Capítulo 16

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— Você precisa me levar para sair! Eu quero pôr meu italiano em prática.

— Calma. Hoje já é sexta. Vamos pwssar o fim de semana fora.

— Mal posso esperar.

Estes dias Ítalo tem conversado mais comigo e estou muito feliz pois realmente gosto dele. Não sei se é como namorado, mas gosto dele como amigo.
Já entendi que rir muito não é de seu feitio, mas desde que ele seja ao menos agradável está tudo bem.

Amanhã ele vai me levar para conhecer a cidade e eu estou muito animada.

— Você tem algum lugar que queira muito conhecer?

— Eu não sei. Eu vi umas coisas na televisão e eu acho que quero conhecer Verona. Eu achei linda. Támbem quero provar a culinária italiana.

— Eu conheço um ótimo lugar para comer lá. Acho que você vai gostar.

Ele tem falado mais comigo mas não deixa essa carranca de lado. Nem parace que estamos a ter uma conversa amigavél.

— Isso quer dizer que vamos para Verona? — pergunto com um sorriso.

— Sim.

Salto para cima dele e começo a dar beijinhos em sua bochecha.

— Obrigada.

— De nada. — Percebo que sua fala sai um pouco rouca e baixa. Ele parece estar desconfortável. Afasto me dele e volto a pintar.

— O que você está pintando? — ele se aproxima e sinto sua respiração na minha nuca.

— Eu não sei. Eu tenho sonhado com este lugar então decidi pintar.

Quando ele vê o que eu pintei sua respiração acelera e ele sai rápido sem dizer nada.

Que estranho.

Obeservo meu desenho. É uma especié de quarto escuro com um colchão e um balde. É escuro com pouca iluminação e sem janelas. Fico sonhando que estou presa nele e sempre acordo suada. Não sei porquê mas é sempre a mesma coisa. Eu não consigo ver nada e as vezes fico gritando como se estivesse sentindo muita dor.

Vou a procura de Ítalo para ver se ele está bem. Paro na frente da porta do quarto dele e bato. Não obtenho resposta então abro e vejo que não está trancada.

Nunca tinha entrado aqui. Ou talvez eu tenha entrado antes só que não me lembro. Observo tudo e não fico muito supresa quando vejo que ele é decorado no mesmo ton que o resto da casa. Os lençois da cama são pretos e os moveis são cinza. Tem mais duas portas que presumo ser a casa de banho e o closet. É igual ao meu quarto só que maior e mais sombrio. Igual a ele.

— O quê que está fazendo aqui? — ouço sua voz e viro assustada com a mão no coração. —Desculpa, não quis te assustar.

— Tudo bem só estava um pouco destraída. Eu só vim ver se você estava bem já que saiu sem falar nada.

Só aí que me dou conta que ele está com uma toalha branca na cintura e seus cabelos estão molhados. Meus olhos voam automáticamente para seu peitoral bem defenido. Um suspiro abandona meus lábios e rápido ponho a mão na boca, sinto meu rosto arder e sei que devo estar vermelha.

O que está acontecendo comigo?

Olho melhor e reparo que ele tem várias cicatrizes no peito e na barriga.

O que será que aconteceu com ele? Alguém o machucou? Será que ele já me contou antes o que aconteceu?

Pensando bem, será que eu ainda sou virgem? É uma droga não me lembrar nada desde que conheci ele.

VendadaOnde histórias criam vida. Descubra agora