Ninguém mente como Paola Aguiar.
Insatisfeita com a vida que leva, Paola não vê outra alternativa a não ser fazer de tudo ㅡ de tudo mesmo ㅡ para conseguir o que quer. E ela sabe que o jeito mais fácil de conseguir isso é se aproveitando de homens b...
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𝙲𝚘𝚙𝚊𝚌𝚊𝚋𝚊𝚗𝚊𝙿𝚊𝚕𝚊𝚌𝚎, 𝚁𝚒𝚘𝚍𝚎𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘
Não tenho culpa da Jade ser tão burra ao ponto de deixar aquele convite jogado. Se ela não fosse tão relaxada, eu não teria a chance de pegá-lo.
A culpa não é minha, é dela.
Eu só espero que não tenha gastado todos os meus dotes de atriz ao fingir lamentar por ela ter perdido, pois hoje vou precisar muito deles.
Qual é... não é sempre que surge na sua frente um convite de uma festa extremamente privada e quando surge, você precisa agarrar a oportunidade. Principalmente no meu caso. Era quase um caso de vida ou morte.
E além do mais... a Jade sempre estava nessas festas, ela ia ter várias outras oportunidades. Eu não. Essa seria uma das minhas únicas chances e eu precisava mais do nunca agarrá-la.
Jade era uma boa amiga, uma pena eu não ser.
Levo a taça de vinho até a boca e assim que o gole desce pela minha garganta, arrasto o polegar até o canto da minha boca aonde escorre um pouco do líquido. Não posso sonhar em sujar esse vestido, seria minha morte.
Como se não bastasse roubar o convite da Jade, também tive que roubar esse vestido. Bom... o vestido pelo menos eu iria devolver e além do mais, ela nem ia sentir falta. Tinha tantos...
O local estava lotado de pessoas com incontáveis dígitos na conta bancária e saber disso me deixava maravilhada. Eu me sentia em casa. Confortável e feliz.
Quem diz que dinheiro não trás felicidade no mínimo é pobre e quer achar uma forma de se conformar com sua pobreza. Dinheiro não trás só felicidade mas trás tudo o que nós precisamos. Dinheiro trás poder, trás luxo.
Dinheiro trás tudo o que eu gosto. Tudo o que eu preciso.
Era a minha terceira taça e eu já estava há cinquenta por cento de atingir o meu plano pra hoje: achar algum idiota rico que fosse acreditar nas minhas mentiras. Não era difícil, acredite, ainda mais com esse vestido que deixava os meus peitos bem expostos.
Eu achava uma troca bem justa. Era uma via de mão dupla. Eles me usavam e eu usava eles. E no final da foda, eu só pegava o que era meu por direito. Se a foda fosse ruim, eu não pegava quase nada, só uma quantia simbólica, mas se era boa... e por sinal eu adorava quando eram boas, eu sempre voltava pra casa com a bolsa cheia.
Eu sinto o olhar do sortudo da noite queimar em mim logo quando chego na varanda do Copacabana Palace, porém não quero fazer contato visual com ele agora. No geral, tem um tempo certo pra fazer isso sem parecer uma desesperada. Então fico ali sozinha saboreando a minha bebida porque sei o que se passa na cabeça dele agora e sei que em breve ele virá atrás de mim. Afinal, o que uma mulher tão bonita como eu faz sozinha nesse lugar?