𝐃𝐄𝐒𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐃𝐎, robin arellano

11

IZA BLAKE
fiquei pensando muito sobre o que robin disse. eu realmente estava sendo péssima com o bruce. ele merecia alguém muito melhor que eu, que pudesse dar a ele carinho e amor sem pensar em outras pessoas. coisa que não posso fazer

depois de sair naquele dia, ele me chamou para ir no drive in na sexta, e aqui estou eu com ele, me preparando psicologicamente pra dar um fora no garoto mais lindo e gentil que já conheci. tudo pelo idiota do robin arellano

sera que eu realmente não era capaz de simplesmente rejeitá-lo? ele fazia essas coisas porque sabe que no fim, eu nunca vou recuar

— então... iza — bruce disse meio tímido

— então ...

— o massacre da serra elétrica é ótimo. passa sempre aqui no drive in — assenti incerta

— nunca assisti, mas meu irmão fala bastante, ele viu a muitos anos atrás com o melhor amigo e gostou

o silêncio predominou, abri o vidro do carro tentando me distrair com a situação, mas me senti decidida a falar. seria agora ou nunca

— sabe bruce, eu preciso confessar uma coisa

— iza... eu também — ele virou o corpo no banco do motorista e segurou minha mão — eu sei que combinamos de ser amigos e tudo mais. mas com você não da. preciso ser mais. eu entendo tudo que você disse no dia da festa, por isso podemos ir devagar.

— ah sim, podemos — falei pressionada e totalmente sem pensar

— iza, aceita ficar sério comigo?

fiquei muito em choque. eu realmente queria, mas tinha medo de quando os momentos com robin chegassem, eu não conseguisse recusar.
bom, uma hora ou outra eu precisaria dar um fim naquilo

— eu quero sim bruce

e ele selou nossos lábios em um selinho delicado. sorri assim que seu rosto se afastou do meu, na hora percebi que era a coisa certa a se fazer

— nossa, não surta — ele deu um risinho — mas seu irmão ta no carro do lado vendo a gente...... e não ta sozinho

olhei pro lado na hora e vi nada menos do que finn e robin encarando nada discretamente bruce e eu. meu irmão tentava segurar a risada mas robin estava franzido a testa, e eu não soube se ele estava confuso ou bravo.

— meu deus — abri a porta do carro e parei na janela do carro de robin. os dois ficaram nervosos já sabendo que levariam bronca — vocês estão doidos é?

— qual é gatinha, a gente só veio ver um filme — robin provocou

— estaciona em outro lugar

— foi mal iza. foi pura coincidência— finn se manifestou

— sei. e quem deu a ideia de vir?

— fui eu — robin levantou o dedo indicador e fez um olhar inocente

— tinha que ser você

— nem tudo gira em sua volta louise.

— estaciona em outro lugar, e sai da minha cola seu doente — dei um tapa na testa de robin e voltei pro carro de bruce, logo ao lado, toda meiga, mesmo sabendo que ele provavelmente havia escutado tudo que eu falei

suspirei fundo e coloquei as mãos em minhas têmporas,

— relaxa gata, não se preocupa com eles não. eu não me importo que eles nos vejam juntos

— eu só não quero esses dois aqui, tirando meu foco de você sabe?— tentei disfarçar, já que se robin estivesse bem do meu lado, eu pensaria nele

— bom, amor. a bronca deu certo, eles foram embora

felizmente, olhei pro lado vendo que eles tinham ido mesmo. consegui aproveitar o resto da noite, bruce e eu ficamos deitadinhos vendo o filme, e seu abraço me deixou mais feliz do que nunca

por volta das onze, ele me deixou em casa e como eu já imaginava, estava tudo escuro. entrei em casa e passei na cozinha pra beber água

não demorou para que o idiota aparecesse. ele veio até mim no bebedouro, e colocou um copo para encher

— essa rotina de ficar dormindo na minha casa precisa parar — me manifestei

— mexe com você, louise?— ele se aproximou

— não, mas me incomoda, e muito. você é bem inconveniente

— você gosta sim, só não assumi — robin passou a mão na minha cintura como de costume, mas eu a tirei de lá

— eu não quero mais robin, sinto muito

— a, entao o lance com yamada é sério?— ele riu, se apoiando na bancada — achei que a sua consciência tava limpa

— não se mete. eu nunca quis você, e agora com bruce por perto, não quero mesmo

— bruce não deve ser tão bom quanto eu

e não era mesmo

— na verdade ele é bem bem melhor — confirmei com a cabeça

— te liga garota — robin me deu um peteleco na minha cabeça e em seguida riu

— feri seu ego?

— é claro que nao. — e ele novamente tentou me puxar para si, mas me esquivei

— robin, eu tava falando sério. eu e bruce estamos ficando sério agora...

— uma semana foi o suficiente pra você mudar de ideia sobre tudo?— ele arqueou as sobrancelhas

— mudar não, mas acordei pra real e percebi que você não é o bruce, e nunca vai ser. sinto muito, mas não te quero.

sai da cozinha o deixando ali sozinho. robin realmente parecia chocado com o que eu disse e não veio atrás, o que eu jamais imaginei que ele faria. de certa forma foi bom, ele entendeu o que eu quis dizer

subi pro meu quarto e me preparei para dormir. sem sinais de robin, graças a deus. liguei pra bruce e conversamos ate eu pegar no sono