Naquela manhã eu mataria aula com os meninos, Tico e Teco, eles não eram gêmeos e tão pouco este era o nome deles, mas os dentões dava a eles uma aparência de esquilo e com a minha constante mudança de escolas não me dava ao luxo de aprender os seus nomes.
Eu não sei qual seria a pegadinha do dia, mas eu já estava neste colégio há mais de três meses e tava até começando a gostar, o que significava que era hora de se mandar.
Entendam os meus motivos, quando as coisas começam a ficar boas é um sinal de que quando vier a baixo será muito doloroso, então com o intuito de evitar decepções, eu estrago tudo e fujo.
Bem, naquele dia os meninos já haviam me dado o papo e esquema seria o seguinte: nós iríamos espalhar umas bombinhas (nada perigoperigoso) pelo estacionamento dos professores e detonar na hora em que eles estivessem indo embora.
Já era um pouco mais de meio dia e boa parte dos alunos já haviam ido. As bombinhas estavam em posição e o que me faltava era acender o pavio.
Os professores se aproximavam e os meninos me cutucavam ansiosos.
- Chegou a hora Pablo. - Me disse Tico, ou era o Teco? Não prestei atenção, porque depois que acendi o fósforo tudo se desenvolveu rapidamente.
Risquei o fósforo em sua caixa e acendi o pavio que detonaria as bombinhas. No início foi um pequeno estrondo que fez com que os professores presentes se assustassem causando boas risadas a mim e os meninos.
Estávamos nos divertindo tanto que não reparamos na centelha que desencadeou um pequeno incêndio que com velocidade estava se espalhando.
Eu ouvia gritos, passos apressados e não tinha dado conta que os meninos (aqueles traíras) haviam me deixado sozinho.
O fogo se alastrava pelo estacionamento e eu me encontrava em um estado de puro pânico. Precisava me mandar, caso contrário a minha pegadinha resultaria na minha morte.
Houve um estalo que me despertou, me pus de pé e corri em direção a saída. O estacionamento que antes era escuro agora se encontava bem iluminado.
Pude notar assim que me aproximei da saída que a ajuda já estava a caminho, como aquilo me alegrou. Apressei meus passos e cruzei o portal de entrado do estacionamento.
Nunca pude perceber o quão puro era o ar no terreno da escola, depois de sair lá de dentro tudo para mim tinha mais cores, mais vida.
Agora livre do estacionamento, me permiti ir caminhando durante o trajeto até a saída da escola. Para mim, o pior já tinha passado e eu não podia estar mais enganado.
Meus passos eram calmos e minha respiração se normalizava, eu estava tão próximo a saída e não acreditava que iria sair em pune.
Quando estava abrindo o portão, que por conta do agito se mantinha encostado, pude sentir uma mão pesada sobre meu ombro junto da pergunta:
- Aonde você pensa que vai? - A voz dele era firme e ríspida.
Girei nos calcanhares e baixei a cabeça, era hora de encarar as consequências.
Peço que me perdoem pela demora do primeiro capítulo. Agora gostaria de pedir que vocês pudessem comentar o que estão achando e também favoritassem o capítulo. Até a próxima e muito obrigado por lerem.
Trilha do capítulo: P!nk - Trouble
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Academia Quentin (EM CONSTRUÇÃO)
RomancePablo estava em apuros, depois da última que ele tinha aprontando não teria mais volta, seria mandado para um colégio interno. Acompanhe o cotidiano de Pablo na Academia Quentin, um lugar onde ele se encontrou e se apaixonou.