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IZA BLAKE
conforme o tempo foi passando, fui melhorando, e logo recebi alta. eu ainda estava de muletas, mas eu tive um resultado surpreendente na fisioterapia

durou apenas um mês e logo eu estava em casa, me recuperando com a ajuda de meus irmãos

no sabado a tarde, donna me mandou um e-mail com uma foto dela e das garotas no clube, curtindo o dia na piscina. respondi animada mesmo que não condissese com a minha condição real. eu sei que irá demorar muito pra que eu possa voltar a fazer as coisas que eu fazia, e isso desanima bastante

escutei as duas batidinhas na janela de sempre. sorri enquanto esperava ele entrar e pular na cama do meu lado

— oi oi — robin cumprimentou — você ta bem? ta com uma cara...

— a donna mandou foto das garotas no clube, e eu queria estar lá

— voce não pode ficar na rua por enquanto iza, mas eu estou vindo todos os dias fazer companhia pra ti

— é muito importante pra mim, você mal sabe — dei uma risadinha — trouxe o filme?

— trouxe

ele retirou o dvd da mochila

— o massacre da serra elétrica. clássico

— da primeira vez que assisti, digamos que eu estava muito turbinada de pensamentos negativos sobre você estar estragando meu primeiro encontro

ele riu

— de nada por aquilo

— obrigada — fiz careta

— beleza, mas agora você vai ver o melhor filme com o melhor garoto de todos

— se acha em — falei

— só trabalho com fatos — ele deu uma piscadela — se te consola, você é a melhor garota que já assisti esse filme também

— já viu com outras???— joguei uma almofada bem em seu rosto. ele resmungou de dor e logo se recompôs

— é brincadeira. eu do passado já imaginava que iria ver esse filme com uma garota muito mais especial então me guardei

— ah que lindo — fiz um carinho — eu sou especial mesmo. que bom que respeitou nosso relacionamento

— foi uma honra

ele se deitou no meu ombro e começamos a ver o filme. quando notei, robin havia dormido, eu o chacoalhei de leve mais não adiantou. por isso, pausei o dvd e deitei a cabeça dele no travesseiro, com cuidado pra não machucar seu cabelo, e cobri com uma coberta quentinha

não demorei pra pegar no sono também, e no dia seguinte, acordei quando robin já havia ido embora

um pouco mais tarde, por volta das cinco horas, ele entrou pela minha janela todo sorridente e empolgado

— você foi embora sem me dar bom dia — falei seria

— eu precisava preparar algo — ele se sentou na cama — desculpa

— hm, preparar o que?— cruzes os braços

— uma surpresa pra você. vamos até minha casa?

— tá louco? não posso sair lembra?— falei cabisbaixa

— eu vou estar cuidando de você, vai dar tudo certo

pensei por poucos segundos e deixei me levar pela carinha convincente de robin. fui mancando o caminho inteiro mas por sorte eram apenas algumas quadras de distância

quando chegamos, ele me levou vendada até o telhado, eu observei uma toalha quadriculada exposta com muitas comidas em cima. havia sucos, de morango e maracujá, bolos, tortas, salgadas e doces, mal contive a cara de surpresa

— porque fez isso?— perguntei a robin, olhando em seu rosto

— eu queria te animar, eu sei que você tava triste por conta das meninas e tudo mais — ele segurou minha mão — mas eu sempre quero ver você sorrir, isso me motiva a acordar de manhã, quero que esteja feliz e vou dar o meu melhor pra isso

eu o abracei mais forte que pude. minhas mãos puxaram seu pescoço, e as suas se agarraram na minha cintura e ele descansou como sempre fazia em meu ombro. eu jurei que por um segundo começaria a chorar, mas então nos soltamos e vi seus olhos brilhantes olhando pra mim da forma proibida. da forma que me fazia sentir falta da época que nos odiávamos por um detalhe. eu podia beija-lo sem estragar coisa alguma

ele foi se aproximando de mim, e antes de seus lábios colarem no meu ele me olhou no aguardado de uma aprovação. sem dizer nada, eu concordei rápido com a cabeça e o beijei.

a muito tempo eu nao provava algo assim, porque fazia tanto tempo que eu não o beijava, e algo em mim nao podia soltá-lo nunca mais

ele me colocou em seu colo, e permanecemos nos beijando até a noite cair, quando o telefone tocou e era finney. o atendi pouco entusiasmada, e menti sobre onde estava afim de evitar uma discussão. agora que o clima foi cortado radicalmente, nos sentamos pra aproveitar o piquenique

o silêncio estragou tudo. nao evitei o pensamento irracional de que havíamos estragado tudo. ele ficou quieto, eu também e a noite permaneceu assim, até o momento em que meu pai foi me buscar

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voltei meus amores

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𝐃𝐄𝐒𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐃𝐎, robin arellano Onde histórias criam vida. Descubra agora