A história por trás da maldição

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Há aproximadamente 20 anos antes da primeira maldição criada no mundo...


Tebas, Grécia.


Adrastéia era uma mulher de idade que vivia nas grandes cavernas da poderosa Grécia, ela era a responsável por cuidar das criaturas e humanos poderosos que viviam escondidos assim como si, sendo rejeitados pelos humanos.

Adrastéia era rejeitada por ser uma bruxa poderosa, muitos diziam que ela trazia o caos a cidade de Tebas, outros diziam que ela trazia a sorte.

Mas segundo o grande rei daquele império era inadmissível que uma mulher tivesse mais poder que si, que ela tivesse o poder de conversar com as criaturas poderosas e ele não.

Em mais um de seus surtos onde Adrastéia ouvia e via coisas inexistentes, ela escutou alguém sussurrar em seu ouvido que ela deveria lançar uma maldição sobre o mundo e fazê-los pagar por deixá-la tanto tempo confinada nas cavernas escuras.

Foi então que em um de seus livros sobre magia e espíritos malignos ela encontrou o nome de Valak, um dos demônios mais poderosos que existiam em todo o mundo.

Mas por um deslize causado por já ser uma senhora de idade que passou mais de metade de sua vida sozinha com criaturas desconhecidas, Adrastéia invocou um espírito errado para o seu ritual.

Invocou Anubís, o rei dos mortos e espíritos malignos que desejavam o mal.

Mas aquilo não importava, desde que ele a ajudasse a criar uma maldição.

Por favor, me ajude a voltar a ser amada pelo mundo! —Adrastéia implorou para o espírito à sua frente.

Ele possuía os olhos escuros e a pele branca como neve, ao redor de seus olhos grandes olheiras escuras como seus olhos cresciam e veias roxas cobriam algumas partes de seu rosto. A boca tinha uma coloração roxa escura e seus cabelos eram compridos e tão escuros quanto a noite.

Roupas velhas cobriam o corpo magro, quase esquelético da criatura mística.

E o que eu ganho em troca, minha querida? —o espírito lhe questionou com a voz grave como um trovão.

Eu lhe dou a alma e o sangue daqueles mais puros existentes no mundo. Por favor, me faça uma grande estrela para que todos me reconheçam e me adorem! —pediu em meio às lágrimas, ajoelhada aos pés da criatura que a olhava indiferente.

Eu tenho uma ideia melhor, levante-se. —ele ordenou e assim Adrastéia fez, olhando o próprio reflexo nos olhos tão escuros da criatura.

E qual seria, meu mestre? —ela perguntou secando as próprias lágrimas, sentindo um arrepio ruim lhe percorrer quando um sorriso perverso surgiu no rosto pálido.

Darei as criaturas poderosas que aqui habitam a chance de se tornarem amigos dos humanos, eles viverão em sociedade como cúmplices e com respeito. Mas sempre que uma criatura poderosa se envolver com um humano, essa criança deverá servir a mim e matar aqueles que possuírem o sangue puro como o de Cristo correndo em suas veias e aqueles que tiverem a alma mais pura. —a chuva que caía fora daquela caverna engrossava a cada frase dita por Anubís, fortes trovões tremiam as paredes da caverna.

Mas porquê, meu senhor? —Adrastéia estava receosa, muita coisa estava em risco.

Para que o mundo pereça e eu possa dominá-lo. Temos um acordo? —a voz grave tornou-se suave e os olhos ainda mais escuros quando Adrastéia negou veementemente com a cabeça.

Eu não posso fazer isso, meu senhor. Eu não.. –foi interrompida pela mão gélida do espírito segurando seu pescoço, a prendendo contra a parede.

Você vai se deitar com uma criatura poderosa, gerar uma criança e matar todos aqueles de sangue puro que aqui existem e assim, o mundo todo me servirá quando a última criança nascer do ventre daquele que odeia ser ele mesmo. —ditou com a voz suave e grave, fazendo outro trovão rasgar o céu.

Adrastéia estava em estado de hipnose pelos olhos de Anubís que a fez abrir a boca e engolir a fumaça negra que saía da própria boca, ali continha toda a maldição que ele exigiu e seria passada de geração em geração, até que a última das sete crianças fosse gerada.

Sete crianças precisam ser geradas, mas se essa criança se tornar um adulto, as outras restantes não precisam vir ao mundo. A última deverá se tornar um adulto apenas em corpo e destruir todos aqueles que possuem poder sobre o mundo e o universo, realizando esse mesmo ritual para que eu tome posse do mundo. E somente aqueles que elas devem matar, possuem o poder de destruí-las. —ditou suas últimas palavras e deixou que Adrastéia caísse com um baque no chão, completamente horrorizada.

E mesmo contra sua vontade ela se deitou com uma criatura poderosa, gerou a primeira criança nomeada por Anubís de Avareza.

Essa foi a responsável por destruir todos os bens que os Reis possuíam e construir um império onde ninguém além dela realmente tinha poder, mas foi morta por um humano com alma pura antes de completar seus quinze anos.

A segunda criança foi a Gula, causando fome entre seus subordinados e morta aos cinco anos de idade pela própria criatura poderosa que lhe deu a vida.

A última criança nascer desse tão antigo império foi a Luxúria, construindo Clãs que se erguiam e acabavam em sexo e bebidas. Foi morta por Jonghyun, um membro do Clã Chemistry. E o levou a óbito junto consigo, causando um grande impacto no mundo dos Clãs que deixou para trás.

O Clã que antes possuía cinco membros, agora seguia com apenas quatro, em busca de impedir que a próxima maldição fosse criada.

Mas o espírito de Anubís que acompanhava todas as gerações seguintes de Adrastéia estava presente ali, e não deixaria que seus planos fossem destruídos tão facilmente.

Porque sua próxima criança a ser gerada seria a Ira. A quarta maldição, a Ira de Anubís, destruirá o mundo dos Clãs.

Call Us "The Curse"Onde histórias criam vida. Descubra agora