Capítulo 12

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- Já despachei tudo. Vim te dar uma ótima noticía. Você foi promovida. Aquela vaca da Georgina me traiu e fugiu. Agora preciso de uma empregada e você será prefeita para o papel. Você vai tratar da casa e cozinhar para mim. Depois voltará para seu quartinho e quando eu quiser vou te usar. - Ítalo informa.

- Ehh! Viva! Estou tão feliz! - falo irônica.

- Não seja mal educada! Devia ficar feliz. Estou sendo bondoso com você. Nem todos têm essa sorte.

Ele só pode estar brincando.

- VOCÊ É UM PSICOPATA LOUCO! Você pode apostar que vou matar você com as minha próprias mãos seu filho da puta!

- Por seu mau comportamento, perdeu a promoção. Vai ficar aqui até dar seu ultimo suspiro. E boa sorte tentando me matar. - dá uma risada sarcástica e depois vai embora.

Eu vou matar esse desgraçado.
A minha vida toda sempre fui uma boa menina simpatica e gentil com todos, fiel a Deus e sempre acreditei na sua bondade e no seu poder infinito.

Mas o quê que eu ganhei em troca além da minha liberdade roubada e minha mãe morta?

Eu vou sair daqui e matar esse filho da mãe nem que seja a ultima coisa que eu faça nesta porra de vida.

Eu sei que depois de tudo isto eu nunca mais serei a mesma. Aquela menina que sempre via bondade nas pessoas mesmo elas apontando o contrário não existe mais.

Minhas mãos estão doendo e eu me sinto culpada pois ele me avisou que mataria minha mãe se eu tentasse fugir e o fiz mesmo assim.

Nunca vou me perdoar por isso. Talvez eu mereça tudo o que vai acontecer daqui para a frente.

***************

- Levanta sua bunda daí e se põe a andar que você precisa de um banho. Não vou tocar em você imunda como está.

Ítalo me soltou a alguns dias atrás. Mas foram só as mãos mesmo. Até pensei em tirar minha venda para que ele possa me matar mas aí pensei no quanto eu quero que ele morra e deixei essa ideia de lado.

Estou a algum tempo sem tomar banho.

Levanto e começo a andar pois de tanto ficar aqui me acustumei a andar com venda e me comportar com ela como se eu fosse cega. Na verdade se eu me tornasse não seria dificíl me adaptar.

- É melhor não tentar nenhuma gracinha ou eu mato você.

- Talvez não seria má ideia. A unica coisa ruim seria eu não ter a oportunidade de arrebentar os seus miolos. - não sei de onde arranquei coragem para falar isso. Talvez seja o meu novo modo falando.

- Você está corajosa. Foi essa coragem que te fez pensar em si mesma e não na vida de sua mãe quando você fugiu? - ele pergunta e me calo com a culpa me atigindo com tudo. É impressionante como ele sempre arranja uma forma de me machucar. Seja com atos ou com palavras. - O gato comeu sua língua?

Ele para de andar e como eu estava seguindo ele bato no que penso ser suas costas. Ele é grande.

- Você sabe que a culpa foi sua, não sabe? - ele toca de novo no meu ponto fraco.

É meu pknto fraco porque eu sei que ele tem razão. Eu realmente não pensei na minha mãe quando fugi. Quer dizer, em pensei na hora que a abraçaria, e estaria com ela. Também pensei que Ítalo estivesse blefando. Eu não via a hora de encontrar minha mãe. Estava tão anciosa que esqueci da ameaça de Ítalo.

Ele continua a andar e eu o sigo.

Ele me empurra para dentro de algum lugar e tranca a porta. Tiro a venda e vejo que é o mesmo banheiro que Georgina custumava me trazer.

VendadaOnde histórias criam vida. Descubra agora