agente estavam parecendo os de uma águia, que vigiava e dava ordens o tempo todo para que ninguém falasse com Styles sem que ele estivesse presente. Ele estava sentado em uma poltrona vermelha e não ouvia o celular em seu bolso, que estava no silencioso. Antes de começar a entrevista, pediu que dois policiais cercassem Styles, que automaticamente revirou os olhos impaciente por estar sendo tratado, novamente, com todo aquele cuidado desnecessário por Louis.

— Fico feliz que tenha concordado em falar conosco, Comandante Tomlinson. — Lucille Adams estava sentada de frente para Louis e tinha um sorriso tão largo e, ao mesmo tempo, tão vitorioso pelo que tinha conseguido, que mal conseguia disfarçar o prazer que sentia ao estar finalmente frente a frente com Louis. — Podemos começar? — Ele perguntou diante do silêncio do outro, que não fez questão de dar qualquer relevância ao comentário inicial dela.

— Sim. — Ele respondeu suspirando, ajeitando o terno melhor devido à postura na poltrona pouco confortável.

— Durante a coletiva da semana passada, o senhor nos informou que pouco poderia dizer sobre as investigações, pois não queria comprometer nada. — Lucille disse segurando o celular entre ela e Louis, a fim de poder gravar a conversa. — Como andam as investigações agora?

— Senhorita Adams, estamos cada dia mais perto de confirmar todas as nossas suspeitas. Realmente não posso manifestar detalhes, pois de fato atrapalhariam. — Louis estava sendo honesto, mas aparentemente as pessoas tinha essa mania de achar que ele escondia algo ou queria enrolar porque na verdade não tinha nada pra mostrar.

— Então vocês já estão com um nome? — Ela insistiu.

— Não. — Louis até riu da pergunta, Ela lhe parecia um pouco amadora se pensava que ele iria responder uma coisa como aquela. — E mesmo que tivesse, eu obviamente não teria a intenção de divulgar.

— Se trata de uma pessoa ou uma equipe? — Ela parecia mal ouvir as respostas vagas que Louis tentava dar.

Tomlinson achou a pergunta um pouco estranha, mas não teve tempo de absorver aquilo. Já haviam eliminado a possibilidade daquilo ser uma equipe, mas também tinha eliminado a possibilidade de ser uma mulher. Ele pensou em responder, mas alguém com um celular em punho o interrompeu.

— Agente Tomlinson, é da Scotland Yard, agente Malik disse que é urgente. — A secretária disse entregando o aparelho para Louis que, imediatamente levantou-se de onde estava e checou o próprio celular vendo as diversas chamadas perdidas de Zayn.

— Zayn. — Ele disse ao atender o celular dado.

— Louis, nós temos um problema, você precisa vir agora. — Zayn falava tão rápido que Louis sentiu a adrenalina correr seu corpo.

— O que está havendo? — O Comandante soou preocupado.

— Venha, Louis. — Zayn claramente não queria falar ao telefone e imediatamente desligou ao dizer aquilo. Tomlinson calculou que era provável que a linha não era segura e o local onde o Comandante estava também não era seguro para que falassem sobre aquilo.

Louis tinha se afastado para atender a ligação e, com pressa, devolveu o telefone a quem tinha lhe entregado, fechou o terno e pegou Harry, um tanto assustado, pelo braço.

— Desculpe, senhorita Adams, vamos remarcar. Eu preciso ir. — Ele não esperou o protesto da jornalista, apenas saiu porta a fora acompanhado dos policiais e de Harry, que constantemente perguntava a ele qual era o problema.

Os quatro deixaram sem demora o prédio do The Guardian e seguiram com pressa de volta para a sede da Polícia Metropolitana, trajeto esse que demorou mais do que Louis estava planejando, devido ao trânsito comprometido por um acidente de carro não grave, porém a confusão parecia ter se instaurado em pleno centro de Londres.

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