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IZA BLAKE
no sábado, robin estava se achando todo, o encontro com a maitê foi um sucesso, e aparentemente eles poderiam mesmo dar certo

o dia estava lindo, ainda era cedo, então decidi colocar um biquíni e ir para a piscina. apenas no final do dia, bruce viria em casa para uma sessão de filmes

agora com as saidinhas de maite e robin, o ciúmes bizarro de bruce parou um pouco, o que deixou em apenas uma semana, nossa relação mais leve e relaxada.

me deitei na espreguiçadeira e coloquei meus óculos escuros, me preparando para passar muito tempo ali, antes de dar um mergulho. o dia estava ideal para chamar uns amigos, mas a preguiça falava mais alto do que a vontade de ter companhia, o que na verdade, não demorei muito para conseguir

escutei passos e vi robin se aproximando. murmurei baixinho e continuei ali, na mesma posição apenas vendo ele passar por mim

— não deveria estar na sua casa nao?— o perguntei sorrindo e retirando os óculos escuros para que ele veja meus olhos

— gosto mais daqui

a mãe de robin é enfermeira, e ele de fato passa bastante tempo sozinho. agora que somos amigos, eu gosto da presença dele

robin voltou para dentro de casa, notei que ele havia acabado de acordar e provavelmente voltou para tomar café da manhã

fechei meus olhos e me perdi em meus pensamentos, tanto que so percebi o retorno de robin quando ele pulou na piscina e espirrou água pelo meu corpo inteiro.

e como se já não bastava ele ter me molhado, ele saiu e ficou balançando o cabelo do meu lado, espirrando ainda mais água em mim, apenas pra me irritar, eu aposto, e depois riu se sentando na espreguiçadeira do meu lado só vendo a minha cara de desgosto

— você é infantil em

— eu sei bem — ele deu de ombros

me sentei também e retirei os óculos escuros

—tá muito felizinho hoje, algum motivo?— perguntei

— maite — ele disse todo idiota e acabei rindo

— a dois anos você dispensou ela, porque está interessado agora?

— ela parece mais inteligente. e ainda é gata

— meu deus, você é péssimo — me deitei na espreguiçadeira ainda sem óculos e olhando para ele

— eu sei bem — deu de ombros — iremos sair hoje

— que horas?

— quase agora pra falar a verdade

— e você não devia estar se arrumando?

— iremos ao clube. eu nao acho que irei precisar do meu terno

— é melhor ir pelo menos se secando para encontrá-la

ele deu um sorrisinho malandro e ficou em silêncio. começou a segurar a risada e eu já comecei a entender tudo

— não me diga que vocês marcaram de se encontrar aqui???

— ok, não digo. mas irá vê-lá daqui a pouco

— que otimo— falei irônica

— relaxa branquinha, que não precisa de ciúmes não

ele se deitou.

— vou ser obrigada a perguntar. como amiga ...

— vai fala — ele pressionou

— ela é melhor que eu?

ele riu com minha pergunta. nada fora do esperado

— melhor que você, só duas de você  — ele deu uma piscadela e dei uma risadinha

— eu sei bem — o imitei

— por que tá perguntando isso em?

— curiosidade — sorri, e ele assentiu leve

meu pai nos chamou para almoçar, então fomos trocar de roupa e por mais incrível que seja, eu e robin realmente estávamos curtindo a presença um do outro, sendo mais amigos do que nunca, brincando nos horários mais improváveis

estamos seguindo em frente, com um pé no passado, mas estamos

durante a tarde, maite disse que se atrasaria então, eu, finn e robin nos sentamos pra ver filme. meu pai fez pipoca e eu estava toda concentrada até que robin resmungou e disse:

— esse filme é pessimo

— eu estou gostando — falei sem nem olhar para ele

— muda isso vai, tá passando um jogo sensacional de basquete, não quero perder

— tá se esquecendo que estamos na minha casa?

— é, mas esse filme ainda é horrível — ele disse rindo e se levantando do sofá

— e você não deveria estar com a maitê ao invés de ficar me enchendo?

— ela vem mais tarde, não que isso seja da sua conta

ele pegou o controle da minha mão em um segundo de distração. finn estava rindo da situação, e ele mudou o canal para o jogo de basquete

eu me levantei e fui até o sofá que ele estava, mas pouco adiantou porque robin escondeu o controle embaixo de si

— me dá o controle robin!

— não — ele sorriu

— me dá agora

— vem pegar — provocou

não pensei muito antes de ir pra cima dele, tentando agarrar o controle de suas mãos. eu o empurrava e ele me girava, dando o máximo de si para esconder debaixo das almofadas, enquanto ele e finn riam, eu de fato não conseguia permanecer seria

estava sendo divertido, estávamos brincando como se fôssemos crianças, de forma totalmente inocente e espontânea, tanto que não percebi quando a campainha tocou e finn foi atender

só me dei conta do que estava acontecendo quando vi maite parada na porta seriamente. bruce se juntou a ela também, havia acabado de chegar e estava com a chave do carro em mãos, ele parecia totalmente decepcionado

sai de cima do robin e fui até eles enquanto arrumava meu cabelo, o clima ficou estranho por um bom tempo antes de robin e maitê saírem da minha casa

𝐃𝐄𝐒𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐃𝐎, robin arellano Onde histórias criam vida. Descubra agora