Call Us "The Curse"

04. Como as águas do Caribe

AVISO: a morte do Jonghyun na fanfic não tem intenção nenhuma de ofender alguém, peço desculpas caso alguém se sinta ofendido e se for sensível a esse assunto não leia as partes que citam ele.

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—Sou Adrastéia, sua mãe. —a mulher disse devolvendo o olhar intenso de Hongjoong.

—Minha mãe? —perguntou com um riso debochado, soltando a mão da mulher a sua frente.

—Eu sei que parece ridículo, mas acredite, eu não estou brincando. —disse séria e Hongjoong engoliu em seco —Você acha que eu arriscaria minha vida só por diversão?

—Onde eu nasci, então? —Hongjoong perguntou e a mulher soltou um suspiro pesado.

—É uma longa história, Hongjoong. —disse desviando brevemente os olhos dos dele.

—Temos vinte anos para isso, se você é mesmo minha mãe eu quero saber tudo sobre minha vida antes de eu simplesmente me tornar um pirata da noite para o dia. —Hongjoong disse tão sério quanto, voltando a se sentar no sofá confortável.

—Há muito tempo atrás, muito mesmo, existia um mundo onde as criaturas poderosas eram apenas um fruto da imaginação fértil das crianças. —Adrastéia começou a contar, olhando fixamente para os papéis em cima da pequena mesa no centro do escritório.

—Era um mundo onde humanos mandavam em humanos e nenhum deles tinha qualquer poder sobre a vida, mas devido a grande evolução de sua espécie eles foram quase extintos e alguns dos que sobraram se tornaram criaturas poderosas. —Hongjoong ouvia tudo atentamente, se lembrava de ter estudado aquilo nos milhares de livros que possuía —E então o tempo no mundo passou a ficar confuso, o passado virava presente e o presente o futuro, coisas que deveriam acontecer há vinte anos aconteciam trinta anos depois.

—E o que isso tem a ver comigo? —Hongjoong perguntou e a mulher olhou para si com um sorriso estranho nos lábios.

—Os humanos que sobreviveram mas não conseguiram nenhum poder ainda governavam o mundo, bruxas como eu eram extremamente proibidas de conviver em sociedade. Eu fui obrigada a viver sozinha nas grandes cavernas de Tebas, junto às criaturas poderosas que eram igualmente repudiadas pelo rei daquela época. —Adrastéia continuou a contar, deixando o desconforto de lembrar de toda a sua história presente em sua voz —Eu já estava velha, estava quase morrendo quando fiz um ritual para chamar um dos demônios mais fortes que existem no mundo, mas eu falhei.

—Eu invoquei um espírito sem luz, que busca a destruição para alimentar a sua alma. Ele é Anubís, o responsável por toda a maldição que anda por esse mundo a fim de destruí-lo e entregá-lo nas mãos dele. —Adrastéia disse e Hongjoong franziu as sobrancelhas, estava confuso sobre aquilo.

—Você está me dizendo que a culpa de toda essa desgraça que aconteceu ao longo dos anos é sua? —perguntou e a mulher assentiu.

—Eu estava desesperada, queria ser adorada como o rei de Tebas era, eu vivi toda a minha vida isolada da sociedade. Eu dei a vida para a primeira maldição do mundo, mas eu não queria e nunca quis isso, Anubís foi irredutível sobre suas condições. —a mulher engoliu em seco ao se lembrar de como a criança cresceu dentro de si —Alguns anos depois, um homem muito gentil me disse que ele estava atrás de Anubís e que ele era um foragido do Tártaro que procurava poder, ele não aceitava ser uma alma das profundezas do Tártaro.

—Quem era esse homem? —Hongjoong perguntou curioso, apesar de desconfiado a história estava o envolvendo mais do que ele realmente queria.

—O rei do Tártaro. —disse com um sorriso nostálgico —Ele me pediu que ajudasse Park Jimin a destruir os planos de Anubís, mas o Park não me conhece ainda. O rei do Tártaro mesmo lidando com um lugar tão pesado energicamente consegue ser bem animado devido a boa energia de Jimin, mas essa história fica para outro momento.