Para sempre, - Gucília.

Capítulo 6 - Dia de compras.

• No dia seguinte...[19/10/2017]
Cecília's pov: O dia começou cedo e lindíssimo para um passeio em família. Como ainda estavam todos dormindo, aproveitei pra seguir minha rotina antes da dupla acordar, porquê eu sabia que elas iriam acordar com o triplo da energia do dia anterior. Fiz minha higiene matinal e assim que saí do banheiro encontro as duas pulando na cama. Elas estavam prestes a um passo a beirada, meu coração disparou e eu corri até a cama.
Cecília: Dulce Maria! Lulu! Desçam da cama! — Falei autoritária. Elas me obedeceram e logo sentaram na ponta da cama — Porque vocês estavam pulando em cima da cama? Isso é muito perigoso, sabia?
Dulce: Desculpa, mamãe. É que o meu papi não quer acordar de jeito nenhum! — Minha filha diz emburrada. Olho para trás das duas e sorrio ao ver Gustavo todo enrolado no lençol, roncando colado na parede. Sei perfeitamente que ele já acordou, e está fingindo que não só para voltar a dormir. A Dulce faz igualzinho. Chega a ser engraçado como eles são iguais até nisso!
Lulu: É, tia! A gente já tentou de tudo, mas ele tá dormindo que nem pedra tem um tempão já — Ela disse e eu segurei o riso. Elas nem imaginam a dificuldade que passo com esse homem de manhã.
Dulce: Ele tem o sono muito pesado! — Ela cruzou os braços e fez seu bico, me derretendo por inteira.  Não me aguento com esse biquinho! — A gente não quer perder o passeio de hoje! Você ajuda a gente, mamãe?
Cecília: Podem deixar que eu consigo. Tenho meus métodos — Elas comemoraram silenciosamente — Mas tem uma condição, eu só ajudo se vocês forem para o banheiro agora e trocarem esses pijamas!
Dulce: Nem precisa falar duas vezes! — Ela diz, pega na mão da prima correndo em direção ao banheiro, me fazendo rir com a ação. Essas duas são duas figurinhas. Quando estava prestes a acordar Gustavo, senti duas mãozinhas tocando minha cintura — Ops.. Quase esqueci de te dar o seu beijinho de bom dia! — Ela me puxou para baixo e beijou minha bochecha — Bom dia, mamãe.
Cecília: — Sorri e retribui o beijo — Bom dia, minha filha — Ela sorriu para mim e voltou para o banheiro saltitante. Isso é o que eu mais amo na Dulce. Ela sabe como esse carinho de manhã é especial pra mim e faz questão de me dar um pouquinho todo dia. Assim que vi ela entrar no banheiro, fui acordar Gustavo. Ele realmente tem um sono muito pesado, mas acima disso, também tem o costume de sempre fingir dormir depois de acordado, ainda mais quando está cansado. Isso explica o motivo pelo qual elas não conseguiam fazê-lo levantar de forma alguma. Mas, em quase 1 ano dormindo ao lado desse homem todos os dias, eu aprendi como faze-lo despertar rapidinho. Quando consegui, ele abriu os olhos e sorriu me enchendo de beijos. Ele faz isso sempre quando eu o acordo, e nunca fica de cara feia. Enfim, após um breve momento de carinho matinal, as meninas saíram do banheiro limpinhas e ele entrou enquanto eu as ajudavam a terminar de se trocar. Já estávamos prontas e ele ainda não havia saído do banheiro. Como eu sei que o meu marido é um tipo de homem muito vaidoso e ainda iria demorar a ficar pronto, fui para o restaurante tomar café da manhã com as meninas, a Fátima e o Cristóvão esperando ele, que só apareceu na hora de irmos.

