𝐃𝐄𝐒𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐃𝐎, robin arellano

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IZA BLAKE
bruce havia concordado com minha ida na festa, depois de muita insistência óbvio. o dia estava prometendo muito, além da festa, eu iria ir embora com a donna e dormir na casa dela. nunca estive tão animada

eu ainda estava meio assim de deixar bruce chateado, porque eu sei que ele fica inseguro, e ainda foi difícil pra fazê-lo me deixar ir à festa, mas eu não podia vacilar assim com robin

comecei a me arrumar um pouco mais cedo, pois eu queria estar bem bonita pra tirar fotos com donna. passei uma maquiagem, fiz babyliss, e de roupa, coloquei um body com saia preta.

do lado de fora do meu quarto, meu irmão esperava mais impaciente do que nunca. ele bateu na porta novamente e suspirou fundo

— caramba iza, que demora mano — ele balbuciou — se vai casar é?

— to pronta to pronta

abri a porta e meu irmão não escondeu a cara de choque, dei uma risadinha e ele aplaudiu pausadamente. foram poucas as vezes que fui nas mesmas festas que finn, ele quase não me vê tão arrumada, então compreendo sua supresa.

ele me elogio poucas vezes, mas não demorou para que voltássemos a nossa rotina de irritações. finn é meu irmão e não é nosso trabalho sermos fofos um com o outro. depois de finalizar os retoques finais da maquiagem, chamamos um táxi que nos levou até a casa luxuosa de robin, na qual eu só visitei uma vez

as vezes eu não consigo entender porque ele vai tanto na minha casa, tendo um lugar tão bonito assim disponível

— ei iza, obrigada por vir — robin me deu um abraço rápido e um aperto de mão em finn

a música estava alta, a festa lotada, e durante a noite mal encontrei com robin, mas eu e donna aproveitamos muito. nós dançamos, cantamos, comemos e tiramos fotos. pela primeira vez em uma festa com pessoas da minha escola, eu consegui aproveitar sem me concentrar neles

inclusive, observei robin conversando por simplesmente horas com uma loira meio estranha. o rosto dela era assimétrico, algo nela me parecia suspeito, provavelmente sua postura atrevida, e aquela conversa certamente me pareceu super mal intencionada

não que eu realmente me importe, é só porque robin é meu amigo e eu o quero bem

depois de um tempo, algumas horas depois quando a madrugada foi chegando, as pessoas começaram a ir embora, e donna estava passando muito mal, então foi embora mais cedo

eu até insisti para que ela me deixasse ir junto, mas ainda faltava muito pra festa acabar, e estava tudo muito bom, ela queria que eu aproveitasse. então durante a madrugada, depois de muita conversa e insistência para que meu irmão me levasse na casa da donna, minhas súplicas foram inúteis e minha única opção era dormir na casa de robin, assim como finn

os meninos iriam dormir na sala para jogar vídeo game, enquanto eu ia dormir no quarto da mãe do robin. o lugar era grande e desconhecido, sem contar na luz da rua que estava me incomodando. a cama apesar de tudo, me trouxe um conforto que eu nunca senti antes. mas isso não bastou, rolei de um lado pro outro por quase uma hora, mas continuei sem sucesso para dormir

por fim, acabei desistindo e decidi explorar a casa. os barulhos de vídeo game já haviam parado faz tempo, os meninos provavelmente dormiam feito anjos.

na escuridão, terminei na cozinha e decidi ficar por lá mesmo. abaixei a cabeça no balcão, aguardando com que o sono aparecesse. tenho certeza de que ficarei por aqui a noite toda, mas os passos se aproximando me fizeram olhar para cima

— também não conseguiu dormir?— perguntei encarando seus olhos castanhos

— não — ele sorriu — eu imaginei que conseguiria depois dessa noite

— ah sim, foi uma noite agitada, mas isso não te deixou cansado

— pelo menos hoje não — robin se mostrou meio indiferente

passamos por alguns minutos quietos, enquanto ele pegava água. cansada do clima bizarro que ficou, me levantei pronta para ir tentar dormir novamente, e ele me olhou confuso

— eu vou tentar dormir de novo. não que eu vá mesmo conseguir— sorri desanimada e rob ficou pensativo

— tem um lugar aqui em casa que eu sempre vou quando estou sem sono. as vezes me ajuda. quer ir?

suspirei pensativa. cogitei todas as mil e uma possibilidades de coisas que poderiam dar errado, mas não pareceram importantes no momento. robin me estendeu a mão e eu a alcancei

— porque não?

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feliz ano novo vidinhas, amo vocês, desejo saúde e prosperidade a todos!

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