𝐃𝐄𝐒𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐃𝐎, robin arellano

18

IZA BLAKE
subimos as escadas devagar e depois atravessamos a sala tentando não pisar em ninguém. robin abriu cuidadosamente uma porta de madeira e subimos outra escada, que nos levou até o telhado, de onde podíamos ter uma vista de parte da cidade

meu primeiro ato foi abrir a boca, totalmente surpresa, e robin riu da minha expressão

— é incrível, eu sei — robin deu uma risadinha, quando o olhei, ele estava admirando a vista também

— eu não imaginava que uma vista dessa existia — falei baixinho

— existe

nós dois nos sentamos comodamente, e apesar do frio, eu não me importei muito, continuei presa em todas aqueles prédios e casas. ele estava mais perto do que deveria, mas não falei nada

robin colocou o braço por trás de mim, e eu o olhei com a sobrancelha franzida. meu olhar de julgamento foi o suficiente para que ele parasse com aquela palhaçada

— eu tô feliz que você veio na minha festa — ele sussurrou audivelmente

— eu fiquei surpresa que bruce deixou — dei uma risadinha

— gosta mesmo dele?— robin perguntou um tanto magoado

— ele é meu namorado!

— o seu namorado — robin disse enquanto desabotoava de meu pulso, a pulseira dada por bruce e a colocando do seu lado — é um idiota. e voce, não respondeu minha pergunta. gosta mesmo dele?

— olha robin ...

— porque eu não entendo, não entendo como você pode gostar de alguém tão controlador como ele — seus olhos encontraram os meus — ele quase não deixou você vir na festa

— mas ele deixou

— mas ele não precisa deixar nada, você queria vir a festa, e como pode obedecer ele como se ele fosse seu pai?

fiquei pensativa sobre o assunto

— porque você se importa?— me estressei

— eu me importo com você, iza

fiquei olhando meio incrédula para ele, não era exatamente a resposta que eu esperava

— porque sinto que você não tá feliz?— ele perguntou

— eu estou. não deve se preocupar comigo, sei que me ama— brinquei e ele negou

— esse apontamento de fatos na verdade era uma tentativa de te fazer ceder...

ri cinica, o interrompendo. é óbvio que ele estava querendo algo

— para de besteira arellano

— somos amigos ainda, mas esse negócio de amizade sem ficar? não funciona pra nós — ele chegou perto de mim, sua respiração estava quente — já passamos por muita coisa pra brincar de melhores amigos, não acha?

ele disse no meu ouvido, e eu lembrei de tudo que passamos. era verdade, não poderíamos esquecer tudo de uma hora pra outra. a minha sanidade estava indo embora. com meu silêncio, robin estava prestes a me beijar mas comecei a falar

— você estava de graça com uma garota a festa toda. deveria ir atrás dela

ele riu

— era minha prima. mas bom saber que você estava me observando

— eu nao, credo — fiz uma careta

eu estava observando. sempre estou

— você sabe que deveria ser eu no lugar dele, iza — ele parecia estar perdendo a paciência — você sabe. e eu não te tiro da cabeça

eu o queria tanto naquele momento. eu mal o enxergava, por conta da pouca luminosidade ali, mas seus olhos brilhavam, ele parecia tão sincero

entao o beijei. e ficamos assim por muito tempo, logo ele me puxou para mais perto de si, subi sobre ele e continuamos.

o frio começou a ficar mais forte, então voltamos para dentro e robin preparou chocolate quente para nós dois. na cama da mãe dele, me deitei e ele logo veio junto

— pelo amor de deus, é o quarto da sua mãe!

— é o quarto da minha mae e eu não estou preocupado, porque você está?

— parece anti ético — ele desdenhou de mim e se jogou do meu lado

— e você é estranha

bebendo o chocolate quente, ligamos um filme que não demorou para perder a graça, ainda mais quando o sono foi pegando e senti robin adormecer abraçadinho em mim. desliguei a tv e fiquei acariciando seu cabelo, de alguma forma aquilo me trazia conforto

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bruce: 🐂

coitado mas o bruce da fic merece

beijos amores, votem!!