Eu já não aguentava mais ter que esperar meu pai chegar, o tempo que passei naquele banco frio e desconfortável da sala de espera me fez refletir nas minhas atitudes e eu temia às consequências.
O que para mim foi uma eternidade, na verdade foi uns 46 minutos de espera, mas ele tinha chegado e seu humor não era dos melhores.
Meu pai me encarou com o mesmo semblante decepcionado das outras vezes, agarrou meu braço esquerdo com força e me arrastou até a sala do diretor.
Senhor Edgar Maia, um homem corpulento (para não dizer rechonchudo), caucasiano, já careca e na faixa dos seus 43 anos, seu descontentamento estava aparente, não demorou e nos indicou os acentos para sentarmos.
- Então... - iniciou meu pai quebrando o silêncio.
- Pois bem Sr. Vasconcelos sua presença aqui em minha sala deve-se a recente pegadinha do seu filho. Sinto lhe informar, mas seu filho é responsável pelo incêndio que destruiu 75% do estacionamento da escola.
- E o Sr. teria alguma evidência de que a infração foi cometida pelo meu filho? - perguntou meu pai já ativando o modo advogado.
- Observe. - após dizer isto ele nos virou o monitor de seu computador e deu play em um vídeo.
Meu pai não se espantou, ela sabia do que eu era capaz para me livrar de uma escola, ele só não entendia por que eu fazia isso. É tão simples, ele está tão ocupado que não percebe que é a atenção deles que eu tô querendo.
Ao término do vídeo meu pai me encarou com um olhar reprovador e depois se direcionou para o diretor e disse:
- Quais as consequências dos atos de meu filho?
- Sinto muito, mas seu filho está expulso. - disse firme.
- Quero que o senhor saiba que irei pagar pelos reparos no estacionamento.
Tudo estava resolvido, me preocupei a toa. Eu iria para uma escola nova e aprontaria de novo. Aposto que vocês estão se perguntando "E sua educação?", acreditam que me mesmo aprontando consigo manter una média bem alta? Não é de se estranhar que demoraram para me expulsar.
Meu pai não disse uma palavra até o carro, quando nos aproximamos ele parou e se dirigiu a mim.
- Pegue este dinheiro e vá de táxi, tenho uma reunião com um cliente e não poderei te levar pra casa.
Ele só podia estar brincando comigo, depois do que aprontei ele não vai nem me levar para casa? Peguei o dinheiro e saí apressado, não queria mais ver a cara dele.
Vi seu carro passar por mim no ponto, quando dobrou a esquina, pus os meus patins e parti.
Não esqueçam de favoritar o capítulo e dizer o que estão achando. Agradeço muito por estarem lendo.
Trilha do capítulo - Hannah Montana - Nobody's Perfect
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Academia Quentin (EM CONSTRUÇÃO)
RomancePablo estava em apuros, depois da última que ele tinha aprontando não teria mais volta, seria mandado para um colégio interno. Acompanhe o cotidiano de Pablo na Academia Quentin, um lugar onde ele se encontrou e se apaixonou.