Vendada

Capítulo 27

Algum tempo depois.......

Eu pensei muito desde da minha conversa com Alexa e cheguei a conclusão de que não quero reviver minhas memórias. Se realmente aconteceu tudo aquilo, eu não quero lembrar.

Agora quero focar na minha nova vida e é isso que vou fazer.

Claro que ainda tenho uma ponta de curiosudade, mas prefiro deixar para lá.

Quando voltamos de Nova York eu estava inquieta pois logo faria minha primeira sessão de fotos.

Graças a Deus correu tudo bem. Tem sido ótimo realizar meu sonho de criança. Sou muito grata ao Ítalo por ter me ajudado a consquistar uma coisa tão importante para mim. Queria que minha mãe estivesse aqui para partilhar esse momento comigo.

Eu e Ítalo fazemos amor todos os dias. Me tornei uma viciada em sexo e as vezes tenho vergonha de mim mesma por isso. Já transamos em tudo que é lugar. Na empresa, no elevador, no carro e em todos os cantos dessa casa. Já nem me reconheço mais.

Sorrio comigo mesma quando me lembro das nossas sacanagens.

Acabei de chegar da agência e estou no quarto tirando a roupa para ir tomar um banho quando ouço Ítalo gritando que nem louco enquanto vem a meu encontro.

— Giovanna! Giovanna cadê você? — ele para de gritar quando entra no quarto e me vê. — Posso saber que porra é essa? — Ítalo joga uma revista em cima da cama e eu vejo que estou na capa.

— Wow! Eu estou na capa! Isso é fantástico! Porquê você está bravo? — pergunto sem entender sua raiva.

— Porquê?! Porquê você está praticamente nua!

— Eu não estou nua! Eu estou de biquíni! É muito diferente.

— Você não vai ficar tirando fotos nua para todo mundo ver. SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER! VOCÊ É MINHA E PERTENCE SÓ A MIM!

— EU NÃO SOU SUA COISA NENHUMA PORQUE EU NÃO SOU UM OBJECTO! QUE DROGA! NÃO PODE SÓ FICAR FELIZ POR MIM?

O que acontece a seguir me pega tão de supresa que não consigo nem acreditar.

Ítalo avança em minha direção e me agarra pelo pescoço. Gemo de dor quando ele empurra meu corpo contra a parede e aperta sua mão ao redor do meu pescoço com força.

— Escuta aqui! Você não vai mais tirar nenhuma foto assim ou vai parar de trabalhar naquele lugar. Aqui quem manda sou eu! — não consigo acreditar no que está acontecendo. Meus olhos se enchem de lágrimas — Você me entendeu? — ele aumenta o aperto e balanço a cabeça positivamente para ele poder me soltar e quando ele solta caio no chão sem forças. — Ótimo. Estamos entendidos.

Meus olhos estão tão arregalados que acho que vão saltar para fora da órbita. Ítalo sai do quarto e fecha a porta com força.

Passo as mãos pelo meu pescoço ainda incrédula. Corro para o banheiro para poder ver no espelho e vejo a marca de seus dedos.

Desgraçado!

Sento no chão e choro. Nem sei o que pensar. Eu só....... será que ele me trancou aqui?

Volto correndo de novo para o quarto. Abro a porta e vejo que não está trancada. Ele não seria louco a ponto de me trancar aqui.

Vou para meu antigo quarto e deito na cama.

Tudo está muito confuso. Eu deveria ir embora? Será que eu não devia ter tirado aquelas fotos?

Nada disso! Não tem nada de mal nelas. Este é o meu trabalho agora e Ítalo devia me apoiar como sendo meu namorado.