Capitulo 3 | Desencontro e revelação

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Sinto as mãos femininas de Rita na minha nuca, me puxando para si e sua língua invadindo minha boca, ainda que sem convite, ela me beija com ferocidade

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Sinto as mãos femininas de Rita na minha nuca, me puxando para si e sua língua invadindo minha boca, ainda que sem convite, ela me beija com ferocidade. Eu não sinto nada com esse beijo. Eu só consigo pensar no Max, pensar se ele continua me olhando, se ele me odeia mais agora. Quero me explicar para ele, eu preciso dizer que não queria beijar a Rita. Mas, quando eu me afasto dela, Max já não está mais ali, não está em lugar nenhum.

— O que você pensa que está fazendo? — Grito para ela.

Se essa garota não sair logo de perto de mim, não sei o que posso fazer, eu não bato em mulher, repito para mim mesmo, nem em mulheres terrivelmente irritantes, feito a Rita.

— Te beijando, ué. Você que se ofereceu, maluco. — Ela diz e percebo o olhar dela por trás de mim, claro, assim como eu olhava pro Max, ela olhava pro Bryan, essa cretina parece mais comigo do que eu gostaria de admitir.

— Eu nunca me ofereceria para beijar você Rita. Jamais me prestaria a algo assim.

— Por que não?  Você beija qualquer coisa. Beija até viado de cabelo rosa.

Fecho minhas mãos com força, não quero bater nela, mesmo que ela mereça que eu limpe o chão da escola com sua língua.

— Nunca mais fale dele.

— Ui! Ficou bravo foi? Não gosta que eu fale do seu namorado?

— Não. — Digo rápido demais, sem nem perceber, respiro antes de complementar, tudo o que não preciso é que o Max acabe em outro boato com meu nome. — Não admito que fale do meu amigo.

— Nem eu. — Ouço a voz de Alicia. Aparentemente estávamos gritando mais alto do que percebi.

Alicia vai para cima da Rita, encosta o dedo no seu peito e fala coisas que eu não presto atenção, eu só consigo olhar em volta e procurar aqueles olhos. Ele não está em lugar nenhum, merda.

•°•°•

O dia todo tento procurar pelo Máximo, mas parece que ele virou fumaça. Não tenho coragem de perguntar sobre ele para o Bryan, pois sinto que ele já desconfia de algo, então essa angústia vai consumindo meu peito como uma praga.

Sei que ele está me evitando, não sei se sabe que eu o defendi, não sei se isso faz diferença para ele, não faz para mim. A única coisa que faria diferença é olhar em seus olhos novamente.

Já é quarta-feira quando tenho um tempo livre e peço pro Bryan vir em casa depois que eu chegar do trabalho. Meu trabalho, não é bem um trabalho, eu sou um grande faz tudo, ajudo alguns vizinhos, passeio com cachorros e ainda trabalho duas vezes na semana lavando as louças numa lanchonete.

Não ganho muito dinheiro com nenhum dos meus bicos obviamente, mas qualquer dinheiro é bem-vindo, ainda mais agora preciso de um celular novo quanto antes.

Hoje é dia de passear com os cachorros, esse é meu bico preferido, saio com 3 cachorros e eu me divirto ainda mais que eles correndo na praça.

Abro a porta de casa após devolver os cachorros aos seus respectivos donos, e vejo meu pai sentado no sofá vendo televisão. No momento em que entro, ele me olha com uma expressão séria, de uma forma que já começo a pensar em tudo que posso ter feito de errado, ou melhor, tudo o que ele pode ter descoberto.

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