Menino Teimoso ~ Taennie

17 - Goodbye

Abri os olhos e tudo estava como antes.

Como se tudo que vivi tivesse sido uma grande mentira.

Eu nunca fui tutora de Taehyung e nunca foi me oferecido uma medalha de honra por isso.
Tudo parecia ter sido um delírio.

Eu andava pelos corredores de olhos arregalados por não conseguir ver o rosto de ninguém.
O rosto de todos estava embaçado, exceto o de meu pai, que estava no final do corredor me olhando de forma sinistra, depois virou e algemou Taehyung com uma grande violência.
Comecei a correr na direção dos dois, mas uma multidão de alunos se fechou na minha frente, então tentei gritar, mas minha voz de recusava a sair, isso se tornou um grito vazio, um eco enfadonho.
Minha mãe apareceu ao meu lado e puxou meu braço a força me machucando, eu olhei em seu rosto assustada, de repente voltei a minha infância, eu tinha 7 anos. Minha mãe estava me dando uma bronca muito exagerada por eu ter esquecido de guardar meus brinquedos.

Aquilo era um flashback...

Eu me puxava para longe de seu toque bruto, mas ela apertava mais, lembro que aquilo me doeu, mas no sonho eu não sentia nada, aquele era mais um de seus surtos. Então ela me empurrou no chão, mas antes de eu bater minhas costas com força no chão eu acordei.

Acordei no susto.

Meu peito subia e descia rápido com minha respiração pesada.
Meus olhos estavam úmidos.

Sequei minhas lágrimas e olhei meu celular, vi que era 6:20 da manhã.
Olhei para Tae que parecia em paz enquanto descansava, me acalmei ao ver como ele estava tranquilo. Suspirei e tentei voltar a dormir, mas não consegui.

Me levantei com calma para não acordar Tae e saí.

Fui comprar nosso café da manhã.

Minha cabeça ainda estava avulsa a tudo depois desse sonho bizarro e sufocante.

[...]

— Aqui, senhorita. — O rapas atrás do balcão me entregou dois cafés.

— Obrigada. — Falei pagando o valor dos cafés com a minha mesada. — Os bolinhos já estão prontos?

— Só estão confeitando. Já já eu te entrego.

Voltei a viajar por meus pensamentos. Quando vi Jungkook entrar na cafeteria.
Engasguei com minha saliva, tossi e tentei me recuperar do susto.

— Jennie? — Ele veio até mim.

— Oi. — Falei sem olha-lo.

— Como foi ter a primeira overdose da sua vida? — Ele perguntou com um tom provocativo.

Finalmente o olhei.

— Que? — Pisquei rápido varias vezes.

— Hum... Então não foi sua primeira overdose?

— O que?!... — Me atrapalhei e ele riu. — Eu não... Não foi a minha primeira vez, porque eu não tive uma overdose. Eu não sou uma drogada e você sabe disso. — Falei irritada.

— Hum... Depois de tanto tempo não sei mais não, você comprou droga comigo. Então, não sei. — Ele deu de ombros.

— E você não vendia drogas antes. Parece que não foi só eu quem mudou.

Ele deu risada.

Engoli em seco.

— Não entendi a graça.

— A graça é você ser muito certinha, mas só querer ir atrás de delinquentes.

Revirei os olhos, e ele sorriu.