𝐃𝐄𝐒𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐃𝐎, robin arellano

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IZA BLAKE
robin não tentou mais nada comigo. ele sempre evitava me olhar quando estava em casa. por outro lado, meu relacionamento com bruce se seguiu intacto e perfeito. saiamos juntos, fazíamos programas em casa, e os telefonemas sempre aconteciam de noite

eu não sentia falta de robin. e isso não era só porque ele não estava por perto, e sim porque estou finalmente experimentando algo de verdade

e de forma calma e tranquila, o mês se passou e meu aniversário estava próximo. meu pai sugeriu uma viagem com meus amigos, e achei a ideia muito boa. iríamos para um hotel resort na praia

convidei donna, meu irmão, minha irmã, e bom.... robin

em minha defesa na verdade foi finn que convidou ele. e eu não pude negar, seria muito chato da minha parte. eu queria que bruce estivesse por perto, mas ele não conseguiu ir

em um domingo de manhãzinha, começamos a nos preparar e colocar as malas no carro. finn iria no carro de robin. gwen e donna iriam comigo no carro do meu pai.

a viagem foi uma diversão só. escutamos música e cantamos alto canções que adoramos, tanto que nem percebemos o tempo passar. no hotel, colocamos nossas coisas em um quarto. donna, gwen e eu ficaríamos juntas em um dormitório, robin e finn em um outro

no mesmo dia já fomos na praia e consegui pegar uma marquinha, os meninos surfaram, e donna ficou lendo enquanto pegava sol. só ela mesmo pra ler na praia. enquanto eu estava no mar, reparei finn paquerando ela. só fiquei olhando

quando voltamos no final da noite depois do meu jantar de aniversário, me despedi do meu irmão com um abraço e fui pro meu quarto zuar um pouco com donna

— sua danadinhaa— fiz cosquinha em donna e ela riu constrangida

— você viu?

— eu vi, e é bom ele não te magoar e vice versa — ela assentiu

— diferente de você e bruce estamos literalmente indo de devagar

— to sabendo esse "devagar"

rimos e depois nos preparamos para dormir. mesmo que já se passa-se da 00:00, nós ficamos conversando

estranhamente a campainha tocou por volta desse horário. não entendi o porque finn tinha vindo aqui essas horas, mas imaginei que não era pra falar comigo, então eu falei pra donna ir atender enquanto eu estava no banheiro penteando cabelo

— iza... é pra você

meu rosto se virou para a porta e quando donna a abriu por inteiro, vi robin aguardando na porta.

fui até lá e donna se afastou voltando pra dentro. eu fechei a porta e fiquei próxima dele no corredor

— o que voce ta fazendo aqui?

— sou uma surpresa tão ruim assim?— robin deu um sorrisinho cinico e não respondi

— pensei que você tava passando mal — foi o que disseram quando eu perguntei dele no jantar.

— eu não estava

— ah sim, voce apenas não quis ir mesmo — constatei, aquilo não foi uma pergunta

— preferi te dar os parabéns depois — ele olhou para o relógio — parabéns

era 00:12. ele foi pouco pontual mas havia sido o primeiro do dia. as meninas haviam me dado parabéns no jantar

— obrigada

ficamos por um bom tempo em silêncio, nos encarando, com a expressão séria

— ei, louise, espera — ele me impediu, segurando meu braço no momento que ameacei abrir a porta

— o que?

— você pode vir comigo?

— você bateu com a cabeça foi?

— eu só quero conversar, louise. te mostrar uma coisa e se você permitir, dar seu presente de aniversário.

— entenda, eu não vou a lugar nenhum com você

era difícil, mas robin precisava entender que eu havia me comprometido com bruce

— louise ...

— sabe qual é o seu problema?

— sera que por um segundo voce consegue parar de ser idiota?— ele se irritou — eu já entendi que não me quer por perto. mas eu só quero conversar louise. conversar

me senti a pessoa mais manipulável do mundo, mas mesmo assim entrei no quarto rapidamente, peguei minha bolsa e avisei as meninas 

— eu já volto. por favor, vamos manter minha saída só entre a gente

elas apenas concordaram. robin me esperava na porta com um sorriso alegre. saímos juntos e discretos pelo corredor e eu me mantive um pouco atrás, o seguindo

— é bom você não tentar nada.