• Com Gucília...[14:46]
Cecília: Olha amor, que lindo! — Apontei para os brinquedos, roupas e bichinhos artesanais na vitrine de uma lojinha infantil. Acabamos de voltar de um passeio de barco + almoço em família com Fátima, Cristóvão e Lulu, e agora estamos turistando diferentes lugares no centro de Noronha. Já pegamos várias lembrancinhas para a parte da família que não pôde vir, e estamos dando um passeio até dar a hora de voltar para o hotel.
Dulce: Vamos lá, papi! — Ela sai puxando o pai pelo braço novamente, que revira os olhos. Sua cara ao ser puxado pela vigésima vez é cômica! Com duas mulheres 24/7 em sua vida, Gustavo desistiu de contrariar oque queremos. Entramos na loja e Dulce já correu para ver os brinquedos, me deixando sozinha com Gustavo. Ele passou seu braço pela minha cintura, assim como eu fiz o abraçando, e começamos a rodar a loja. Logo de cara fiquei encantada. Era uma coisa mais linda que a outra!
Dulce: Mamãe, posso levar esse ursinho? Olha como ele é lindo! — Minha pequena apareceu na nossa frente com um urso gigante.
Cecília: Mas ele é enorme, meu amor, tem quase o seu tamanho! — Falei vendo-a carregar o urso toda desengonçada, pelo fato dele ser literalmente gigante.
Dulce: Eu sei, mas ele é muito lindinho e muito fofo. Por favorzinho! — Ela montou um bico enorme. Seus olhinhos brilhavam abraçada no urso, eu não conseguiria dizer não para aquela carinha. Essa garotinha sabe bem o meu ponto fraco.
Cecília: Tudo bem, eu levo pra você.
Dulce: Iupii! — Ela comemorou com um largo sorriso  no rosto — Você é a melhor 2ª mamãe do mundo! — De surpresa, ela me puxou para beijar minha bochecha. Sorri com seu gesto e ela voltou correndo para a seção de brinquedos.
Gustavo: Ela consegue tudo de você mesmo, né? — Ele disse enquanto víamos alguns artesanatos para decoração infantil.
Cecília: Como eu ia resistir àqueles olhinhos lindos brilhando pra mim, me diz? — Ele riu do meu jeito completamente derretido de falar.
Gustavo: Você sabe que aquele urso deve ser caríssimo, né? Ainda mais aqui, que é tudo caro.
Cecília: Eu sei... Mas eu faço qualquer coisa pra ver aquele sorriso lindo no rostinho dela, e você sabe que eu não consigo evitar — Falei enquanto passávamos por uma seção com roupinhas e brinquedos de neném. Meus olhos brilharam e eu abri um sorriso enorme ao ver as roupinhas. Estava tentando me conter pra não levar nada, mas era tudo tão lindo que meu peito chegava a doer por não poder levar!
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Gustavo: E você, não vai pegar nada? — Ele disse passando para trás de mim enquanto eu olhava um macacão de ursinho em minhas mãos.
Cecília: Melhor não, já compramos tantas coisas pro bebê, né...— Falei num tom de decepção.
Gustavo: A gente pegou poucas coisas da última vez, meu amor, fica tranquila. E olha só quanta coisa linda tem aqui! Eu sei que você tá louca pra levar pelo menos metade dessa seção.
Cecília: Tô mesmo...— Falei sincera, distraída com um dos brinquedinhos de bebê na mão. Ouvi sua risada baixa atrás de mim seguida por um beijo no meu ombro.
Gustavo: Pode pegar tudo que quiser pra você, pro bebê e pra Dulce. Não precisa se preocupar com nada — Ele disse acariciando levemente minha barriguinha, quase invisível. Fechei os olhos sentindo seus dedos, em seguida fiquei de frente para ele e os abri encontrando seus lindos olhinhos verdes me encarando.
Cecília: Você é o melhor marido do mundo, sabia? — Falei sorrindo, enquanto ele acariciava meu rosto — Eu te amo muito.
Gustavo: Só não mais que eu! — Ele sorriu para mim e selou nossos lábios por alguns segundos — Pode escolher oque quiser que eu pago, tá?
Cecília: Tem certeza? — Falei um tanto insegura.
Gustavo: Claro, meu amor! Pode ficar a vontade. Só não demora muito, porque a gente tem que voltar para o passeio e depois pro hotel.
Cecília: Tá bom. Mas antes, cadê a Dulce? Quero a ajuda dela pra...— Comecei, mas fui interrompida pela voz da minha pequena e o som de algo pesado sendo arrastado no chão.
Dulce: Calma aí que eu tô chegando! — Ela disse puxando um pouco mais as cestas.
Gustavo: Ei ei ei! Que tanto de brinquedo é esse mocinha? — Ele pôs as mãos na cintura em sinal de reprovação para Dulce ao ver ela puxar 2 cestas quase transbordando de brinquedos e lembrancinhas que ela mesma escolheu enquanto estávamos conversando.
Dulce: Os que eu escolhi pra levar de presente e de lembrança da viagem, ué. Vocês me chamaram?
Cecília: Sim piririm! — Falei me abaixando na sua altura — A gente vai escolher algumas coisinhas pro seu irmãozinho, ou irmãzinha agora. Você quer ajudar?
Dulce: Ah, vocês só querem comprar coisas pro bebê agora...— Disse emburrada, cruzando os braços. Não dá pra disfarçar, ela é literalmente a cópia feminina do Gustavo!
Cecília: — Me ajoelhei, ficando na mesma altura que ela — Vem cá — A chamei com o indicador e assim que ela se aproximou, eu encostei minha boca no seu ouvido — "Se você me ajudar, eu te ajudo a convencer seu papi de levar todos esses brinquedos pra você" — Sussurrei afim de convence-la.
Dulce: Iupii! Eu topo, então! — Diz em um tom animador. Sorrio, dou um beijo na sua bochecha e levanto do chão.
Gustavo: Oque vocês duas tão aprontando hein? — Pergunta desconfiado.
Dulce: Segredo de mulheres femininas, papai!
Gustavo: Aí Deus...— Passou a mão pelo rosto, preocupado. Gustavo odeia quando ficamos de segredinho! Nós sempre rimos das caras e bocas que ele faz nesses momentos e dessa vez não foi diferente. Enfim, continuamos as compras. No final, após tanta indecisão, só escolhi apenas 2 das coisas que eu mais queria pro bebê, porquê o resto foi tudo a Dulce e Gustavo quem escolheram. Os dois estavam até mais animados do que eu nessas compras! Saindo da loja, cheios de sacolas e com a Dulce Maria felicíssima por estar levando todos os brinquedos que escolheu como prometido, nós nos encontramos com o guia, que nos levou para fazer um lanche simples num restaurante/lanchonete da ilha. O lanche me deixou enjoada, então acabei ficando de fora dessa. Mas, logo depois, saímos para turistar mais um pouco, parando para cada família presente escolher algumas coisas, como roupas, acessórios e lembrancinhas numa feirinha de Noronha, nossa última parada antes de voltar para o hotel. Gustavo, sem graça do jeito que é, pegou apenas um chaveiro e uma caneta preta para ele, só porque eu e a Dulce insistimos muito.