Capítulo 3

8.8K 500 31
                                    

*** Eduardo ***

- Ela parece bem! (Falo sem esboçar nenhuma reação, mesmo que por dentro eu esteja pulando de alegria em vê-la e chorando de tristeza por não poder ir até ela)

- Ela está bem, ela é feliz aqui! Diferente de quando ela estava com você!

- Como ela pode ser feliz aqui? Longe da família dela? Com um sequestrador?! (Ele me dá um sorriso diabólico e se vira para a Mariana)

- Mariana! princesa... venha até aqui... (Meu coração parece que vai sair pela boca, quando ele a chama, ela nos vê e vem sorrindo, correndo em nossa direção. Tão linda quanto eu podia me lembrar)

Ela passa por mim, como se não me conhecesse e abraça ele sorrindo... meu coração dói, dói a ponto de uma lágrima rolar pelo meu rosto!

Ele está abraçado com ela, fazendo carinho em sua cabeça! Como isso é possível?! Eu estou desnorteado, sem saber o que pensar.

- Quero que conheça uma pessoa! (Ele fala se soltando dela) - Esse é o Eduardo!

Ela se vira e me olha pela primeira vez... meus olhos se conectam com o dela, mas é como se tivesse um vazio, eu não consigo mais enxergar a minha Mariana.

Ela estende a mão para mim e eu a seguro, ficando o máximo de tempo segurando a mão dela, hipnotizado olhando para ela, minha vontade é puxá-la e abraçá-la...

Ela olha para o Vicente como se pedisse socorro, então solta as nossas mãos.

- Você não lembra de mim? (Pergunto antes dela se afastar)

Ela me olha confusa e balança a cabeça dizendo que não!

- Eu não estou me sentindo bem (Ela fala próxima ao Vicente e ele pede aos seguranças dele para levá-la para dentro)

- Me deixa ficar aqui Vicente, solta ela, ela não tem nada a ver com isso! ela precisa de um médico, precisa de cuidados! 

- Ela tem tudo o que precisa aqui comigo.

- Ela teve uma hemorragia cerebral! Ou isso também foi parte do seu plano?

- Não foi! Ela realmente foi operada, mas isso não é mais um problema... ela já se recuperou da cirurgia... menos de um pequeno detalhe! 

- Ela não se lembra de nada (Digo percebendo que ela perdeu a memória)

- Que sorte a minha né? (Ele fala debochado e eu tenho vontade de matar ele)

- Quem está te ajudando? (Sei que ele não vai falar, mas quero ter certeza que tem alguém ajudando a ele)

- Eu tenho olhos em todos os lugares, é tudo que você precisa saber! O horário da visita acabou! (Ele fala chamando os capangas dele para me algemarem de novo)

- Me deixa voltar aqui para ver ela de novo?

- Sabe Eduardo, no começo, eu queria apenas me vingar... mas meus dias tem sido mais felizes com a Mariana aqui... Ela está ocupando um grande vazio que eu tinha... Aos poucos estou conquistando ela... não vai demorar muito para ter ela na minha cama...

- DESGRAÇADOOO.... NÃO CHEGA PERTO DELA... VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO OU EU NÃO ME CHAMO EDUARDO (Perco o controle e tento me soltar dos seguranças para ir até ele, mas sou golpeado por eles e acabo caindo no chão com o soco que recebo na barriga)

Fico tonto e sou arrastado até o helicóptero, e fazemos todo o caminho de volta. Quando chegamos no lugar que nos encontramos eles abrem a algema e me jogam para fora do carro.

Meu corpo todo dói... tudo em mim dói... ver ela foi uma tortura para mim... saber que ela está em perigo me deixa frustrado e desesperado...

Vou até o meu carro, praticamente me rastejando... me olho no espelho e vejo meu rosto roxo e sangrando pela surra que levei.

Ligo para a Carolina e conto por alto o que aconteceu, ela fica desesperada e me pede para ir até a casa dela.

Chegando lá encontro ela e o Ricardo. Ela se assusta ao me ver e me ajuda a entrar.

Me sento no sofá e começo a falar com eles o que aconteceu! Ricardo me serve um copo de whisky e eu agradeço, estava precisando disso!

- Aurora! (Carolina chama e aparece uma menina que tem mais ou menos a idade da Mariana)

- Oi (Ela responde vindo até a sala)

- Me traga o kit de primeiro socorros por gentileza (Aurora me olha e coloca a mão na boca assustada, ao ver meus ferimentos)

Ela retorna com a caixa na mão e pede permissão para a Carolina.

Eu olho desconfiado para as duas.

- Aurora era enfermeira, deixe que ela faça um curativo em você! (Carolina fala e Aurora espera até que eu confirme)

Ela se aproxima de mim e eu fico desconfortável pelo contato e pela dor que sinto quando começa a mexer nos meus ferimentos.

- Mais whisky por favor (Carolina me serve mais um copo, que eu viro de uma vez para tentar amenizar a dor física e emocional)

Aurora termina os curativos e eu agradeço, ela tem as mãos leve, então foi menos pior do que eu pensei que seria.

- Quem é ela? (Pergunto para Carolina assim que Aurora sai da sala)

- Longa história, mas ela trabalha comigo agora, é minha assistente pessoal.

- E o Ricardo? (Pergunto confuso)

- O que tem o Ricardo?

- Você não se incomoda dele ficar perto dela?

- Não começa colocar coisa na minha cabeça Eduardo!

- Não está mais aqui quem falou. (Digo assim que vejo ele voltando para sala)

- Você falou com o Luan disso? (Ricardo pergunta)

- Não, só falei com vocês dois, não sei mais em quem posso confiar.

- Eu sei que você tem seus problemas com o Luan, mas ele não está envolvido nisso. 

- Eu sei! Ele não é inteligente o suficiente para bolar alguma coisa assim, e hoje eu consegui descobrir o motivo pela qual ele pegou a Mariana.

- O que você descobriu?

- Ele quer se vingar, porque meu pai matou o pai dele.

- Seu pai? (Carolina pergunta surpresa)

- É, pois é! foi a mesma sensação que eu tive! Aquele merda consegue ferrar com a minha vida mesmo morto.

- E a Mariana? Como ela está?

- Nunca me senti tão impotente como hoje Carolina. Ela não me reconheceu, não se lembra de nada!

- E agora? O que faremos?

- Eu vou falar com o advogado que era do meu pai, ele deve saber de alguma coisa, talvez eu consiga descobrir o sobrenome dele. 

- Tá bom, me avisa se precisar de alguma coisa.

- Cuidado, está se arriscando muito. (Me levanto para ir embora, e falo para Carolina assim que o Ricardo sai da sala)

- Tá falando merda.

- Você que sabe! Olha a situação que eu estou, senão tivesse dado espaço para o babaca do Luan isso não estaria acontecendo.

- Não tenta comparar as coisas Eduardo! São situações totalmente diferentes, e o Ricardo não é nem maluco... (Cada um com seus problemas)

- Te vejo amanhã no meu escritório? 

- Estava pensando, acho melhor não nos encontrarmos mais lá.

- Porque não?

- Eu não confio na sua secretária.

- Onde nos encontraremos então, no escritório do Luan?

- Ou aqui em casa.

- Tá, eu te ligo amanhã, obrigado pela ajuda e agradece o Ricardo por mim.

- Pode deixar! E não se preocupa, logo ela vai estar aqui com a gente. (Concordo e saio voltando para casa)

Seja Minha - Agora EU SOU SEU - Volume 2Onde histórias criam vida. Descubra agora