Capítulo 6,5 - Em minha mente

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Eu não estava crendo no que tinha me acontecido. Eu tive o Carlos bem perto de mim e mais uma vez, eu o deixei escapar.

Sai do aeroporto e peguei um táxi para minha casa. Para minha surpresa a casa estava vazia, o que significava que teria sossego para poder pensar nele... Aquele garoto de cabelos cacheados e olhos escuros. Seu beijo era intenso e enigmático, que só me deixava com gostinho de quero mais.

Eu estava em minha cama e só dava ele em meus pensamentos. Eu não podia acreditar, mas... eu só podia estar apaixonado.

Despertei no dia seguinte com o meu celular tocando, dei uma boa analisada no visor para ver quem me ligava e ao constatar que era alguém que valia a pena ser atendido, eu atendi.

- Fala Sal. - eu disse contente.
- Hey amigo, ta esperando o que para arrastar a sua bunda para cá? Preciso da sua ajuda com a festa.
- A festa! Eu já tinha até esquecido.
- Tem andado com a cabeça aonde? Ou quem?
- Ele se chama Carlos, eu o conheci no RJ, meio marrento, mas conseguiu mexer comigo.
- Mas ele ta no Rio e você aqui.
- É aí que você se engana, tive a sorte de encontrá-lo no aeroporto quando cheguei.
- Isso não é sorte é destino. E falando em destino, temos um novato no colégio... Ele tem uma bunda que é uma maravilha. Acho que ele se chama Pablo, não sinto que esse é para namorar.
- Olha lá, você mudou - Eu debochava.
- Para de graça Toni, eu sinto que esse é o garoto. Não se esqueça da festa!
- Estou indo para aí.

Academia Quentin era o meu lar, pelo menos durante esses dois anos. Foi aqui que vivi boa parte das minhas aventuras.

Eu adentrei o quarto e dando uma breve olhada cheguei a conclusão de que Sal não precisava da minha ajuda, o lugar estava pronto para a festa.

Pulei em minha cama e aguardei meu colega dar as caras.

Passados poucos minutos Saulo entrou no quarto e sem nem perceber minha presença ali se pôs em sua cama e relaxou.

Dei uma pigarriada alta para ele me notar, após ouvir-me, veio em minha direção e se deitou ao meu lado.

- Como foi de viagem? - me perguntou.
- Eles não chamam aquele lugar de cidade maravilhosa a toa. - sorri.
- Voltou de lá apaixonado.
- Não fui o único que se andou se apaixonando. - rebati.
- Você tem razão, mas em minha defesa o Pablo é apaixonante. Quando eu o vi senti algo aqui dentro e depois que ele me provocou tive a certeza.
- Nossa, você está caídinho. Mudando de assunto, cadê o Ivan? - Ivan era o nosso colega de quarto.
- Este aí logo ta chegando.
- Você tem sorte de me ter como colega de quarto este ano.
- Sorte? - ele gargalhou. - Chame do que quiser. Como eu já arrumei tudo, irei descansar.
- Até a hora da festa.

Capítulo extra com o p.o.v. do Toni. Apreciem e não esqueçam de comentar.

Trilha do capítulo: Ratto - Dois Passos do Paraíso

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