Capítulo 11

100 8 1
                                    

— Escuta, quando Ítalo sair para trabalhar será nossa oportunidade. Ítalo acha que eu jamais ajudaria você.  Ainda mais depois do aumento que eu pedi.

— Você tem certeza que não tem como dar errado? — pergunto para Georgina receosa.

— Absoluta. Eu já tenho seus decumentos e sua passagem. Tem um pouco de dinheiro também. Eu comprei uma passagem para Portugal pois você voltar para o Brasil seria um pouco obvio demais.

— Pelo menos lá falam português.

— Exato. Eu também comprei passagens para mim e para minha mãe. Só que nosso vôo é primeiro que o seu e também não é para Portugal. Mas para onde vamos não importa. Tem um papel com o endereço que você dará ao taxista. Você ficara lá até quando estiver na hora de ir para o aeroporto.

— E se Ítalo me encontrar lá? — eu não aguentaria voltar aqui de novo e ser estuprada todos os dias. Prefiro morrer.

— Ele não vai. É impossivél. Deixe tudo debaixo do colchão. Eu já não volto mais. Use as chaves e saia exatamente como eu expliquei. Só tem dois seguranças e se você fizer tudo como eu falei, jamais virão você. Preciso ir agora. Boa sorte.

— Obrigada por tudo o que fez por mim. Jamais vou esquecer.  — abraço Georgina e algumas lágrimas caem de meus olhos. Mas são lágrimas de alegria e esperança.

— Não precisa agradecer. Eu sinto muito por tudo. Use o celualar assim que estiver em Portugal para me dar noticías.

— Eu usarei.

Georgina se foi e eu fiquei a espera da hora certa para fugir. Finalmente vou sair daqui. Estou tão anciosa.

Georgina disse que vai fazer um barulho na porta quando o Ítalo sair. Essa será minha hora.

Ouço um barulho como se a porta estivesse abrindo e espero para ver se não é Ítalo.

Quando vejo que ninguém entrou sei que é o sinal.

Levanto e visto a calça e a camisa na velocidade da luz. Calço os sapatos e pego a pasta com as coisas que Georgina me deu.

Ando até a porta e destranco. Passo pelo corredor e logo chego na cozinha.

Meu coração bate tão rápido que acho que vai sair pela boca.

Destranco a porta da frente e dou a volta da casa. Segundo Georgina, Ítalo não confia nas pessoas por isso tem só dois seguranças.

Como Georgina falou tem uma porta aqui atrás. Destranco a mesma e saio para a rua.

Deus! Eu consegui.

Corro como nunca corri antes e logo avisto um taxi.

— PARA! PARA! PARA! PARA! POR Favor PARA! — berro que nem uma louca.

Ele para e eu entro. Dou o endereço do papel e ele me leva.

Respiro aliviada. Eu ainda não acredito que consegui. Muito obrigada meu Deus.

Sorrio em meio as lágrimas.

Acabou. Eu estou livre.

Vou todo o caminho com um aperto no peito. Como se minha alegria fosse durar pouco, algo fosse dar errado.

Quando o taxi para eu decho e pago ao taxista. Vejo que estou em frente a uma velha pausada. Conserteza Ítalo jamais me acharia aqui. Meu vôo é em cinco horas.

Vou ficar aqui e esperar pela hora de sair deste país e deixar tudo isto para trás.

************

Quando chega a hora pego outro taxi e vou para o aeroporto.

VendadaOnde histórias criam vida. Descubra agora