Você consegue sentir?

Procurados

Olá, leitores!

Espero que estejam gostando da minha fanfic até aqui. Ao mesmo tempo em que estou escrevendo essa, sigo atualizando minha fic original 'O diário de Louise Veras'. Venho aqui convidá-los, então, a ler essa também caso se interessem pela sinopse e pela minha escrita.

Um abraço e boa leitura!

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Em poucos segundos Zulema se aproxima de Macarena e a imobiliza. Treze policiais robôs programados para situações de emergência invadem o local. Diversos androides são pegos e Fábio, juntamente com Helena, vão arrombando as portas do espaço a fim de encontrar mais infratores. Até que eles chegam no quarto onde Zahir estava com Ferreiro.

- Caso se aproximem mais, a cientista já era!

- Hum... Uma robô que pode matar, interessante. Nunca vi tal coisa acontecer na minha frente. Seria uma honra presenciar tal feito. - responde Helena observando a sua volta aquele quarto tão pequeno e desarrumado.

- Não gostaria de ter que falar uma segunda vez, humana. - Zahir diz de forma tranquila sem se abalar com as palavras da outra. Mas Fábio a interrompe:

- Não estamos aqui para negociar pela Ferreiro. Nosso trabalho principal é o de recuperar os androides desviantes. A vida da cientista pouco importa nesse caso.

Macarena se vê então em uma delicada situação. Não tinha ninguém ali ao lado dela. E já estava se preparando para morrer nas mãos de sua própria criação quando algo acontece. Zulema hesita. Ela fecha os olhos tentando entender o que se passava, sem sucesso. Helena repara e esboça um sorriso.

- O que foi? Não consegue cumprir com suas palavras? Não consegue matar sua criadora? - a policial logo percebe que estava correta em sua interpretação. E Fábio anda devagar até Zahir que se rende ainda confusa. Seus olhos encontram com os de Macarena antes de ser arrastada para fora do local. A loira se levanta, passa as mãos em suas calças como se estivesse se limpando, cruza os braços e comenta com Helena:

- Minha vida nunca foi prioridade nisso? Pensei que a função da polícia fosse proteger os civis.

- Peço desculpas pelo ocorrido. Não pense que blefei com a androide. A verdade é que sua vida não vale a quantidade de robôs desviantes que podemos capturar. Seria uma perda necessária. - a policial se aproxima e bate no ombro da cientista finalizando sua participação ali - Mas que bom que deu tudo certo. Pode voltar para sua kit net e viver sua vida. No final das contas pôde ajudar bastante, já que esses desviantes pensaram que poderiam negociar conosco. Pudemos rastreá-la e foi exatamente o dispositivo acoplado em sua cabeça que possibilitou tal feito.

Aquele bairro era muito estranho à noite. Ao sair pela porta de entrada e ver tantos carros da polícia ali, todos voadores, claro, Ferreiro repara que não faz a mínima ideia de como voltar para casa. Ela resolve pedir ajuda para Kiara que logo sai resmungando de seu aparelho dizendo:

- O que foi, minha querida? Está perdida? Jamais pensei que teria que trabalhar para uma coisa tão básica como essa. Como vocês, humanos, não possuem um sistema de GPS integrado ao dispositivo que vocês têm em seus crânios? Tsc, Tsc... Espero ser bem remunerada quando chegarmos em casa.

- Mas você nem recebe salário, Kiara.

- Isso se chama trabalho escravo, minha querida dona. Quero meus direitos. - apesar disso a pequena ursa robô se conecta com Macarena e logo mais, em poucos segundos, a loira tem acesso à rota que a levará direto para casa.

Entretanto, antes dela ir embora, Fábio se aproxima segurando a mão de uma pequena criança. E diz:

- Não podemos nesse momento estar com ela, senhorita Ferreiro. A deixaremos sob os seus cuidados por tempo indeterminado até encontrarmos uma família que a queira. Seria mais simples se essa menina fosse uma robô. Todos querem ter filhos robôs em casa para economizar em gastos que consideram, hoje, desnecessários.